Delminda Moura, investigadora no Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) e docente da Universidade do Algarve, nomeadamente nos cursos de Ciências do Mar e Oceanografia, é a convidada da edição de Junho do Café Oceano, que terá lugar hoje, 5.ª Feira dia 25 de Junho a partir das 18h30, no Pátio B@r em Faro, Rua Dr. Cândido Guerreiro, 26-30.
Bioerosão ou bioprotecção dos nossos litorais rochosos? É este o tema que Delminda Moura, a oradora convidada para a edição de Junho do Café Oceano, vai apresentar hoje ao fim da tarde, durante duas horas de conversa informal no Pátio das Letras, em Faro.O tema trata de biomorfologia que é um termo que traduz as relações mútuas entre o substrato físico e os organismos. A referida interacção, tem como consequência a maioria das paisagens naturais que observamos actualmente e é particularmente importante nos litorais rochosos carbonatados, como é o da Galé. Um litoral rochoso é um litoral de erosão, por oposição aos litorais de construção (p.ex. um sistema de ilhas-barreira ou um estuário) e a perda de massas rochosas por recuo das arribas não é jamais recuperável. Os organismos (animais e plantas) podem potenciar a erosão dos litorais - bioerosão, ou, pelo contrário, conferir-lhe protecção- bioprotecção. As plataformas de abrasão são um dos aspectos mais conspícuos da morfologia dos litorais rochosos e oferecem óptimas condições para uma espantosa diversidade biológica. Nelas, numerosos seres endolíticos escavam buracos para habitarem e outros raspam a rocha na procura de alimento, contribuindo para a diminuição da resistência mecânica da rocha- bioerosão. Porém, outros organismos, como por exemplo as algas fixas na superfície da rocha, constituem uma cobertura protectora contra o impacto directo das ondas e minimizam o efeito das amplitudes térmicas-bioprotecção.
Sem comentários:
Enviar um comentário