ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

25/04/10

25 de Abril 36 anos depois

O que foi, o que uns e outros pretendiam que fosse:
veja os livros que selecionámos nas mesas temáticas para adultos, jovens e crianças

O que temos hoje, decorridos que são 36 anos, na perspectiva de muitos que se reverão na Revolta das Palavras de José António Barreiros:

24.4.10 - Amanhã é o dia 25 de Abril

Comemora-se amanhã mais um 25 de Abril. Cada um comemora o seu. Muitos dos que estavam pesarosos e apreensivos nesse dia em 1974 comemorarão agora os seus actuais dias de contentamento e bem-estar porque, vistas as coisas, nada lhes aconteceu durante ou tudo se recuperou depois. Estão bem na vida ao lado dos novos ricos que a Revolução fabricou e que o sector público sustenta.

Ao Alentejo dos latifundiários sucede o Alentejo dos mesmos latifundiários, mais os montes e suas piscinas dos citadinos burguesas exibicionistas.

A questão são os que se alegraram naquela pálida madrugada, os que acreditaram e afinal se iludiram. Os que foram enganados. Os que erraram no caminho.

Morre-se hoje de tristeza em Portugal.

Tristeza pela paródia em que a democracia se tornou, prisioneira dos partidos que se entrincheiraram no Governo, estes ao seviço de interesses questionáveis. Tristeza pela bancarrota que se aproxima. Tristeza pelo baixo nível da classe dirigente. Tristeza pelo banditismo, pela insegurança, pela rapina. Tristeza porque o Estado está à mercê de negociatas. Tristeza porque estão no poder pessoas a quem nenhuma empresa inteligente daria emprego. Tristeza pelo aviltamento da autoridade nas ruas, nas famílias, nas escolas.

Tristeza porque nunca o povo consumiu tanta alarvice nunca a cultura tão sustentada. Tristeza quando se liga a televisão, tristeza quando se ouvem conversas de rua.

Tristeza porque já ninguém quer saber de coisa alguma, todos acham que todos aldrabam, todos querem o quinhão que conseguem os aldrabões.

Tristeza pelas fábricas falidas, pelo comércio arruinado, pelas famílias endividadas até às orelhas, a viverem do crédito e do calote.

Comemora-se amanhã o dia 25 de Abril. Cada um comemora o seu.

Das catacumbas da portugalidade haverá seguramente os que pensam na agonia que tudo isto lhes causa e se perguntam como se fabricam bombas. Ante a miséria da Pátria o País tem direito à revolta, à Nação exige-se-lhe a Revolução. Está em causa a sobrevivência de Portugal.

Somos o mais velho país da Europa povoado por gente que perdeu o respeito ao que isso significa, liderado por gente que nem sabe quanto isso vale.

Amanhã, dia 25 de Abril, quantos já não comemoram publicamente o que foi, prepararam clandestinamente o que há que ser.

22/04/10

No Dia Mundial do Livro oferecemos... LIVROS




No Mercado Municipal - esta semana na 6ª f 23, por ser Dia Mundial do Livro (e não no sábado)
 das 09h às 13h

Na livraria das 10h às 24h

21/04/10

Tertúlia Farense: distinções 2009 - 22 Abril, 22h, sessão pública

Quinta-feira, 22 de Abril, no restaurante Ria Formosa, no Hotel Faro, pelas 22:00 horas - sessão pública de apresentação das entidades distinguidas pela Tertúlia Farense em 2009:
arquitecto paisagista Fernando Pessoa, Sociedade Recreativa Artística Farense e Pátio de Letras.

A sessão é precedida de jantar, pelas 20h30 (inscrição via sms para 917331385).

A Tertúlia Farense, em actividade desde 2007, distinguiu no primeiro ano a A Companhia de Teatro do Algarve, a Associação Almargem, o blogue A Defesa de Faro, o Centro de Artes Performativas do Algarve, o Teatro Municipal de Faro e o professor José Louro. Em 2008 foram contemplados o Cineclube de Faro e o Museu Municipal de Faro.

19/04/10

23 à noite e 24 de manhã - CONTOS DE LIBERDADE, para miúdos e graúdos

mais informação: aqui


6ªf 30, 21h30 - FARO CIDADE POSSÍVEL, de Viegas Gomes

No próximo dia 30 (Sexta-feira), pelas 21.30 horas, na Livraria Pátio de Letras, Viegas Gomes vai apresentar o seu novo livro, FARO CIDADE POSSÍVEL.

Colaborará nessa mesma apresentação Salvador Santos, responsável pelo "S" - suplemento Artes e Letras, do Semanário O Postal do Algarve.

Faro Cidade Possível é uma colectânea de trinta e seis temas estratégicos sobre a cidade, o seu futuro, as suas potencialidades. Desde a reabilitação da cidade à Frente Ribeirinha, Baixa Comercial, Atrium, animação de rua, cafés, livrarias, mercado, Vila-a-Dentro, Museu de Arte Contemporânea, cidade das artes, turismo de saúde, ilhas, restauração, muitos são os temas tratados em forma de ensaio, numa literatura funcional, com objectivos estratégicos. Temas que são o produto do debate sobre os mesmos ao longo dos anos, de analogias com o que se passa lá fora. “É necessário encontrar um caminho para a evolução positiva da cidade. Este meu livro é o produto de uma cidadania activa. O coração da cidade não pode ser um shopping center. Há que reanimar o espaço público. Encontrar uma verdadeira solução não decorativa”.

12/04/10

Economia(s) amanhã no Pátio


“Este livro serve para estudar Economia. É destinado aos que estudam nos primeiro anos do ensino superior, mas também aos que simplesmente querem saber como funcionam as economias modernas. É portanto escrito para ser lido por qualquer pessoa interessada.”

08/04/10

CONTOS de LIBERDADE 2010

No próximo dia 16 de Abril vai-se dar ínicio à VIII edição do Festival de Narração Oral “Contos de Liberdade”.
 À presença de Serafim (Beja), na Sociedade Recreativa e Artística Farense (Bar “Os Artistas) junta-se, ao longo do festival Luis Carmelo (membro da cooperativa Trimagisto, Évora), Inês Mestrinho (Faro), Celso Sanmartin (Galiza) além dos nossos parceiros, os Piratas de Alejandria (Sevillha) e de outros contadores que participarão numa roda de contos no Dia Mundial do Livro (23 de Abril). Ao longo de 9 dias (o festival termina na madrugada do dia 25 de Abril) estes narradores irão contar histórias em bares, livrarias e bibliotecas em Faro, São Brás e Olhão com contos dirigidos a varios públicos insistindo sempre no seu papel como forte instrumento de Educação em Valores (de cidadania, de respeito pela diferença e interculturalidade, de preservação do meio ambiente, do fomentar do espírito crítico em relação ao mundo que nos rodeia, entre outros).

Esta é a filosofia do "Contos de Liberdade": mais do que uma comemoração de um acontecimento passado, queremos comemorar a Liberdade, hoje, num Portugal que se quer de face ao sol, onde olhamos no Mar o nosso futuro, em portos verdadeiramente livres, sem ajustes directos mal amanhados, nem malas escondidas cheias de dinheiro, onde o verbo escutar é sinónimo de ouvir com atenção, a atenção com que ouvimos os contos contados por narradores do norte e do sul, deste lado do rio e do outro, com histórias que conhecemos e outras que nunca ouvimos… E que melhor metáfora para o que queremos fazer do que (re)inventando uma forma de comunicação milenar e adaptando-a aos tempos contemporâneos, tentando nunca despi-la da sua identidade?

Pretende-se ajudar a reavivar a tradição de contar e escutar fomentando espaços de formação, quer para contadores, quer para ouvintes, planeando actividades de uma forma continuada e estruturada.

Organização: ARCA e Piratas de Alejandria

PROGRAMA INTEGRAL e informação sobre os CONTADORES: ver aqui

NO PÁTIO:
Sexta-Feira 23 de Abril, 22h - Roda de Contos, com a participação de vários contadores de Portugal e Espanha

Sábado 24 de Abril, 11h - Sessão de contos e animação à leitura para crianças, pelos Piratas de Alejandria

07/04/10

Este fim de semana no Pátio


sábado,17h: Julio Conrado e José Carlos Vilhena Mesquita
clicar aqui para mais informação

Flajazzados... a 1ª vez no Pátio

Acabou de chegar...  recordação da memorável noite de 14 de Novembro 2009:
leitura de textos e poemas por Vítor Reia-Baptista, concerto com Alexandre Andrade (trompete), Francisco Andrade (sax tenor), Omar Hamido (sax alto), Pedro Gil (guitarra), Marco Martins (baixo), Sónia Cabrita (bateria) e Zé Eduardo (piano, direcção)


 

02/04/10

Da Medicina tradicional à Medicina mais "alternativa"


Actualizámos o post que colocámos ontem,  Dia Mundial da Sáude, com outros livros que seguramente também lhe vão interessar

veja aqui.

Nas Margens - Ensaios Sobre Teatro, Cinema e Comunicação, org. Gabriela Borges

Os novos percursos pelos quais as artes transitam - seja o teatro, o cinema, o vídeo ou os ambientes digitais - apontam para um diálogo entre meios, formas de expressão e temas que subverte a noção de campos estéticos e conceituais distanciados e promove uma imbricação entre estas diversas manifestações.

Os textos que compõem esta antologia situam-se numa linha ténue que permeia diferentes meios de expressão, ressaltando as suas margens, que não estão apenas nas bordas, mas também no interior das próprias manifestações artísticas e comunicacionais. Abordam processos da criação artística e tecnológica, tanto autorais quanto interactivos, em suas relações com o ensino, a prática, a teoria e a crítica, explicitando os seus limites intersticiais.
Para empreender este rico debate de ideias, o livro foi organizado a partir dos projectos teóricos e práticos dos investigadores do Centro de Investigação em Artes e Comunicação e de investigadores portugueses e estrangeiros de universidades de reconhecido mérito internacional, tais como a Universidade de São Paulo, a Simon Fraser University, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e a Universidade Federal de São Carlos.
OS AUTORES
Ana Isabel Soares, António Branco, Bruno Silva, David Antunes, Erick Felinto, Gabriela Borges, Hudson Moura, José Paulo Pereira, José Simões de Almeida Junior, Josette Monzani , Mirian Tavares, Nelson Zagalo e Rosana Soares.

GABRIELA BORGES, a coordenadora da obra
É mestre e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Brasil. Foi investigadora visitante na Universidade Autônoma de Barcelona, no Trinity College Dublin, tendo leccionado também nas universidades FAAP e Mackenzie, no Brasil. Actualmente é investigadora auxiliar convidada do CIAC na Universidade do Algarve, onde também lecciona no Mestrado em Comunicação, Cultura e Artes. Tem artigos publicados em livros e revistas
científicas portuguesas e estrangeiras e obra publicada em Portugal e no Brasil.

Obras de Gabriela Borges no Pátio de Letras:
Nas margens - Ensaios Sobre Teatro, Cinema e Comunicação ; 2010, Ed. Gradiva; PVP 14 €
A poética televisual de Samuel Beckett; 2009, Ed. Annablume; PVP 15 €
Discursos e Práticas de Qualidade na Televisão - co-autor Vítor Reia-Baptista; 2008, Ed. Livros Horizonte; PVP 18,90 €

Diários de viagem - Desenhos do quotidiano, de Eduardo Salavisa

Desde sempre, viajantes munidos de cadernos desenharam e escreveram sobre o que observavam e sobre aquilo que reflectiam. Para o percurso de alguns artistas os desenhos dessas viagens foram mesmo decisivos para o seu percurso artístico (Delacroix e Le Corbusier são dois bons exemplos).

Mas também podemos desenhar no nosso dia-a-dia como se viajássemos – é uma boa maneira de nos iniciarmos ou de continuarmos na actividade do desenho. Autores contemporâneos, de várias profissões e actividades, desenham habitualmente em cadernos transportáveis, a que chamamos Diários de Viagem ou Diários Gráficos. Neste livro, 35 desses autores falam-nos dessa experiência e entreabrem-nos os seus cadernos.

Ouvindo professores e alunos de vários níveis de escolaridade, compreendemos, por fim, como o Diário Gráfico, constitui uma ferramenta pedagógica fundamental, que estimula a capacidade de observar e de desenhar.

O AUTOR:
Eduardo Salavisa nasceu em Lisboa onde vive e trabalha. Andou pela Escola de Belas Artes de Lisboa onde se licenciou em Design de Equipamento por volta de 1980. Trabalhou em Design Industrial, concebendo algumas peças que depois eram produzidas, em reduzido número, e comercializadas. As que lhe deram mais gozo foram uns brinquedos de madeira.
Devido a vários condicionalismos, o Design deixou-lhe algumas desilusões, dedicando-se mais à pintura. Fez algumas exposições, de pintura e de desenho, sendo sobretudo o desenho que o interessa pelo seu carácter experimental e por ser mais um processo que um resultado. Por esta razão começou a interessar-se pelos Diários de Viagem, ou Gráficos, pelo registo sistemático do quotidiano, pelo seu carácter lúdico e simultaneamente didáctico.
É professor no ensino secundário na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa. Além de fazer o seu próprio Diário, não só em viagem mas quotidianamente, estuda os de outros autores, utilizando-os nas suas aulas e nas de outros professores.

Diários de Viagem - Ed. Quimera; PVP 29,90 €

01/04/10

SOLO - sábado dia 3, 22h

Acordo, é cedo. Fecho os olhos, estico os braços, ganho balanço e mergulho no escuro viscoso da minha inexistência. Tenho frio, visto-me de frases e lugares comuns de pessoas estranhas. Na televisão alguém chora e isso deixa-me feliz. Afinal não estou só.

No passar do dia, dos dias, espero por ti, e tu indiferente ao meu desesperar. Apoio os braços na janela, o queixo nos braços, os olhos na estrada, vazia. A minha respiração no vidro ofusca o meu ver, cria gotículas minúsculas que se multiplicam, que se juntam, tornam-se maiores e escorrem lacrimejantes no único sentido que lhes é possível.

Rui António


Rui António é professor do ensino secundário desde 1996 nas áreas de Informática, Fotografia e Multimédia.

Lecciona as disciplinas de Fotografia, Programação Multimédia, Tratamento de Vídeo e Concepção e desenvolvimento de projectos multimédia, na Escola Secundária João de Deus, em Faro.

Fez workshops nas áreas de vídeo e fotografia com Konstantin Bronzit, Tony Costa, Graça Castanheira, José Pessoa, José Soudo entre outros.

Realizou várias curtas-metragens, a destacar, “A Refeição”, “Cronoscópio”, “WC”, “Terapia”, “O Pintor”, “Minuete”, “Horácio Silva Pacita” e um vídeo-teatro intitulado “Zapping”.

Publicou fotografias nas revistas “Em Cena” e “Sul”.

Apresentou trabalhos de fotografia em várias exposições individuais e colectivas.

A fotografia revelada quimicamente a preto e branco continua a ser a sua grande paixão. Actualmente aposta na revelação em grande formato.

Para o Dia Mundial da Saúde

No Pátio encontra da medicina mais "tradicional", à mais "alternativa"







Curas caseiras e conselhos medicinais do Algarve, Paula Francisco, Eurpa-América
Remédios caseiros, Garrett P Serviss, Selecções do Reader's Digest
O Extraordinário Poder Curativo das Coisas Simples, de Larry Dossey, Estrela Polar
Homeopatia para Bebés e Crianças, de Jean-Paul Nowak, Joliot Nguyen Tan Hon, Arte Plural Edições
O GRANDE LIVRO DAS TERAPIAS NATURAIS DE A A Z, de Judy Jacka, Ed. Presença
Mitos da Medicina Que nos Podem Matar, de Nancy L. Snyderman, Ed. Presença
Saúde, No Caminho para a Felicidade, de Miguel Stanley, Livros D' Hoje
Como os Médicos Chegam ao Diagnóstico, Dr.ª Lisa Sanders, Caderno
Onde falham os médicos, David H. Newman , Casa das Letras
História da Medicina e do Pensamento Médico, de Maurice Tubiana, Teorema

10 de Abril, 17h, no Pátio com Julio Conrado e Vilhena Mesquita por Olhão e Ilha da Armona...

(clicar na imagem para aumentar)

Lisboa, Cascais e a ilha da Armona, em Olhão, delimitam o espaço geográfico em que decorre esta narrativa labiríntica protagonizada por uma pitoresca galeria de poetas, livreiros, críticos literários, barbeiros e viúvas, no tempo da nossa contemporaneidade. Num estilo sugestivo, deliciosamente irónico, o autor faz-nos participar, com gosto, nos quotidianos entrecruzados de F. F., o poeta taciturno eterno candidato ao Nobel da literatura; Diamantino Neto, o típico barbeiro de bairro que sonha com os louros da glória ou Rogélio Bordalo, um arrivista caçador de viúvas ricas, entre outras figuras. Gente conformada? Sim, mas não completamente. Dias pouco épicos, talvez felizes, os destas personagens, mas o amor, a avidez e a vingança entram também em cena, e o crime imperfeito acaba por deixar um rasto de tragédia no quintal sossegado.

Júlio Conrado nasceu em Olhão em 1936, é romancista e crítico. A par de uma carreira bancária construiu uma obra literária que se consubstancia, neste momento, em vinte e cinco livros que tocam quase todos os géneros – ficção, poesia, ensaio, crónica e teatro. Coordenou revistas e jornais de cultura e fez parte dos júris dos mais importantes prémios literários portugueses. Foi, durante vários anos, director executivo da Fundação D. Luís I, em Cascais. Alguns dos seus textos foram objecto de tradução para diversas línguas, entre as quais inglês, francês, alemão, húngaro e grego.

Fonte: Ed. Presença