ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

30/03/10

Chamar as coisas pelos nomes (2)

Mais alguns dos dicionários e livros de referência que pode encontrar no Pátio



O Livro dos Provérbios Portugueses, de José Ricardo Marques da Costa, Editorial Presença
Dicionário Enciclopédico da Psicologia, VVAA, Eedições Texto & Grafia
Dicionário Jurídico Português/Inglês/Português, de Maria Chaves de Melo, Dinalivro
Dicionário de Termos e Citações de Interesse Político e Estratégico, de Henrique M. Lages Ribeiro, Gradiva
Dicionário no Feminino (séculos XIX-XX), VVAA, Livros Horizonte
Dicionário Incompleto de Mulheres Rebeldes, de Ana Barradas, Antígona

29/03/10

Tertúlia Farense

A Tertúlia Farense organizou, na passada quinta-feira, 25, mais uma sessão, subordinada ao tema «Cinco anos depois: como estamos de Capital? E de Cultura?», sobre a herança do projecto Faro, Capital Nacional da Cultura 2005.

A apresentação do debate, marcado para o Restaurante Pontinha, às 22:00 horas, será feita pelo comissário desse projecto, o docente e historiador António Rosa Mendes.

A Tertúlia Farense anuncia ainda que, em Abril, distinguirá entidades e personalidades que se destacaram em Faro no ano de 2009, as quais foram objecto de votação na sessão anterior. Entre as 15 propostas apresentadas, foram votadas de forma “muito expressiva e serão objecto de homenagem” o Pátio de Letras, a Sociedade Recreativa Artística Farense – Os Artistas e o arquitecto paisagista Fernando Pessoa.

fonte: Região Sul

O Pátio sente-se honrado pela nomeação e mais ainda pela votação, sendo a Tertúlia Farense um reconhecido forum de refelexão cultural e cívica, como é, e também "companhia" dos demais distinguidos. Como agradecimentoprometemos... continuar a trabalhar e a tentar melhorar!

26/03/10

Chamar as coisas pelos nomes

Alguns dos dicionários que pode encontrar no Pátio

Dicionário de Nomes Próprios, de Orlando Neves, Casa das Letras
Mil e Tal Nomes Próprios, de Ana Belo, Arteplural Edições
Dicionário do Nome das Coisas, de Orlando Neves, Editorial Notícias
Dicionário da Origem das Palavras, de Orlando Neves, Editorial Notícias
Dicionário de Expressões Correntes, de Orlando Neves, Editorial Notícias
Dicionário da Mitologia Grega e Romana, de Pierre Grimal, Difel
Dicionário do Judaísmo Português, VVAA, Editorial Presença
Dicionário Teórico e Crítico do Cinema, de Jacques Aumont e Michel Marie, Ed. Texto&Grafia
Dicionário de Termos Europeus, VVAA, Alêtheia

22/03/10

Recém Chegados ao Pátio

Algumas das mais recentes novidades no Pátio

O Homem que Sonhava Ser Hitler, de Tiago Rebelo, ASA
Cordeiro - O Evangelho Segundo Biff, de Christopher Moore, Gailivro
O Anibaleitor, de Rui Zink, Teorema


O Livro dos Prazeres Inúteis, de Tom Hodgkinson e Dan Kieran, Quetzal
A Arte de Produzir Efeito sem Causa, de Lourenço Mutarelli, Quetzal
O Terceiro Reich, de Roberto Bolaño, Quetzal
O Homem Que Era Quinta-Feira,de G. K. Chesterton, Relógio D' Água

Diários de Viagem, de Eduardo Salavisa, Quimera
Os diários de viagem de 35 artistas contemporâneos


Lince-Ibérico, de Paulo Caetano, Jorge Mateus, Joaquim Pedro Ferreira, Bizâncio

TOOTS: Think Out of the Square!
A mais original e exclusiva colecção de álbuns em todo o mundo,
que vai querer coleccionar e guardar para toda a vida!

18/03/10

Luis Sepúlveda em destaque no Pátio de Letras

Com a recém publicada edição ilustrada deste  clássico de Luis Sepulveda , que "com a graça de uma fábula e a força de uma parábola", nos oferece "uma mensagem de esperança de altíssimo valor literário e poético"...

disponiblizamos diversos títulos do mesmo autor com 10% de desconto.

Imagens do Pátio de Letras (Outubro 2009)


2 de Outubro 2009:
A Obra de José Carlos Fernandes - inauguração de desenhos e pranchas; viagem guiada pelo trabalho do ilustrador e autor de BD, pelo próprio

25 de Outubro 2009:
Notas d' Escritas - à conversa com o Maestro António Vitorino de Almeida


livros/temas em destaque na Livraria em Outubro 09


da "nossa" Maria Gabriela Silva


3 livros que vai querer ler...


Pvp: 12,50 €

Imagens do Pátio de Letras (Março 2010)

Imagens do Pátio de Letras

19 de Setembro 2009 - Cidade e Cidadania, com Manuel Villaverde Cabral e Luísa Schmidt

24 Janeiro 2010 - O Direito, a Palavra e a Vida, com Francisco Teixeira da Mota e João da Silva Miguel

05/03/10

Premiados no Pátio

Prémio LEYA e Prémio Casino da Póvoa no Pátio de Letras

O Olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho

"O júri, presidido por Manuel Alegre, deliberou terça-feira conceder a segunda edição do Prémio Leya ao romance O Olho do Hertzog, da autoria do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho. O prémio tem o valor monetário de 100 mil euros.
Conforme se lê na acta do júri, “o romance vencedor restitui-nos o contexto histórico dos combates das tropas alemãs contra as tropas portuguesas e inglesas na I Guerra Mundial, na fronteira entre o ex-Tanganica e Moçambique, o confronto entre africânderes e ingleses, a emigração moçambicana para a África do Sul, a reacção dos mineiros brancos, as primeiras greves dos trabalhadores negros e a emergência do nacionalismo moçambicano, nomeadamente através da imprensa e dos editoriais do Jornalista João Albasini”.
O júri considerou a obra “um romance de grande intensidade, em que se conjugam a complexidade das personagens, a densidade da trama narrativa e a busca de O Olho de Hertzog, que é, de certo modo, uma metáfora da demanda do destino individual e colectivo e do nunca desvendado mistério do ser”."

informação retirada d'AQUI. Ler mais AQUI.

Myra, de Maria Velho da Costa
"O Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, distingue este ano a escritora Maria Velho da Costa pelo romance Myra (Assírio & Alvim). A decisão do júri, composto por Patrícia Reis, Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J.B. Martinho e Vergílio Alberto Vieira, foi anunciada durante a Sessão Oficial de Abertura das Correntes d’Escritas, no Casino da Póvoa de Varzim, esta manhã.
Maria Velho da Costa vence o Prémio Literário Casino da Póvoa depois de Lídia Jorge, com O Vento Assobiando nas Gruas (2004), António Franco Alexandre, com Duende (2005); Carlos Ruíz Záfon, com A Sombra do Vento (2006); Ana Luísa Amaral, com A Génese do Amor (2007); Ruy Duarte de Carvalho, com desmedida (2008); e Gastão Cruz, com A Moeda do Tempo (2009)."
Ler mais AQUI.

01/03/10

Sexta f. 5, 22h00, no Patio@Bar


THE JAZZ TRIX 

JAMES MELLOR (teclas)
JOSÉ SOARES (percussão)
RENATO MADEIRA (contra-baixo)

Luís Sepúlveda e a sabedoria do velho que lia romances de amor

«Antonio José Bolívar Proaño dormía poco. A lo más, cinco horas por la noche y dos a la hora de la siesta. Con eso le bastaba. El resto del tiempo lo dedicaba a las novelas, a divagar acerca de los misterios del amor y a imaginarse los lugares donde acontecían las historias.»
Luis Sepúlveda, Un viejo que leía novelas de amor (1989)
Mais de cinco milhões de exemplares vendidos. Nem menos. Assim reza na capa da edição de bolso que me serviu de prancha de lançamento para a descoberta do mais celebrado título de Luis Sepúlveda, O velho que lia romances de amor (1989). Como a grandeza de um livro não se mede nem pelo número de páginas que o autor compôs, nem pelo número de exemplares que o editor vendeu, resolvi tirar as teimas e lançar-me à leitura da obra, do anunciado e publicitado bestseller chileno. Como não gosto de alimentar preconceitos, estou confiante que este tipo de texto também pode ter qualidade. Depois, gostaria de continuar a confiar no Plano Nacional de Leitura, especialmente recomendado com a marca «LeR+».

A história é simples e deixa-se resumir em poucas palavras. Fala-nos de um homem que encontrou um universo de referências mágicas encerradas nas páginas dos livros, todas elas à espera de serem percorridas lentamente pelo olhar atento de alguém que lhes dê a liberdade merecida. Antonio José Bolívar Proeño, o velho que lia romances de amor, elegeu aqueles que «contam a história de duas pessoas que se conhecem, se amam e lutam por vencer as dificuldades que as impedem de ser felizes». Nada mais. Fê-lo conscientemente, depois de ter afastado outras temáticas menos tentadoras, menos reveladoras de verdades absolutas a que o seu estado de espírito sequioso de paz interior aspirava e a beleza feito de palavras escritas lhe transmitiam. No final de cada uma dessas viagens solitárias pelo mundo insondável da fantasia, o resultado é sempre o mesmo. Embriagante, inexcedível, insuperável. O mais extraordinário, é que se apercebeu que o acto de ler se podia repetir uma porção indescritível de vezes. A biblioteca que albergava essa fonte de prazer era inesgotável, fascinante, única. Sempre pronta para receber de braços abertos um amigo e lhe revelar os seus mistérios mais secretos.

O mesmo se não pode dizer, com a mesma propriedade, dos recursos naturais oferecidos, desde o início dos tempos, por esse paraíso terrestre em que a acção central do romance real que temos entre mãos se desenrola. A região amazónica, dadora incansável de vida, que a ciência das tribos nativas aprendeu a respeitar e a preservar como dádiva divina e a insensatez dos colonos forasteiros teima em avaliar e tratar como praga diabólica. Ao mundo selvagem dos indígenas aborígenes opõe-se o mundo civilizado dos alienígenas invasores. Pura ironia do autor. A forma pessoal que encontrou para denunciar os atropelos ecológicos que os seres humanos têm causado a esse imenso pulmão/coração da terra que ele tão bem conhece e como poucos tem defendido. A caça desenfreada ao grande gato malhado, à onça feroz que havia dado a morte a quatro exploradores do imenso sertão americano, acaba por ser perpetrada pelo protagonista da fábula. Não com o intuito fugaz de cometer um acto de vingança para com os companheiros desaparecidos, mas com a intenção firme de prestar um acto de justiça piedosa para com a fera ferida e espoliada do seu habitat natural pela cobiça desenfreada dos homens. É que antes de ter começado a ler histórias de amores fingidos, tinha aprendido com os xuar os segredos mais profundos da floresta e dos seres viventes que nela habitam. Tinha logrado ser como eles, mas nunca tinha conseguido ser um deles. Um mero pormenor de percurso com efeitos colossais. Por isso matara com uma arma de fogo e não com um dardo envenenado. Por isso lançara o corpo morto do felino às águas revoltas do rio e o viu afundar-se sem glória. Por isso se pôs a «andar na direcção de El Idílio, da sua choça e dos seus romances, que falavam de amor com palavras tão bonitas que às vezes lhe faziam esquecer a barbárie humana».

Lido o livro, aumentada uma unidade à cifra astronómica de volumes vendidos (quiçá lidos), declaro-me rendido às lições do texto. Espero que este meu encanto incondicional pela novelita seja contagioso e arraste muitos outros amantes das palavras bonitas a juntarem-se ao rol de todos aqueles que também gostam de ler romances de amor e demais géneros literários que a engenho e arte foi criando ao longo dos tempos, para proveito e deleite de todos nós.