ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

29/11/12

Palavras de A. Lobo Antunes, há 1 ano, no Pátio de Letras


"Numa altura tão difícil e injusta, que os portugueses têm aguentado com uma paciência que eu considero inexcedível, em que vivemos num neofascismo capitalista, que afasta ainda mais as pessoas da cultura e dos livros, estar aqui hoje é, também, um ato de protesto"
12 de Novembro 2012

Amanhã, "Dia das Livrarias", vamos todos protestar em conjunto com António Lobo Antunes!

António Lobo Antunes à conversa com o público na Arquivo, Leiria

"Tentativa de reprodução" do jornalista João Nazário, da conversa entre o público e ANTÓNIO LOBO ANTUNES, no passado dia 23/11, na Livraria Arquivo (Leiria). O texto é longo, acede clicando no link, Aqui deixamos apenas a introdução do jornalista.

«Depois de algumas, poucas, palavras sobre o livro, que disse já estar um bocado longe por já ter sido acabado há cerca de dois anos, mas que foi especial de escrever, desafiou o público para uma conversa, não sem antes ter criticado os jornalistas/entrevistadores: “Aquilo que interessa ao entrevistador, normalmente, não me interessa a mim.Sobretudo quando é imprensa escrita, eles cortam e só põem o que acham que interessa aos leitores ou aquilo que de alguma maneira confirma a ideia que têm na cabeça deles acerca de mim. Os pensamentos saem sempre trocadas, os pensamentos saem sempre truncados, o que se diz é sempre alterado. Além disso, toda a reprodução daquilo que nós dizemos, sobretudo quando é parcial é injusto”. Desta vez, o papel de entrevistador coube ao público, se bem que a a parte mais ingrata ficou para o JORNAL DE LEIRIA. De facto, não é fácil passar para o papel as suas palavras, tantos são os desvios que vai fazendo ao longo da conversa e as histórias que, aparentemente vindas do nada, vão surgindo. Esperamos que estas páginas não sejam mais uma razão para Lobo Antunes criticar a imprensa escrita...»

25/11/12

O evangelho de Jesus Cristo segundo José Saramago

«Sim, meu filho, o homem é pau para toda a colher, desde que nasce até que morre está sempre disposto a obedecer, mandam-no para ali, e ele vai, dizem-lhe que pare e ele para, ordenam-lhe que volte para trás, e ele recua, o homem, tanto na paz como na guerra, falando em termos gerais, é a melhor coisa que podia ter sucedido aos deuses.»
José Saramago, O evangelho segundo Jesus Cristo (1991)
Quando as leituras que fizemos no passado nos exigem releituras no presente, isso significa terem os diálogos travados em tempos idos com o autor permanecido inconclusos e abertos a novas conversas de atualização dos sentidos encobertos das palavras. Ajuste de contas das ideias feitas com as refeitas. As polémicas geradas em torno duma obra perturbam, por vezes, o prazer do texto e das escritas que lhes deram origem. As interpretações extremadas acabam por desviar a atenção do leitor e desvirtuar os significados implícitos/explícitos das mensagens, de trocar as linhas e as entrelinhas, lacunas que só uma revisitação efetuada no momento certo poderá esclarecer ou colmatar.
No caso concreto de José Saramago e d’O evangelho segundo Jesus Cristo (1991), os fundamentalistas ortodoxos e políticos de pacotilha centraram-se em blasfémias anacrónicas e impiedades bafientas alegadamente lesivas da matriz religiosa do país, os críticos encartados mais exigentes deram-se conjuntamente as mãos e acusaram o escritor de ter sido pouco ousado no ato criativo e de ter trocado o maravilhoso cristão dos evangelhos canónicos pelo maravilhoso herege dos evangelhos apócrifos. Sem entrar em extremismos exegético-literários, fiquei então um pouco dececionado com o romancista, com a forma pouco realista como abordara o tema e deixei ficar o romance a repousar até hoje. Vinte e um anos de intervalo para arrumar as ideias e deixá-las atingir uma maioridade absoluta e desejada.
Queria ver o natural onde havia o sobrenatural. Topar o imanente onde achava o transcendente. Agora, contento-me em testemunhar o realismo mágico onde a alegoria assentou arraiais. A presença do insólito no relato acaba por acentuar ainda mais a profunda humanidade de Jesus. Facto singular que a vontade dos homens, perante a grandeza exemplar da sua conduta na vida, deificou com o decorrer dos séculos, confundindo a natureza mortal do filho de Maria e José com a natureza imortal de Jeová. O retratado, em contrapartida, prescinde da dignidade divina outorgada pelo senhor todo-poderoso criador de todas as coisas e escolhe a paternidade dum simples carpinteiro galileu desconhecido criador de meros objetos de uso quotidiano. O livre arbítrio terreno é chamado à colação e derrota sem ponto de retorno a predestinação celestial.
O evangelho de Jesus Cristo segundo José Saramago equaciona as fontes que o devir histórico nos legou e reescreve, com toda a minúcia permitida pela ficção, a biografia do filho do homem que recusou ser filho de deus. Efetua uma interpretação atenta dos mitos fundadores do monoteísmo cristão que estiveram na origem da moderna civilização ocidental e dá-lhe uma dimensão alternativa. Recupera o nome de Judas duma traição inexistente, dá a possibilidade a Madalena de amar e ser amada, permite a Maria e José a liberdade de constituir uma verdadeira família e devolve ao mentor involuntário duma religião ancorada no sacrifício e martírio do calvário o direito à mortalidade, o tal que os deuses sempre invejaram e os discípulos lhe roubaram para proveito próprio. As coordenadas maniqueístas do bem e do mal são alteradas, apenas para que a infabilidade dos dogmas seja questionada. É que as mãos que compuseram as versões escritas do sagrado são em tudo idênticas àquelas que produziram as profanas.
No ano em que José Saramago completaria o seu nonagésimo aniversário, a sua presença continua mais viva do que nunca entre nós. As incursões que façamos ao universo romanesco por si gizado serão sempre premiadas com novas e renovadas descobertas, com fartas e variadas pistas de leituras, com múltiplas e incontáveis formas de olhar o mundo real e imaginário que nos rodeia e nos define. Apanágio muito raro só alcançado por alguns, como será o caso dos inventores inatos dos heróis da imaginação, com os quais acabam por se confundir e fundir. Aqueles que desde os tempos imemoriais da criação artística vão dando sentido pleno à imortalidade, ao privilégio de viverem em espírito na memória coletiva dos povos.



20/11/12

António Lobo Antunes no Pátio


Livro de Sérgio Niza "Escritos sobre Educação"


O Pátio acolhe no sábado, 24 de Novembro, às 16h00, a apresentação do livro Escritos sobre Educação, de Sérgio Niza, um dos fundadores do Movimento Escola Moderna, pela professora Doutora Cristina Nunes, docente da Universidade do Algarve.

Sobre o autor e a obra

A vida de Sérgio Niza é inseparável do mais importante movimento pedagógico português, o Movimento da Escola Moderna, que ajudou a criar em 1966 e do qual tem sido a principal referência. Escritos sobre Educação é um registo do que Sérgio Niza foi pensando durante a sua vida.

 “Sérgio Niza é a presença mais constante, mais coerente e inspiradora da pedagogia portuguesa dos últimos cinquenta anos. Entre o início dos anos 60 e os dias de hoje, a sua palavra, isto é, a sua acção, tem promovido ideias e encontros que marcam as nossas histórias, pessoais e colectivas. Nestes cinquenta anos, Sérgio Niza tem-se batido pela transformação da instituição escolar, por uma escola de todos que permita a cada um ir o mais longe possível no seu processo de aprendizagem e desenvolvimento. […] Repositórios deste tipo (Escritos sobre Educação) são fundamentais para guardar e divulgar um património intelectual que, de outro modo, ficaria disperso e inacessível.”

António Nóvoa, Reitor da Univ. de Lisboa

17/11/12

Descontos até 30 Nov.: Saramago e Vargas Llosa



Novidades nas nossas estantes




















AS CINQUENTA SOMBRAS LIVRE


E. L. James

Terceiro e último vol. do maior fenómeno literário de 2012.Agora Anastasia e Grey têm finalmente tudo o que desejavam, e um mundo de possibilidades à sua espera. E quando tudo parece estar conjugado para que ambos consigam finalmente ultrapassar os maiores obstáculos, o destino conspira para tornar dolorosamente reais os maiores medos de Anastasia.
Lua de Papel, 15.93€  em vez de  17.70

ELOGIO DA MADRASTA
Mario Vargas Llosa

A história de um universo dominado por um triângulo inquietante, que pouco a pouco envolve os leitores na rede de subtil perversidade que une a sensual Lucrécia, Rigoberto e o filho. O amor do menino pela sua madrasta vai muito além do que se esperaria de uma criança, desenhando uma linha ténue entre a paixão e a inocência que mudará o destino de cada um deles.
D. Quixote, 14.90

MUDANÇAS
Mo Yan

Mo Yan descreve, na primeira pessoa, as alterações políticas e sociais no seu país ao longo das últimas décadas, num romance disfarçado de autobiografia, ou vice-versa. Ao contrário da maioria dos escritos históricos sobre a China, que se limitam a narrar acontecimentos políticos, Mudanças conta a história do povo, numa perspectiva mais intimista de um país em transformação.
Divina Comédia, 14,90 €

LOURENÇO MARQUES
Francisco José Viegas

Esta é a história de um homem que sonhava com Lourenço Marques, a cidade das acácias, a pérola do Índico, a cidade onde amou pela primeira vez. Vinte e sete anos depois de ter saído de Moçambique, ele regressa para procurar uma mulher, busca que se transforma num discurso sobre Deus, a felicidade, a aceitação, o arrependimento, o amor que se perde e a vida que não se viveu. 
Porto Editora, 15.50€


PORTUGAL DEFINITIVO
António Victorino d'Almeida 

Voltamos a encontrar Marcelino Bandeira, o protagonista dos livros "Coca-Cola Killer" e "Tubarão 2000", com a única diferença de que se trata agora de um homem velho. Este é o último livro da trilogia que mergulha com graça e inteligência na sociedade portuguesa, que ousa entrar nos bastidores e faz subir ao palco as verdades incómodas do nosso país. Sem hipocrisias nem cinismos.
Clube do Autor, 16.80€

QUATRO CONTOS DISPERSOS
Sophia de Mello Breyner Andresen

Este livro reúne quatro contos escritos entre 1985 e 2004, com enredos bem distintos: os preparativos para a execução de um homem; um encontro insólito durante uma viagem de comboio; as deambulações de um músico cego na Lisboa pós-revolucionária; e as histórias de vida e morte de Ana Bote, a mulher do banheiro de uma praia atlântica.
Porto Editora, 12.50€

PALMEIRAS NA NEVE

Luz Gabás

Estamos no ano de 1953 e dois irmãos abandonam a neve da montanha para iniciar uma viagem apenas de ida para uma terra desconhecida, longínqua e exótica. Lá, trabalham o cacau com afinco e esforço, conhecem o significado da amizade, da paixão, do amor, do ódio. Mas um deles irá cruzar uma linha proibida e invisível ao apaixonar-se perdidamente por uma nativa.
Marcador, 19.95€  

DEZ CONTOS PARA LER SENTADO
Vários

A interpretação da cadeira pela literatura, através de um conjunto de contos inéditos de escritores lusófonos. Neste volume encontram-se Mia Couto, Ondjaki, João Tordo, Arthur Dapieve, Ana Paula Maia, Vinicius Jatobá, Abraão Vicente, Waldir Araújo,  Luís Cardoso e Sandro William Junqueira. Este é um livro para ler sentado e viajar sem sair do sítio.
Caminho, 11.90€

THE KILLING
David Hewson

Baseado no argumento da série de televisão com o mesmo nome. Sarah Lund está a acabar o seu último dia como detective da Polícia de Copenhaga antes de partir com o filho adolescente para a Suécia onde vai viver com o namorado. Mas tudo muda quando uma estudante de dezanove anos é encontrada morta nos bosques com sinais evidentes de ter sido brutalmente agredida e violada.
D. Quixote, 19.90€

OS POEMAS SOBRE PESSOA
Sophia de Mello Breyner Andresen

Esta antologia é constituída pelos poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen que aludem a Fernando Pessoa. Não se trata de uma recorrência de sinal constante: passa por estes poemas a força de um diálogo poético que nomeia e glosa, descreve, invoca, invectiva. É um diálogo por vezes maravilhado, por vezes intrigado, por vezes irritado.
Caminho, 10.90

A ARTE DE PAGAR AS SUAS DÍVIDAS E DE SATISFAZER OS SEUS CREDORES SEM GASTAR UM CÊNTIMO
Honoré de Balzac

A realidade não mudou muito quando comparada com o século XIX, altura em que esta obra foi publicada pela primeira vez. Este é um manual com a caraterização dos vários tipos de dívida e com exemplos práticos de como, por exemplo, contornar as visitas desagradáveis dos seus credores. Um espelho da sociedade de outros tempos que bem poderia ser o nosso.
Nova Delphi, 5.99

A INSTALAÇÃO DO MEDO
Rui Zink

“Recorrendo a frases curtas, à meta-linguagem […] e despido da ironia que o acompanha quase sempre, o escritor constrói uma narrativa que é uma forte crítica ao modelo civilizacional assente nos mercados. Os mercados são aqui o papão que tudo comanda e assusta […] No mesmo fôlego da escrita, o leitor entra na espiral construída por Rui Zink, sente o incómodo, sente-se vítima.” Isabel Lucas, Público
Teodolito, 14€

ESTADO DE GUERRA
Clara Ferreira Alves

“Nós, e quando digo nós digo o jornalismo na sua decadência e euforia suicidária, criámos estas criaturas. Os Relvas, os Seguros, os Passos Coelhos, os amigos deles. O jornalismo, aterrorizado com a ideia de que a cultura é pesada e de que o mundo tem de ser leve, nivelou a inteligência e a memória pelo mais baixo denominador comum, na esteira das televisões generalistas.”
Clube do Autor, 19.50€

HISTÓRIA(S) DO ESTADO NOVO
Marcelo Teixeira

Frases como “Obviamente, demito-o”, ou “Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses” fazem parte da nossa memória individual e colectiva. Revisite um período único da História Contemporânea de Portugal, e saiba neste livro as circunstâncias em que foram proferidas estas frases ou o contexto histórico a que estão ligadas e descubra muitas outras que não deixarão de o surpreender.
Parsifal, 17.90

JOGO DUPLO

Ben MacIntyre

A equipa principal de espiões do Dia D era constituída por cinco elementos, que juntos formaram uma das unidades militares mais extravagantes jamais reunidas. Sob o comando de um excêntrico, mas brilhante, oficial de informações, esta equipa criou uma teia de ilusões tão intricada que conseguiu ludibriar o exército hitleriano e ajudou as tropas aliadas a atravessar em segurança a Mancha.
D. Quixote, 19.90€

ANGOLA

Justiça e Paz nas Intervenções da Igreja Católica

Tony Neves

O Padre Tony Neves viveu parte do conflito angolano, e oferece-nos uma contribuição única na área da Ciência Política, ao analisar a História de Angola no período de guerra que vai de 1989 a 2002, a partir das intervenções teóricas e práticas da Igreja Católica que tiveram, inequivocamente, impacto no processo de pacificação do País.
Texto, 19.90€

 

À DESCOBERTA DE ANGOLA

Joost De Raeymaeker


O primeiro guia de viagens em português que mergulha nas profundezas de Angola. Recheado de informações úteis sobre deslocações, alojamento, saúde, cultura, etc. Quinze percursos por um país fascinante, de gente amigável e grandes horizontes.
Oficina do Livro, 19.95€

AS MINHAS RECEITAS DE BACALHAU

Vítor Sobral

Este livro nasce depois de uma viagem do chef Vítor Sobral à Noruega, a origem do melhor bacalhau, e nele encontrará tudo o que há a saber sobre o seu fiel amigo, desde receitas inéditas aos obrigatórios clássicos, com dicas de preparação e muita informação sobre o impacto do bacalhau na cultura e na vida dos portugueses.
Casa das Letras, 29.90€

BOAS FESTAS COM A BIMBY

Vários

Neste livro vai encontrar tudo o que precisa para viver a época das festas de um modo tranquilo, com receitas para festejar os três grandes momentos da época festiva: Natal, Réveillon e Dia de Reis. A Bimby permite-lhe planear e confeccionar com resultados profissionais receitas deliciosas.
Betrand, 22.20€

O LIVRO DO CONHECEDOR DE CHARUTOS

Zino Davidoff

O célebre "O Livro do Conhecedor de Charutos" foi editado, pela primeira vez, em 1967. Neste compêndio, espécie de esboço filosófico, Davidoff, conhecido como o ‘Rei dos Charutos’ revela um conhecimento, perícia e charme sem limites. Quatro palavras resumem este livro: elegância, humanismo, humor e sedução.
Oficina do Livro, 14.90€

Novidades para as crianças










ACHIMPA
Orfeu Negro, 14.90€

OS ANIMAIS ESTAVAM ZANGADOS
William Wondriska
Orfeu Negro, 14€

FÁBULAS FABULOSAS
Civilização, 11.50€

50 JOGOS DIVERTIDOS DE PIRATAS

Caixa em metal com jogos
Arco de Diana, 8.45€