ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

28/02/09

A arte do ventriloquismo

Na sua biografia sobre Erasmo de Roterdão, Stefan Zweig surpreendeu-lhe, ao contemplá-lo na impressionante gravura de Dürer e no quadro de Holbein, a expressão de um corpo substancialmente inferior à dimensão da obra que o seu cérebro infatigável criou. A sua vida não residia no corpo mas no pensamento.
Máquina de pensar, mestre no estilo irónico, escondendo-se atrás de um discurso em que o se e o no entanto eram defesas ante os poderosos, este homem viu o mundo através dos livros, escondido atrás do baluarte dos livros.
Naquele tempo os que viviam entre espíritos irmanavam-se com a criadagem. Saber pedir era uma forma de sobrevivência. «Erasmo lisonjeia nas cartas, para ser mais sincero nas obras», escreve o seu biógrafo austríaco. O Elogio da Loucura é, como artifício de cinismo, um prodígio de inteligência defensiva. Nunca se sabe quem fala, se ele se Dona Estultícia. É a arte do ventriloquismo na sua melhor expressão.

José António Barreiros

19/02/09

dois em um no Pátio de Letras


amanhã à noite , 6ª f dia 20

mesmo antes do concerto já previsto para as 22:00, dos AMAR GUITARRA

o premiado poeta AMADEU BAPTISTA, de passagem pelo Sul e de visita ao Pátio,

dirá poemas de sua autoria no Patio@Bar

"a totalidade da essência"

Este fim de tarde deu-me para andar pelos quartos desabitados destes meus blogs. O da Maria Ondina Braga é um exemplo. «Filhos gerados sem paixão nasciam mortos», escreveu ela na novela A Visita, publicado em 1973 no livro Os Rostos de Jano. Este espaço que lhe destinei, pelo contrário, nasceu de uma profunda paixão pela sua escrita. Praticamente esquecida, por muitos desconsiderada, Maria Ondina é um exemplo de uma escrita no feminino excepcional pela sensibilidade, pela densidade dos sentimentos, pela agudeza da observação humana. Reclusa no seu universo pessoal, está ali contida, num interior existencial, a totalidade da essência do mundo que vale a pena ser vivido. Transmuta a carne em alma, toda a Natureza na Pessoa pela alquimia da literatura. Penaliza-me a sua ausência.


18/02/09

Reservas marinhas... Um novo paradigma!


O primeiro Café Oceano do ano 2009 está dedicado ao tema "Reservas Marinhas... Um novo paradigma!" e será apresentado pela Investigadora Alexandra Cunha.
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É já nesta feira dia 19 de Fevereiro no Pátio B@r pelas 18h30!

17/02/09

AMAR GUITARRA com Paixão e Alma


dia 20 Fev., sexta-feira, às 22h, no PatioB@r

(eor. Patio@Bar)

JoãoCuña e LuisFialho (guitarras)
TiagoRêgo (percussão)
MarcoMartin (baixo)

o Universo Musical latino em diálogo com Jazz o flamenco e o Blues

John Updike

John Hoyer Updike(1932-2009) foi escritor, crítico literário e jornalista. Tornou-se famoso e reconhecido mundialmente com a séria de romances Rabbit, iniciada em 1960, na qual se segue a vida do jogador de basquetebol Harry 'Rabbit' Angstrom. Esta série, escrita num período de mais de trinta anos, levou o autor a ganhar por duas vezes o Prémio Pulitzer. Também de sua autoria é o romance As Bruxas de Eastwick, escrito em 1984, o qual se tornou num best-seller e num sucesso de cinema.

Considerado um dos grandes romancistas contemporâneos norte-americanos, faleceu em 27 de Janeiro de 2009, em Beverly, no estado de Massachussets, onde residia.

No The Times, Philip Roth disse que o vencedor do Prémio Pulitzer era "o maior homem de letras do nosso tempo, um tão brilhante crítico literário e ensaísta quanto romancista e contista". E acrescentou: "Ele é, e será sempre, um tesouro nacional de não menos importância do que o seu precursor do século XIX, Nathaniel Hawthorne. A sua morte é uma perda incomensurável para a nossa literatura."

Ian McEwan também se pronunciou após a morte do autor: "Ele mostrou-nos, tal como os escritores do século XIX, que era possível ser um escritor sério e um escritor popular ao mesmo tempo. Muitas das suas personagens são homens comuns - Rabbit não é um intelectual, é um tipo até um bocado baixo."

Algumas das obras traduzidas para Português

As bruxas de Eastwick, Círculo de Leitores, 1987 ; Uma questão de confiança, Difel, 1988; O Centauro, Europa-America, 1988; A Feira, Círculo Leitores, 1971; Escala de música, Civilização, 1969 ; O terrorista, Civilização, 2006; Brasil / John Updike, Civilização, 2006; Corre, coelho, Civilização, 2007; Procurai a Minha Face, Civilização, 2007; Coelho enriquece, Civilização, 2008.


texto (e recolha de informação): Pedro Afonso

16/02/09

Gastão Cruz


Nasceu em Faro, em 1941. Poeta e crítico literário, formou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino secundário e, entre 1980 e 1986, leitor de Português no King’s College, em Londres.

Como poeta, o seu nome aparece inicialmente ligado à publicação colectiva Poesia 61. Como crítico literário, colaborou em vários jornais e revistas ao longo dos anos sessenta. Essa colaboração foi reunida em volume, com o título A Poesia Portuguesa Hoje (1973), livro que permanece hoje como uma referência para o estudo da poesia portuguesa da década de sessenta.

Ligado também à actividade teatral, Gastão Cruz foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou algumas peças.

Publicou a primeira vez nos "Cadernos de Poesia 61" um movimento de jovens poetas - Gastão Cruz, Maria Teresa Horta, Fiama Hasse Pais Brandão, Casimiro de Brito - que no início dos anos 60 do século passado, queria mostrar a sua arte. Depois cada um seguiu o seu caminho.
O primeiro livro foi editado pela "Livraria Nacional", uma editora da Covilhã, dirigida por Ernesto Melo e Castro, ele também nome maior da poesia portuguesa contemporânea. Em 1963, publicou "A Doença" na colecção "Poetas de Hoje" da editora Portugália, que foi responsável pela revelação de alguns dos mais importantes poetas portugueses dos nossos dias.

Autor de uma poesia marcada por forte intensificação do valor da palavra e grande precisão formal, mas sempre num registo extremamente contido, nítido e rigoroso («a procura do peso certo para cada palavra»). Frequentemente, a reflexão sobre a poesia e a linguagem, que caracteriza os seus textos teóricos, é transportada para o interior do próprio poema. Gastão Cruz revela-se um grande conhecedor da tradição poética portuguesa, existindo nos seus poemas uma profunda intertextualidade, tanto relativa a poetas portugueses como estrangeiros, principalmente de língua inglesa.

Alguma bibliografia:
Poesia - A Morte Percutiva - em Poesia 61 (1961) - Hematoma (1961) - A Doença (1963) - As Aves (1969) - Teoria da Fala (1972) - Campânula (1978) - Órgão de Luzes (1990) - As Leis do Caos (1990) - Transe (1992) - As Pedras Negras (1995) - Poemas Reunidos (1999) - Crateras (2000) - Rua de Portugal (2002) - Repercussão (2004)
Ensaio: - A Poesia Portuguesa Hoje (1973; 1979 – 2ª ed., revista) - A Vida da Poesia, Assírio e Alvim, Dezembro 2008

Algumas obras estão disponíveis no Pátio de Letras, (outras por encomenda), esperando ainda esta semana receber o agora premiado A Moeda do Tempo.

Gastão Cruz estará no Pátio de Letras para falar sobre a poesia de outro escritor algarvio consagrado, António Ramos Rosa, na 6ª f. 22 de Maio, às 21h30 (co-org. UALG e CMVRSA).


texto
(e recolha de informação ): Pedro Afonso


15/02/09

Novidades no Pátio de Letras

Nostromo, de Joseph Conrad
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Outros títulos de Joseph Conrad disponíveis:
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- Histórias Inquietas;
- Mocidade;
- Coração das Trevas;
- O Agente Secreto.
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Porno, de Irvine Welsh

Outros títulos de Irvine Welsh disponíveis:

- Trainspotting;
- Cola;
- Ecstasy.

O Estranho Caso de Benjamin Button, de F. Scott Fitzgerald
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Outros títulos de F. Scott Fitzgerald disponíveis:
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- Terna é a Noite;
- O Grande Gatsby;
- Década Perdida.

A Arte da Alegria, de Goliarda Sapienza

Um romance sensual, erótico e inteligente que percorre a história dos primeiros cinquenta anos dos século XX europeu pelas mãos de Modesta, uma heroína excepcional que aprende a ascender das suas humildes origens sicilianas até à aristocracia e ao poder, valendo-se da sua astúcia e dos seus dotes de sedução, sem com isso renunciar ao seu irredutível anelo de liberdade e ao seu insaciável amor pela vida.
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12/02/09

Coelhos há muitos

É frequente estar na minha labuta diária, portátil no colo, com a Sic Notícias em fundo, não porque esteja a dar-lhe particular atenção, mas porque a ligo para ouvir as notícias e logo de seguida, concentrada já no écran do pc e no teclado, "desligo" a atenção e esqueço-me de a apagar ou mudar para o Mezzo, até arrebitar de orelha ao dar-me conta de que é já a enésima vez que ouço a mesma notícia e os mesmos comentários.
Mas hoje o que me fez reparar no que se passava, afinal, na caixinha mágica, foi o eco de algumas vozes menos politicamente correctas do que o habitual - estava a dar (em repetição, creio) o programa de economia "Negócios da semana", desta feita não apenas com um convidado mas sim com três, e que três: Bagão Félix, Fernando Ribeiro Mendes e Diogo Leite Campos.
O tema era, pelo que ouvi, a actual crise económica, as "medidas Obama" e as "medidas Sócrates".
Do que disse o ex-secretário de Estado não me ficou lembrança (deve ter falado mais durante o período em que não estava a dar atenção, só isso); mas recordo como o ex-ministro das Finanças zurziu forte mas não feio nas medidas anunciadas pela governança e no acriticismo da comunicação social; e lembro sobretudo a surpresa que foi ouvir o fiscalista Diogo Leite Campos dizer que o modelo social e económico actual estava esgotado, ilustrando a afirmação com referências à história do "coelho" de Updike, que na sua trilogia e, especialmente em "O coelho enriquece", tão bem retrata o que é esse sistema, no qual se alicerça (ou alicerçava...) o modo de vida da classe média americana, paradigma de felicidade e bem estar emulado por todo o ocidente.

Surpresa porque não esperava ouvir tal referência literária naquele programa, surpresa pela coincidência - recebemos esta semana, finalmente, os livros de Updike (pedidos antes do seu recente falecimento, faço questão de registar...), surpresa finalmente porque Leite Campos rematou a explicar porque é que quando queria perceber o que estava "por detrás das coisas" se lembrava sempre dos ensinamentos de Marx... não deve ser o único, afinal o livro "Porquê ler Marx hoje" não pára muito tempo nas estantes do Pátio de Letras !

Para quem não viu o programa deixo o link para o vídeo aqui (as referências acima mencionadas começam ao minuto 23:35)

Março no Pátio de Letras


música, literatura, artes plásticas, fotografia... Março vai ser um mês em cheio no Pátio de L;etras - veja a programação aqui.

11/02/09

Gastão Cruz premiado no Correntes D'Escritas 2009

O anúncio dos vencedores dos vários prémios do Correntes D'Escritas foi efectuado durante a cerimónia de abertura, decorrida ontem no Museu Nacional da Póvoa de Varzim.

A Moeda do Tempo, da autoria de Gastão Cruz e publicado pela Assírio e Alvim, em 2006, foi o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa.

A decisão do júri foi unânime e o prémio de 20 000 € será entregue no próximo sábado, na cerimónia de encerramento do evento, no Auditório Municipal.
O júri era composto por Ana Luísa Amaral, Casimiro de Brito, Jorge Sousa Braga, Fernando Guimarães e Patrícia Reis.

Masi notícias sobre o Correntes D'Escritas 2009 diariamente aqui.

Gastão Cruz, autor algarvio de quem o Pátio de Letras disponibiliza várias obras, será o orador da palestra que aqui terá lugar sobre a poesia de outro escritor algarvio consagrado, António Ramos Rosa, na 6ª f. 22 de Maio, às 21h30 (co-org. UALG e CMVRSA).


01/02/09

A história oculta da espionagem em Portugal durante a II Guerra Mundial


Faro e as sua livrarias

post de Pedro Graça, no blog A Defesa de Faro

Se não me engano, George Steiner disse uma vez que a cultura europeia devia muito aos seus cafés. Pois eu acho que uma cidade deve muito às suas livrarias. Cidades com livrarias a sério são cidades para serem levadas a sério. Cidades onde eu sinto que pertenço e onde existe uma determinada afinidade. Uma afinidade indizível com gente que desconheço mas que passeia o olhar da mesma forma por uma prateleira. Se existir um café por perto e jornais então eu estou em casa, definitivamente. Claro que algumas casas são fatais. Subir a escadaria de madeira da Lello no Porto é incomparável, assim como é entrar na Simon Finch Rare Books em Londres e "tocar" em primeiras edições de Joyce ou Graham Greene. Este gosto pelo cheiro do papel talvez o tenha ganho nas minhas entradas madrugadores no Carapucinha ali ao lado de casa, a pretexto de qualquer coisa, e mais tarde na Bertrand ou na Europa-América, quando cada livro era mesmo uma aventura, desde Salgari até Júlio Verne e tudo se lia enquanto o relógio fazia o favor de parar.

Com a chegada da Universidade a Faro tive a presunção de que na cidade iriam proliferar livrarias e cafés e as tertúlias se iriam refazer e a discussão académica daria lugar a uma cidade mais dada ao sonho e à criatividade. Mas houve alguém que decidiu afastar os estudantes para o seu gueto e esqueceu-se de os ligar à cidade. E assim cresceu o Montenegro e assim também cresceu o ensino universitário em Portugal, mais dado à cerveja do que ao café. E quando dei por mim, os 10 000 estudantes, 700 docentes e 400 funcionários da Universidade do Algarve não tinham conseguido sequer fazer aparecer um conjunto mínimo de procura cultural (ou vice-versa) que justificasse o crescimento de um qualquer "quartier" cultural na minha cidade. Talvez o mais parecido tenha sido mesmo a falecida Rua do Crime. Malfadada sorte.

Agora, no momento em que o Pátio de Letras desponta e outras colectividades culturais teimam em sobreviver, ouço as palavras do Presidente da Fundação Serralves que propôs ao Governo uma plano baseado nas potencialidades do sector cultural e das indústrias criativas para enfrentar a crise. António Gomes Pinho, defende que uma maior aposta na cultura iria permitir criar centenas de postos de trabalho na região. No Porto, depois do despovoamento da Baixa pelo erro histórico (a somar a outros) de lá tirar a Universidade, a Baixa recompôs-se por causa da indústria cultural que conseguiu atrair pessoas e empregos (quem diria…).

Nestes momentos de crise, em que as soluções são todas ao contrário e em que, em teoria, a cidade de Faro possui uma imensa massa disponível para a cultura e a fruição desta (única no Algarve) não se percebe a não aposta a sério nos equipamentos culturais com gente que tem vindo a demonstrar capacidade de gestão, independentemente da sua cor política.


ALGUNS COMENTÁRIOS:

Ana L. 8:00 PM, Janeiro 31, 2009

Pois Pedro, não se percebe mesmo. Temos o ouro tão perto e tão longe. Eu também gosto muito de livrarias que correm o risco de fechar com a internet e com toda a gente isolada a ler no seu canto. Mas estes espaços têm de se transformar e tornarem-se em locais de convívio e das artes. Precisamos de falar uns com os outros e aproveitar o facto de vivermos neste cantinho com um clima excepcional. Os nórdicos já convivem mais do que nós. Andamos tão pessimistas e sempre a dizer mal de tudo sem tentarmos arranjar soluções. Parabéns pela sensibilidade e pelo facto de não ter medo de se expôr.

luis alexandre 1:14 AM, Fevereiro 01, 2009

Mais um excelente texto de reflexão.
São estas ideias que me vão mantendo ligado a este blogue, onde se passeiam, a propósito de alguns temas, muitas ideias de quintal, diferindo na cor política dos interesses pessoais.
A investigação e o conhecimento, são os motores da vida. Sem eles não há progresso.
Então, porque é que à semelhança do salazarismo, a democracia parlamentar burguesa aposta no mau ensino, numa política cultural para elites e endinheirados e despreza os apoios consistentes às associações e colectividades que pretendem prestar serviço voluntário de cultura e de avivamento das raízes populares.
A cultura não deveria ser encarada como um negócio, mas como o motor de todas as transformações.
Talvez por este motivo, os governos portugueses deixam sair a maior parte dos nossos investigadores.
Ultimamente, criou-se um Plano nacional de Leitura, que se diz oficialmente, tem dado bons resultados. Mas teriam melhores resultados se o Estado criasse um plano adicional de associar a participação dos escritores e poetas portugueses.
Custa muito dinheiro? Nada de importante, comparável com os resultados que podemos obter.
Não admira que as Livrarias estejam a desaparecer da vida das cidades e vilas de Portugal. Os livros passaram a ser vistos como um negócio e nenhum ministro deste País ainda percebeu a necessidade de inverter este rumo cinzento, num mundo cada vez mais global e assente na investigação de servidão das políticas concentracionistas, especuladoras e individualistas.
Os livros circulam em circulos reduzidos e as tentativas altruistas, tipo Páteo das Letras, que resultam de lutas de resistência contra um mundo que nos oprime, podem vir a cansar por razões económicas.
A cultura, historicamente, sempre pagou um preço muito alto para existir e não me parece que nos tempos que vivemos, tenha mudado uma virgula.
A cultura pode ser desprezada mas está viva, num livro velho, numa casa tradicional, numa nora, numa peça de arte, nas memórias de um bisavô e os seus candidatos a algozes vão ter sempre razões para desesperarem.

Pedro Graça 4:29 PM, Fevereiro 01, 2009

Caro Luís Alexandre,
Participante atento. Obrigado pelas suas palavras e acrescentos de qualidade. De facto, quando a sociedade europeia (sem rumo nem liderança) decidiu copiar o modelo asiático de produzir barato a qualquer custo, uma das coisas que nos foram retirando foi o tempo. E a leitura exige tempo, dedicação, esforço, organização. Como tudo na vida que vale a pena. Talvez a luta que valha a pena ter, nos tempos actuais, seja contra quem nos rouba tempo de qualidade. Desde quem nos manda ir viver para as periferias ou comprar comida a quilómetros de distância até quem toma essas decisões tantas vezes: nós próprios. Nos tempos que correm em Portugal, ler arrisca-se a ser um luxo. Uma perda de tempo considerável que a maioria pensa não poder ter. E curiosamente, quanto mais uma sociedade ler, mais facilmente conseguirá superar as suas dificuldades. No meio deste paradoxo e da presente crise social, os poderes públicos têm uma palavra e uma responsabilidade que está assinalada no texto. A ver vamos, nomeadamente em Faro.


inauguração exposição de Cidália de Brito

31 de Janeiro 09

em 1º plano: auto-retrato de Cidália de Brito
curriculum: ver aqui














de perfil: Cidália de Brito















































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