ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

30/06/12

John Boyne: e todos se vestiam como o rapaz do pijama às riscas

«And one final thought came into her brother’s head as he watched the hundreds of people going about their business, and that was the fact all of them – the small boys, the big boys, the fathers, and grandfathers, the uncles, the people who lived on their own on everybody's road but didn’t' seem to have any relatives at all – were wearing the same clothes as each other: a pair of grey striped pyjamas with a grey striped cap on their heads.»

John Boyne, The Boy in the Striped Pyjamas (2006)
Vi Dublin invadida de pijamas às riscas em forma de livro quando por lá andei em 2006. Na altura não dei grande atenção ao facto. Mais um bestseller na forja, pensei. Só me dei conta do exato sentido do traje referido no romance há uns dias atrás quando vi por acaso no pequeno ecrã da televisão o filme que o adaptara às telas de cinema. Espantoso. As tais histórias singulares que os livros às vezes nos contam. Assim. Sem mais nem menos. De improviso. Dentro e fora das páginas de papel que as suportam e das capas de cartão que lhe emprestam um primeiro rosto. John Boyne quis prestar homenagem a todos aqueles que nos campos de concentração, trabalho escravo ou extermínio nazi foram obrigados a vestir-se como O rapaz do pijama às riscas (2006), figura central duma ficção feita de factos acontecidos. 

As edições mais recentes da saga de Bruno e Shmuel aproveitaram-se do sucesso da película e do ar de inocência transmitido pelos jovens atores que dão corpo aos heróis da efabulação, para substituírem a imagem anterior a duas cores por uma outra mais tranquila pintada com todas as opções cromáticas do arco-íris. Os dois encontram-se sentados num chão de relva viçosa, pernas cruzadas, virados um para o outro, a partilharem confidências e a projetarem o futuro. Separa-os uma vedação de arame farpado e uma feição peculiar de vestir. Une-os um processo de amizade em construção e uma ausência de preconceitos no horizonte. O modo ingénuo de encarar a vida idealizado pelas crianças é confrontado com o modo calculista materializado pelos adultos de transmudar a vida a seu belo prazer. O leitor coloca-se na fronteira traçada por estas duas cosmovisões e converte-se no juiz dos conflitos que lhe vão sendo postos pela escrita minuciosamente tecida pelo autor. Os contrastes discursivos acumulam-se e o produto resultante acaba por demonstrar que a literatura não tem género definido nem idade limitativa. Tem é autores-leitores à altura. Caso contrário, resume-se a um conjunto de letras dispostas em palavras e frases que não cabem nas categorias ideadas pela arte poética. 

O episódio da gesta europeia recente retratado neste romance só pode ser remetido para o universo do juvenil e varonil, por ser protagonizado por dois rapazes de nove anos de idade, nascidos no mesmo dia, mês e ano, mas em contextos étnicos diametralmente opostos, o ariano da Alemanha nacional-socialista e o judaico da Polónia ocupada pelo Terceiro Reich, um em Berlim e o outro em Cracóvia, um regido pela cruz gamada e o outro pela estrela de David. Só assim se entende a candura manifestada por cada um deles ao pronunciar de maneira infantil «Fúria» pelo alemão Führer e «Acho-Vil» pelo polaco Auschwitz. Tudo se passa como se o autor tivesse pudor de registar a versão original das palavras-chave dos dramas vividos e as registasse pela inócua dos diálogos travados. O ponto de vista particular dos mais novos a questionar as interpretações dos mais velhos. A conhecida técnica usada por Jonathan Swift n’ As viagens de Gulliver, por Lewis Carroll na Alice no país das maravilhas ou por Saint-Exupéry n' O Principezinho. Os livros de adultos a refletirem o mundo infanto-juvenil tratado no seu interior pelas personagens que lhes dão alma e razão de existir. 

O encontro final do real e do imaginário faz-se na esfera discursiva da tragédia, marcado pela gramática teatral do disfarce, do fingimento e da máscara, pelo predomínio do discurso dialógico, pelo número reduzidos de atores e de recintos cénicos convocados pela ação. Os erros dos pais recaem nos ombros dos filhos. À boa maneira clássica da hybris helénica ou bíblica do pecado original judaico-cristão. Édipo é punido pelos crimes de Laio. Os descendentes de Adão e Eva são condenados à morte pela desobediência dos progenitores à vontade de deus. Os heróis findos do passado são trazidos ao convívio dos espetadores do presente pelo curto espaço de tempo da leitura do livro ou do visionamento do filme. A intriga desenvolve-se à frente dos nossos olhos, no palco. A catástrofe concretiza-se fora de olhares indiscretos nos bastidores. O castigo infligido aos filhos dos homens é representado discretamente no barracão dos duches oferecidos aos deserdados do prometido império dos 1000 anos. Implacavelmente. Sem apelo nem agravo.

Por razões que o meu subconsciente saberá explicar melhor do que eu, nunca gostei de me ver dentro dum pijama às riscas, daqueles de ir para a cama quando chega a noite, com a consciência tranquila, pronto para um sono reparador e algum sonho redentor. A associação das barras do tecido às grades da prisão deu-me sempre a sensação desagradável de claustrofobia, de falta de liberdade. É provável que o uniforme imposto compulsivamente aos condenados à solução final e ao holocausto me tivesse alimentado um pouco essa aversão visceral. Felizmente para todos nós que esses tempos de barbárie humana foram há muito erradicados da superfície da terra. O próprio feitor da fábula o afirma nas derradeiras linhas da fábula feita. Queiram os fados benfazejos e o bom senso dos homens que tenha razão. Aconteceram há muito tempo e não voltarão a repetir-se nos dias de hoje nem na época em que vivemos.

27/06/12

6ª f 13 de Julho, 22h: Recordar ALVES REDOL


















Na noite de 13 de Julho, às 22h, o Pátio apresenta o documentário ”Alves Redol, Memórias e Testemunhos” de Francisco Manso, na presença do arealizador e do filho do escritor, António Redol.

No mesmo dia, a CCRA inaugura, em colaboração com o Pátio, uma exposição evocativa da... vida e obra do autor neo-realista, que reúne um espólio documental e biobibliográfico.

O documentário, produzido em 2011 por ocasião do centenário do nascimento de Alves Redol, é o tributo ao humanista que amou e retratou o povo português como poucos na sua obra literária, sendo um dos mais influentes nomes do neo-realismo português.

Natural de Vila Franca de Xira, Alves Redol foi jornalista, dedicou-se a trabalhos de recolha etnográfica no Ribatejo, publicados em diversos romanceiros e cancioneiros, e foi autor do primeiro livro neo-realista português, “Gaibéus”. Este primeiro romance iniciou uma vasta obra que inclui “Marés”, “Avieiros”, “Fanga”, “Barranco de Cegos”, entre outros. Escreveu ainda livros para a infância, peças de teatro e também guiões de cinema. Foi publicitário e dirigente desportivo. Foi acima de tudo uma figura prolífica e riquíssima, com uma intensa e constante intervenção política e cívica, que ainda hoje é relevante e sobre a qual importa reflectir.

Francisco Manso, que estará presente na sessão para partilhar com o público os objectivos deste seu trabalho, regista em ”Alves Redol, Memórias e Testemunhos”, depoimentos de pessoas que conheceram o autor, de familiares e de intelectuais seus contemporâneos, além do relato do filho do escritor, António Redol, sobre momentos marcantes da vida de seu pai, que revelam aspectos menos conhecidos da sua personalidade.

Francisco Manso realizou e produziu dezenas de documentários, séries para televisão e longas-metragens, muitos dos quais premiados em festivais internacionais. É autor de filmes como “Assalto ao Santa Maria”, “Garrett”, “Epopeia dos Bacalhaus”, “Camilo Pessanha, um poeta ao longe”, “Meu Pai, Humberto Delgado”, “Memórias de Um Rio - Avieiros, os nómadas do Tejo”, “A Ilha dos Escravos” ou “O Testamento do Senhor Napomuceno”, entre outros.

24/06/12

Esta semana sugerimos que Leya por -40%










Saúde Perfeita, de Deepak Chopra; Confiança Instantânea, de Paul McKenna, e Chega-te a Mim e Deixa-te Estar, de Eduardo Sá. Aproveite!

No Pátio também há:


Novidades editoriais















O LEGADO DE NHÔ FILILI

Luís Urgais

Tendo por cenário o arquipélago de Cabo Verde entre a segunda metade do século xix e a primeira do século XX, "O Legado de Nhô Filili" é o retrato de uma África bela e sedutora, mas também dura e miserável, e bem assim uma metáfora da história da mestiçagem biológica e cultural e da génese dos movimentos pela independência das Colónias.
Oficina do Livro, 13.90€

A PALAVRA DO MUDO
Julio Ramon Ribeyro

Através de uma escrita límpida e genuína, Ribeyro transmite as aspirações, os sonhos e as angústias dos seus protagonistas. O presente volume recolhe alguns do contos mais representativos do seu génio, entre eles Sílvio no Roseiral e o autobiográfico Só para fumadores, dois exemplos do seu inconfundível universo literário.
Ahab, 15.90€

OS IRMÃOS KARAMÁZOV

Fiódor Dostoiévski

"Os Irmãos Karamázov é o romance mais magistral que alguma vez se escreveu, e nunca seremos capazes de apreciar devidamente o episódio do Grande Inquisidor, que é uma das maiores realizações da literatura mundial." Do posfácio de Sigmund Freud
Relógio D’Água, 35€

DE BICICLETA

Antologia de Textos

Vários

Este livro reúne alguns dos mais interessantes escritos literários sobre a bicicleta publicados nos últimos cem anos. São vinte e dois autores reunidos para celebrar alegrias, dores e possibilidades de um meio de locomoção, de um desporto e de uma arte, que conhece actualmente um novo fôlego.
Relógio D’Água, 15€

A FORCA

Joe Abercrombie

A mulher mais odiada do Sul, o homem mais temido do Norte e o rapaz mais egoísta da União poderão ser estranhos companheiros de viagem, mas, se conseguissem deixar de se odiar, seriam também companheiros potencialmente letais. Segredos ancestrais serão expostos. Batalhas sangrentas serão ganhas e perdidas. Inimigos declarados serão perdoados... mas não antes da forca.
1001 Mundos, 19.90€

O QUENTE ACONCHEGO DA MÃE NEGRA 
Sérgio Veiga

Esta obra que nasceu das horas que Sérgio Veiga passou como caçador na savana africana, caçador profissional, o que viu na penumbra das emboscadas, o desenrolar das histórias, o viver das personagens. É com o seu instinto de quase predador que Sérgio Veiga constrói nestas páginas o trilho até à sua alma.
Presença, 13.30€

A MINHA AMÉRICA
João Medina

Este livro deambula sem complexos, vagabundeia por livros, cidades, monumentos, pessoas, acontecimentos e ideias que se prendem com a vida norte-americana. Fala da América, literalmente daquilo que na civilização e cultura americanas apaixonou o autor, o seduziu, o encantou, o impressionou.
Opera Omnia, 19.40€

ORIGENS

Como os nove meses anteriores ao nascimento moldam a nossa vida
Annie Murphy Paul

A autora entrevistou cientistas de todo o mundo, de forma a perceber o que pode moldar, das mais diversas e insuspeitas formas, o bebé em gestação. A interacção entre o feto e o ambiente em que vive durante nove meses e como, para além da genética e outros factores, as experiências intra-uterinas, harmoniosas ou traumáticas, são determinantes para a saúde física e mental durante a vida futura.
Presença, 16.60€

RESÍDUOS: UMA OPORTUNIDADE

Pedro Almeida Vieira

Quanto mais desenvolvida é uma sociedade, mais resíduos produz. O ser humano sempre teve dificuldade em armazenar e tratar o lixo, tendo muitas vezes convivido demasiado de perto com ele, numa prática que resultou frequentemente em doenças fatais. Vem por isso bem a propósito este livro “um notável contributo para a compreensão do fenómeno dos resíduos […] na sociedade portuguesa”.
Sopa de Letras, 22€

LEO, O PUTO SURDO

Yves Lapalu

O autor foi o primeiro surdo a estudar na Escola Superior de Artes Gráficas, em França. Desenhado num estilo humorístico, agradável e simpático, e servido por cores vivas e atraentes, Léo resolve todos os seus problemas com humor, ensinando-nos que o melhor remédio para a surdez é sorrir dela. Esta
obra é um caso singular, pelo humor com que aborda muitas das dificuldades que os surdos vivem no dia-a-dia num mundo bem mais ruidoso do que o recomendável.

Surd’Universo, 12€

BREVE HISTÓRIA DOS SURDOS NO MUNDO

Paulo Vaz de Carvalho

Dividido em duas partes - o Mundo e Portugal - esta obra cobre a evolução dos métodos de ensino de Surdos, do seu movimento associativo, das diversas línguas gestuais e investigações em curso, destacando ainda Pessoas Surdas que, pelo seu papel excepcional na História, enquanto líderes de comunidades ou de excelência artística ou científica, merecem um lugar de destaque.
Surd’Universo, 15€

SURDOS, 100 PIADAS

Marc Renard

Este álbum, traduzido para a língua portuguesa pela Surd'Universo é, na sua versão original francesa, fruto de dois volumes, de 1997 e de 2000. A tradução contemplou apenas os textos dos balões e algumas onomatopeias. Os gestos das personagens em língua gestual francesa mantiveram-se inalterados.
Surd'universo, 10€

COMO ROUBAR O MUNDO
Jan Schoorl Costa
Este livro explica as razões e os métodos usados nas fraudes, as manipulações levadas a cabo nos mercados, a corrupção dos controladores, as portas giratórias entre os vários poderes, as ligações entre bancos e o mundo político e entre os primeiros e os serviços de informação, especialmente nos EUA. Não é um livro de economia, apesar de tratar assuntos económicos.
Chiado Ed., 13€

COMO GOVERNAR O MUNDO
Uma Nova Diplomacia em Tempos de Incerteza
Parag Khanna

Comparando a nossa época a uma Nova Idade Média, o autor propõe como estratégia para gerir os problemas globais uma “megadiplomacia” baseada em alianças ou coligações entre diferentes grupos com interesses comuns, que poderiam comunicar entre si por meio de novas redes sociais com um alto grau de flexibilidade e eficácia na resolução de quaisquer crises, de nível global ou local.
Presença, 17.50€

CASOS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Exercícios e Soluções
Rui Baleiras

Os exercícios aqui propostos, totalmente resolvidos, correspondem às tarefas de autoaprendizagem propostas no final de cada capítulo. Embora tenham sido elaborados tendo os alunos do ensino superior como principal público-alvo, muitos exercícios também poderão ser úteis a profissionais que habitualmente utilizam aqueles espaços.
Principia, 17.50€

PAIXÃO PELA COZINHA
Justa Nobre

Justa Nobre é um nome incontornável da cozinha portuguesa, expoente máximo dos sabores tipicamente nossos. ‘O Nobre’ é um restaurante familiar ao ouvido de todos aqueles que sabem onde se come bem. A esta chef nunca faltou a fama, aos seus espaços nunca faltaram clientes, faltava apenas o registo de uma vida intensa.
100% editores, 35€

Novidades infantis


















COMO CRESCER E GOVERNAR O MUNDO

Scott Seegert, John Martin

És alguém que gosta de “fazer o que está certo”? Gostas de “partilhar”, “ser atencioso” e “tratar outras pessoas como gostavas que te tratassem”? Se sim, então és um MARIQUINHAS PATÉTICO e uma perfeita perda de tempo. Pousa este livro imediatamente! Mas se a tua pequena mente medíocre sonha com um futuro melhor, superior e DIABÓLICO, então eu, VORDAK, O INCOMPREENSÍVEL, ensinar-te-ei tudo o que precisas de saber sobre Supervilania! Muahahaha!!!
Gailivro, 11.90€

TIGRE NA RUA E OUTROS POEMAS

Serge Bloch

Da mesma forma que pensamos e nos admiramos como pode um tigre, sem mais nem menos, aparecer na rua, tal como no poema de Daniil Harms, também com igual surpresa reagimos ao facto da poesia andar tão arredada do dia-a-dia de tanta gente.  Assim surge este livro: mais uma porta, ou janela, se preferirem, para a poesia. 
Bruaá, 14€

TRÊS TRISTES TONTOS

Tony Ross

Era uma vez um esbelto mas sensato rapaz, que tombou de amor por uma linda mas tonta rapariga. Depois de ter conhecido a tonta família de Joana, Jorge pergunta-se se casar com ela será afinal a coisa mais sensata a fazer… De Tony Ross, o aclamadíssimo, multipremiado e maior bestseller britânico da ilustração, aqui com texto também da sua pena, num magnífico tributo ao humor. 
Livros Horizonte, 13.25€

A ÁRVORE GENEROSA

Shel Silverstein

Um clássico de 1964 que comoveu gerações com a história do amor entre uma árvore e um menino. A árvore é a amiga amorosa que dá tudo ao menino: as suas folhas, os seus frutos e a sua sombra. O menino também ama a árvore, a grande companheira de todos os dias: sobe ao seu tronco, pendura-se nos galhos e brinca às escondidas. Até que vai crescendo, torna-se adolescente e depois adulto. E, pouco a pouco, deixa a amiga de lado. "Estou grande demais para brincar", diz o menino, que então precisa de dinheiro para comprar "muitas coisas". A árvore fornece as suas maçãs para o jovem vender. Depois os seus galhos para o homem construir a sua casa. E a história acompanha o passar do tempo até à velhice do homem - que até ao fim, já bem velho e cansado, ainda é tratado por menino pela árvore.
Bruaá, 13.93€

20/06/12

Per Olov Enquist: visita de médico ao rei da Dinamarca


«Johann Friedrich Struensee utsågs kungliga läkaren den danske kungen Christian VII den 5 april 1768, fyra år senare avrättades.»
Per Olov Enquist, Livläkarens besök (1999)
Todas as viagens são úteis para a aquisição de novas aprendizagens e experiências. Algumas delas conseguem mesmo mudar de modo radical pontos de vista pessoais até então tidos como definitivos. Uma passagem rápida por Copenhaga permitiu-me entrar em contacto com uma realidade escandinava que os roteiros turísticos geralmente ignoram ou a que imprimem uma ênfase muito reduzida. Convidam-nos a visitar castelos e palácios, a passear pelos parques e jardins que os enquadram, a fotografar os recantos mais aprazíveis que os alojam, mas omitem parte dos dramas que os seus proprietários aí vivenciaram. Acedi a alguns destes eventos pretéritos com a ajuda de Per Olov Enquist e d’ A visita do médico real (1999), através da escrita mágica dum autor sueco e dum romance histórico de enfoque dinamarquês, centrado na deslocação profissional do alemão Johann Friedrich Struensee à corte de Cristiano VII de Oldenborg e de Caroline Mathilde de Hanôver entre 1768 e 1772. Pequeno episódio aparentemente inócuo do Almanach de Gotha, que a Europa setecentista das monarquias absolutas do Ancien Régime comentou copiosamente em vários idiomas e depois remeteu para a órbita confortável dum esquecimento previsível.

Encarado desta forma simplista, o leitmotiv romanesco referido até pareceria roçar os limites da banalidade, se o obscuro visitante real não tivesse vivido um escandaloso caso de amor com a rainha e não tivesse implementado os alicerces da revolução dinamarquesa em nome do rei. Tudo isto em quatro anos que os anais oficiais consagraram com a designação de Era Struensee. O resultado de tão insólita efeméride é conhecido. A princesa da Grã-Bretanha e Irlanda foi obrigada a divorciar-se do rei da Dinamarca e Noruega e foi deportada para o castelo de Celle na Baixa-Saxónia. O até então médico, conselheiro e ministro do gabinete real foi condenado à morte por decapitação seguido de esquartejamento, sentença proferida mais pela implementação do processo de reforma do país do que pelo adultério cometido com a soberana. O tribunal que o julgou cortou o mal pela raiz, separando-lhe do corpo a mão que assinara os 632 decretos iluministas e a cabeça que os havia concebido e posto em prática. Por vezes vem-nos à lembrança o eco perdido doutros sucessos históricos cuja crueldade chocaram de igual modo o velho continente. A execução dos Távora (1759) serve de exemplo perfeito num contexto estritamente nacional. As semelhanças sangrentas são claras, conquanto a ação de Sebastião José de Carvalho e Melo, o ministro plenipotenciário de D. José I, tenha sido feita em nome no despotismo esclarecido do monarca fidelíssimo e não contra a sua concretização entre nós.

A urdidura dos factos é traçada com frases curtas, incisivas, clínicas, com o recurso a uma linguagem crua, sem falsos pudores, num estilo que certas práticas literárias reprovam mas que a natureza da matéria relatada justifica. O romancista fá-lo através da revisitação documental de confissões, relatórios, despachos, dissertações, jornais, escritos, notas, diários, livros e memórias. A oscilação discursiva entre luz e trevas é constante. O jogo dicotómico entre sonho e pesadelo, prazer e dor, realidade e ilusão, paixão e ódio invade o mundo imagético dos atores que dão corpo ao drama, levado à cena no país do lendário Amled, o príncipe louco celebrizado por Shakespeare com o nome trágico de Hamlet, um e outro referidos várias vezes na efabulação, sempre em confronto direto com Cristiano VII, o rei louco que passara toda a vida a representar o papel da corte no teatro da corte. O sentido paradoxal da peça assenta na tentativa absurda de se instaurar o reino da razão num reino entregue a um rei destituído de razão. A corte transforma-se num grande manicómio em que Struensee, o reformador idealista derrotado, é substituído nos labirintos do poder por Guldberg, o conspirador intriguista vencedor. Dois pequenos arbustos insignificantes entre árvores grandes e arrogantes. A aristocracia todo-poderosa podia voltar a respirar sossegada. A moral e os bons costumes tinham sido restaurados. O direito divino de governar os povos restituído às mãos do seu legítimo proprietário, i.e., dos seus leais colaboradores.

O romance mais conhecido do Prémio Nórdico da Academia Sueca começa com uma frase lapidar que sintetiza toda a fábula: «Johann Friedrich Struensee foi nomeado médico real do rei dinamarquês Christian VII no dia 5 de abril de 1768; quatro anos mais tarde foi executado». Felizmente para todos nós que o engenho e arte do escritor não se ficou por aí e nos introduziu nesse escasso período de tempo em que o livre-pensamento deu os primeiros passos decisivos nos palcos europeus e começou a mudar irreversivelmente o destino dos seus cidadãos. Os filósofos da revolução perderam a batalha dinamarquesa no reinado de Cristiano VII mas ganharam a guerra francesa no reinado de Luís XVI. E assim se faz a história, e assim se contam histórias...

6ª f, 22/6, 21h30 - SORTCUTZ; últimas curtas em competição no mês de Junho


Na próxima 6ª feira terá lugar, no Pátio de Letras, a última sessão de competição Shortcutz do mês de Junho - na 6ª f seguinte serão atribuídos os prémios. Em Outubro o Shortcutz regressa ao Pátio.


As curtas a exibir, nesta 6ª f dia 22, são:

“Perdoa-me”, com realização de André Dias ...e Joana Silva

“Fecha-se uma Porta, Abre-se uma Janela”, com realização de Rui Moreira.

A curta convidada é “Consequências”, com realização de Luís Ismael (realizador da trilogia Balas&Bolinhos), filme com uma longa lista de prémios e selecções em festivais nacionais e internacionais.

Toda a informação sobre o SHOTRCUTZ Faro aqui.

18/06/12

Sábado: discutir urbanismo com Arq. Porfírio Maia

Esta semana Leya com 40% de desconto...









Pensageiro Frequente, de Mia Couto; Travessuras da menina Má, de Vargas Llosa; A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón.

Livros de design e artes gráficas








Seleccionámos um conjunto de livros sobre design e artes gráficas, para quem aprecia  ou trabalha na área.
A nossa selecção inclui livros de caligrafia, design, design gráfico, novas tecnologias, novidades e outros que não são fáceis de encontrar.
Aqui, pode folheá-los e apreciá-los, e, quem sabe, encontrar o livro que procurava há muito.

Novos livros no Pátio




















FLORES CAÍDAS NO JARDIM DO MAL
Primavera
Mons Kallentoft

Depois de “Sangue Vermelho em Campo de Neve” (Inverno), “Anjos Perdidos em Terra Queimada” (Verão) e “Segredo Oculto em Águas Turvas” (Outono), o tão aguardado 4º volume da tetralogia de Mons Kallentoft, referente à Primavera, chegou ao Pátio.
Oficina do Livro, 18.90€ 

O ÚLTIMO SOLTEIRO
Jay McInerney

Estas doze histórias são como uma cascata colorida da vida humana, com todas as suas fraquezas. Num estilo que relembra Fitzgerald, Hemingway ou Raymond Carver, Jay McInerney oferece-nos um retrato irónico e, por vezes, surreal, da vivência nova-iorquina, que o confirma como um dos cronistas mais emblemáticos da sociedade contemporânea americana.
Teorema, 21,90 €

VERÃO QUENTE
Domingos Amaral

Em 1975, no auge do Verão Quente, com Portugal à beira de uma guerra civil, Julieta é encontrada inanimada e cega, depois de cair pela escada, na sua casa de família na Arrábida. E, num dos quartos do primeiro andar, são descobertos, já mortos, o seu marido, Miguel, e a sua irmã, Madalena. Vinte e oito anos depois, tenta-se desvendar os mistérios daquela noite.
Casa das Letras, 15.90€ 

ESCUTANDO O RUMOR DA VIDA e SOLIDÕES EM BRASA
Urbano Tavares Rodrigues

"Escutando o Rumor da Vida", como o próprio título o diz, é uma tentativa de visão global do mundo em que vivemos, mas inteiramente diferente das obras convencionais realistas e naturalistas. Na novela "Solidões em Brasa", Vítor Córdova procura no amor e no sexo, na viagem e nos seus pequenos delírios um sentido para a vida, que afinal não encontra.
Dom Quixote, 12,90 €

VIAGENS
Marco Polo

O mais mítico de todos os livros de viagens, finalmente publicado em Portugal numa tradução rigorosa. Traduzido em todas as línguas este livro continua a povoar o imaginário de sucessivas gerações de leitores.
Assírio e Alvim, 15€

BAR FLAUBERT
Alexis Stamatis

Yannis Loukas é um jornalista freelancer, filho de um prestigiado escritor, que aceita ajudar o pai a compilar uma autobiografia. Esquadrinhando o arquivo pessoal da família, Yannis descobre um manuscrito intitulado Bar Flaubert, cuja publicação o pai tinha recusado alguns anos antes. Ao lê-lo, tem a sensação de que alguém transpôs para o papel os seus sentimentos mais íntimos e secretos.
Porto Editora, 16,60 €

TITANIC
Marina Tavares Dias

No ano em que se assinala o centenário do naufrágio do Titanic, surge a primeira obra de um autor português sobre uma das grandes tragédias do século XX.
Um livro profusamente ilustrado, repleto de detalhes inéditos sobre as grandes companhias construtoras e os seus proprietários, a sociedade da época, a vida no interior do navio, os “protagonistas”, e os efeitos do naufrágio.
Objectiva, 39.90€

LISBOA

A Guerra Nas Sombras da Cidade da Luz, 1939-1945

Neill Lochery

Numa obra extremamente bem documentada, Neill Lochery oferece-nos a oportunidade única de visitar Lisboa na época em que foi chamada de Cidade da Luz. Conta a história de como Portugal, um país europeu relativamente pobre, tentando permanecer neutro, resistindo a extraordinárias pressões, sobreviveu à guerra não só fisicamente intacto mas também consideravelmente mais rico.
Presença, 17.90€

MULHERES DE ARMAS
Isabel Lindim

As histórias aqui contadas poderiam ser um romance, mas aconteceram de facto, na década de 1970, e fazem parte da história da luta anti-fascista em Portugal. São catorze histórias de mulheres de armas, tanto no sentido figurado como no sentido literal, de quem esteve nas trincheiras de um combate clandestino, contribuindo para construir uma época da história contemporânea portuguesa.
Objectiva, 15.50€

A CIDADE IMPURA

Andrew Miller

Paris, 1785, uma cidade em vésperas de revolução. Jean-Baptiste Baratte, um engenheiro de origens humildes, é incumbido pelo ministro do rei de supervisionar a demolição do cemitério Les Innocents. Mas o jovem engenheiro vai muito em breve descobrir que nem toda a gente está satisfeita com a sua empreitada. Será um ano de trabalho árduo, de sobressaltos, mas também de grandes ideais, de amizade e amor.
Presença, 16.60€

VADE-MÉCUM
De lugares-comuns
Licinio Poças

"Lugar-comum" é uma frase feita, chavão, cliché, ditado, aforismo, adágio, chapa ou estereótipo. "Há bastante tempo que venho anotando 'lugares-comuns', actualmente ultrapassando as sete centenas, número que considero património e como tal me sinto obrigado a divulgá-lo como acto de cidadania, sobretudo dirigido a pais, educadores, estudantes, jornalistas e comunidades imigrantes."
Arcádia, 26€

JÁ A MINHA AVÓ SABIA
Erin Bried

Um livro que recupera a sabedoria preciosa e os ensinamentos valiosos das nossas queridas avós. Aqui encontra mais de 100 dicas sobre a vida quotidiana. Passo a passo, descubra como fazer estas e muitas outras coisas: remover a maior parte das nódoas; perfumar a casa sem velas; conseguir uma boa noite de sono; fazer compras sem crédito; fazer cerveja; fazer conservas; etc.
Guerra e Paz, 17.70€

O ANIMAL SOCIAL
David Brooks

Ao longo dos séculos foram escritos milhões de livros sobre o sucesso e como ser bem sucedido. David Brooks procurou mostrar o lado mais íntimo e as explicações desconhecidas para o sucesso. Uma das descobertas centrais deste estudo é que somos mais do que fruto do nosso pensamento consciente. Somos, sobretudo, resultado do pensamento que decorre abaixo do nível da consciência.
D. Quixote, 24.90€

ÍDOLOS, SONHO E TELEVISÃO
Pedro Boucherie Mendes

Pedro Boucherie Mendes responde a todas as perguntas: O telespectador tem a palavra final? Os cromos existem mesmo? A importância da música e da voz é assim tão grande? O que são audiências? Porque é que é que os jurados são assim? Leitura obrigatória para todos os que vêem, estudam ou pretendem um dia trabalhar em televisão.
Guerra e Paz, 12.99€

CRISTIANO RONALDO
A Perfeição é o Limite
Luca Caioli

Cristiano Ronaldo, ganhou a sua primeira Bola de Ouro aos 23 anos, tornando-se, depois de Eusébio e Figo, o terceiro jogador português a receber este galardão. Caioli acompanha a par e passo, com seriedade e rigor, a vida do jogador, desde a infância feliz no seio de uma modesta família madeirense, e levanta discretamente o véu sobre a vida pessoal de Ronaldo.
Presença, 13,90 €

GANHAR COM AS APOSTAS DESPORTIVAS
Paulo Rebelo

Um guia que pretende ser uma orientação e um curso prático para todos aqueles que querem arriscar e ganhar com as apostas desportivas nas várias vertentes. Com a vantagem de poder ser utilizado por quem já é um habitual apostador e por quem nunca fez uma única aposta na vida e quer aprender com fazê-lo com sucesso. Com dicas, truques, casos práticos, formulas e gráficos.
Marcador, 15€

Destaques infantis: especial futebol!

17/06/12

LUÍS FILIPE CASTRO MENDES PREMIADO COM "LENDAS DA ÍNDIA"

«Publicado pela Dom Quixote em Junho de 2011, o livro Lendas da Índia, do poeta e ficcionista Luís Filipe Castro Mendes, acaba de ser distinguido com o Prémio António Quadros, atribuído pela Fundação com o mesmo nome. De acordo com os membr...os do júri, José Carlos Seabra Pereira, António Cândido Franco, Fernando J.B. Martinho, Nuno Júdice e Pedro Mexia, Lendas da Índia inscreve-se no “horizonte de um diálogo de culturas, com aspectos relevantes do pensamento universalista e da abertura de espírito do patrono deste Prémio (…) dando prossecução a um trajeto literário de grande qualidade estética.” Para o júri, Lendas da Índia versa sobre a identidade “sem complexos históricos com o passado dos Descobrimentos.”
Tal como o nome o indica, trata-se de um livro que reúne um conjunto de poemas sobre a Índia ou sobre outros temas descritos com o olhar de quem viveu naquele país.

Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950, em Idanha-a-Nova. Formado em Direito pela Universidade de Lisboa (1974), estreou-se em 1983 com o livro de poesia Recados. Em 1984 publica a ficção Areias Escuras e no ano seguinte regressa à poesia com Seis Elegias e Outros Poemas, galardoado com o Prémio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Publica ainda Ilha dos Mortos (1991), Viagem de Inverno (1993), O Jogo de Fazer Versos (1994), Modos de Música (1996), Outras Canções (1998), Poesia Reunida (1985-1999) e Os Dias Inventados (2001).

O Prémio António Quadros foi criado com o objectivo de evocar a obra e o pensamento de António Quadros (1923-1993) e distinguir, encorajar e divulgar o pensamento português nas sua múltiplas expressões e géneros, tarefa a que o pensador dedicou grande parte da sua actividade intelectual.

Luís Filipe Castro Mendes sucede a Afonso Rocha, que no ano passado recebeu o Prémio pelo seu ensaio Natureza, Razão e Mistério Para Uma Leitura Comparada de Sampaio.»

fonte: Leya

Ondjaki: Prémio Bissaya Barreto

«O escritor angolano Ondjaki vai receber, na próxima segunda-feira, em Coimbra, o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2012. A distinção, à qual está associado um prémio monetário de cinco mil euros, foi atribuída ao autor p...elo livro A bicicleta que tinha bigodes, editada pela Caminho em 2011. A sessão de entrega do prémio terá lugar na sede da fundação Bissaya Barreto, em Bencanta (Coimbra). De recordar que a decisão do júri - formado por Isabel Alçada, Rui Veloso e Lúcia Santos - foi unânime, e que a obra de Ondjaki competia com mais de 260 obras, de 48 editoras.

O Prémio Bissaya Barreto é bienal, sendo promovido pela Fundação com o mesmo nome desde 2008, cumprindo o duplo objetivo de contribuir para a valorização e promoção da literatura de qualidade destinada à infância e para a valorização da dimensão estética do livro.

Em edições anteriores foram distinguidas com este prémio as obras O livro da Avó, de Luís Silva, e O cavalinho de pau do Menino Jesus, de Manuel António Pina, ilustrado por Inês do Carmo.»

fonte: Leya

Joana Vaswconcelos em Versailles: Leya publica catálogo


«A Leya vai publicar, em coedição com editora francesa Flammarion, o catálogo da exposição “Versailles”, da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos. Com textos de Catherine Pégard, Jean-François Chougnet, Valter Hugo Mãe e uma entrevista conduzida por Rebecca Lamerche-Vadel, o catálogo reproduz um conjunto de peças em grande escala especialmente concebidas para esta exposição e que se integram no magnífico cenário do Palácio de Versalhes e dos seus jardins.» (fonte: Leya)
 
 
Adoraria ver a exposição, o casamento das peças da Joana Vasconcelos com os salões de Versailles parece-me ser um caso raro de união perfeita: juntos são mais interessantes e, simultaneamnete, cada um ganha na sua individuaidade...

Anseio pelo catálogo.



16/06/12

Na próxima 6ª, última sessão de competição Shortcutz










Curtas em competição: 

Perdoa-me | Realização André Dias e Joana Silva 
(Vencedora dos Prémios Curtas de Valadares 2012, 1º e 3º Prémio, Melhor Edição e Melhor Actor Agostinho Magalhães)
(Exibição Shortcutz Porto Abril 2012)

Fecha-se uma Porta, Abre-se uma Janela | Realização Rui Moreira
(Vencedora Melhor Argumento Curtas Valadares 2012)

Curta convidada :

Consequências | Realização Luís Ismael (realizador da trilogia Balas&Bolinhos ) 
com uma longa lista de prémios e selecções em festivais nacionais e internacionais
esta é uma das curtas da Lightbox com mais visibilidade , em conjunto com a trilogia do Balas&Bolinhos. 

12/06/12

Café Oceano, 5ª f 14/6, ás 18h30


Adelino Canário, Professor e Investigador na Universidade do Algarve é o convidado do próximo Café Oceano.

“Propolar 2012: um banho de fresquidão na Antárctida!” é o tema desta sessão onde o convidado vai falar da sua experiência de trabalho na Antárctida e do porquê de um trabalho em biologia marinha no continente mais frio da Terra!

Este é o último Café Oceano antes das férias do Verão.

Esta semana sugerimos que Leya... com 40% de desconto









"Breve História do Futuro", de Jacques Attali, "O Segredo dos Médicis", de Michael White, e "Roma, Ascensão e Queda de Um Império", de Simon Baker.

Novidade no Pátio: Pedras de Leitor

Novidades nas estantes do Pátio




















RASHOMON E OUTRAS HISTÓRIAS

Ryunosuke Akutagawa

Um dos escritores japoneses mais importantes finalmente traduzido em Portugal. As suas histórias influenciaram gerações de escritores, como Murakami, e inspiraram filmes de culto, como Kurosowa em “Rashomon: às portas do Inferno”. O livro inclui 18 histórias que servem de guia ao leitor numa viagem fascinante pela história do Japão e da sua cultura. 
Cavalo de Ferro, 16.50€

AS MULHERES DA FONTE NOVA

Alice Brito


Alice Brito consegue a proeza de nos dar, num fundo histórico sólido e rigoroso, uma narrativa forte, de mulheres de armas, realista e sem concessões, onde um humor desconcertante e um estilo actual despem o drama destas vidas de qualquer sentimentalismo, deixando-nos só a paixão de uma grande história, que se lê de um fôlego.
Planeta, 17.95€

UMA MULHER INVULGAR
Janny Scott

Janny Scott, jornalista premiada do NY Times, conta a história de Stanley Ann Dunham, mãe do do Presidente Obama, uma mulher não convencional vinda de uma era convencional, que venceu limites culturais e desafiou as regras da raça, da maternidade e do seu género. A sua morte, aos 52 anos, ocorreu quando Obama se estava a lançar na sua 1ª campanha para um cargo público.
Casa das Letras, 18.50€

A AMANTE DO REIZINHO
E Outras Histórias de D. Manuel II
Vasco Duprat

A paixão ardente de D. Manuel II, a quem sua mãe, a Rainha D. Amélia, tratava carinhosamente por Reizinho, pela sedutora Gaby Deslys, uma das estrelas mais cintilantes do music-hall francês, é o ponto de partida de um livro que evoca o penoso reinado do monarca e, depois, o seu atribulado exílio em Inglaterra, reunindo um conjunto de histórias que compõem um retrato polémico.
Oficina do Livro, 14.90€

ÁFRICA ETERNA
Vários

50 histórias de vida de famílias que habitaram os mais distantes lugares do Ultramar português - de Luanda a São Tomé, de Bissau a Sá da Bandeira, de Lourenço Marques a Benguela. Testemunhos de um tempo que não se esquece, e o amor por África.
Oficina do Livro, 14.50€

NOITE
Elie Wiesel

Elie Wiesel era adolescente quando, juntamente com a família, foi transportado para Auschwitz, e depois para Buchenwald. Este é o aterrador e íntimo relato do autor sobre os horrores que passou, e da morte dos pais e da irmã de apenas oito anos. "Noite" é um dos mais pessoais e comovedores relatos sobre o Holocausto, e oferece uma perspectiva rara do lado mais negro da natureza humana.
Texto, 13.90€

CHARLES DICKENS EM PORTUGAL
Vários

Livro que integra as comemorações do bicentenário do nascimento de Dikens.
Inclui uma abertura, de João de Almeida Flor, dois estudos sobre Dickens em Portugal, um levantamento bibliográfico das 183 versões que se publicaram em Portugal de cada uma das suas obras, bem como uma cuidada selecção de ilustrações. 
BNP, 5€

SÓNIA “LITTLE B” CABRITA
CD Jazz

Primeiro registo de Sónia Cabrita, baterista farense, que nestes 6 temas se mostra como compositora. Conta com Wenzel Mcgowen, sax tenor, Giotto Roussies, Fender Rhodes, Zé Eduardo, contrabaixo, e ainda com os convidados Marco Martins, baixo, Pedro Gil, guitarra e Arturo Serra, vibrafone. “Sónia Cabrita, melhor Sónia ‘Little B’ Cabrita, certamente pelo apreço que tem por este tema jazz, é um dos bateristas jazz portugueses. José Duarte
10€

O ENSINO DA GEOGRAFIA
Orlando Ribeiro

As suas obras (mais de 400 títulos), muitas escritas ou traduzidas em francês, castelhano, inglês, italiano e alemão, abrangem vários ramos da Geografia  e ainda temas de Geologia, História, Etnologia, Filosofia e organização da vida universitária e científica. Os oito textos agora escolhidos e tornados de novo acessíveis aos leitores mantêm todo o interesse e a actualidade.
Porto Editora, 8.50€

DICIONÁRIO DE LUÍS DE CAMÕES
Vítor Aguiar e Silva

Obra concebida sob a coordenação do Prof. Vítor Aguiar e Silva, constitui um vasto e rico Thesaurus da camonística contemporânea. Os seus cerca de duzentos artigos, da autoria dos mais reputados camonistas nacionais e estrangeiros, proporcionam ao leitor uma informação abundante, rigorosa e atualizada sobre a biografia, a obra lírica, épica, dramatúrgica e epistolar de Camões.
Caminho, 59.90€

O AFÁVEL MONSTRO DE BRUXELAS OU A EUROPA SOB TUTELA
Hans Magnus Enzensberger

“A obra pressupõe investigação, tem uma parte histórica, sobre a génese da UE, observações objectivas, análises, dados, factos concretos, e é a partir de tudo isto que o ensaísta, com inteligência e ironia, a que amiúde se junta o humor, constrói a narrativa — na qual, é verdade, também está bem presente o dedo do escritor.“ José Carlos Vasconcelos
Relógio D’Água, 12€

O BANCO
Como o Goldman Sachs Dirige o Mundo
Marc Roche

A crise económica que começou em 2008 atirou o Goldman Sachs para as primeiras páginas dos jornais. O banco está em todo o lado: a falência do banco Lehman Brothers, a crise grega, a queda do euro, a resistência da finança a toda a regulação, o financiamento dos défices e até a maré negra do golfo do México.
Esfera dos Livros, 18€