ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

29/06/09

ler e depois 5

Genji monogatari

Pois é, meus eventuais leitores, mais cedo ou mais tarde tinha de vir atirar-vos este calhamaço. É que me lembrei que o Verão entrou por aí e há que preparar leituras estivais.
E nisso temos um pequeno problema: ou endoidamos definitivamente e compramos uma braçada de best-sellers que se parecem todos uns com os outros e no fim da leitura nos deixam a boca e a cabeça a saber a papel de música, ou partimos à descoberta de livros que, simultaneamente, nos divirtam, sejam de leitura amena e, já agora, que tenham algum interesse. Este, por exemplo, será o primeiro. Falarei nas próximas semanas de contos e de policiais. Para que se não diga que ler é uma chumbada. Não é mas para a praia há que ter pequenos cuidados.

Ora então “O romance do Genji”: um clássico japonês com cerca de mil anos de idade. Composto por uma dama da corte pertencente ao poderoso clã Fujiwara, o que não é dizer pouco. Como anedota, refira-se que a senhora escreveu não em caracteres ideográficos chineses, como aliás ainnda se usa mas em escrita fonética, o hiragana. Dizem as más línguas que este sistema de escrita foi propositadamente inventado para o sexo feminino que seria incapaz de entender todo o esplendor a escrita ideográfica chinesa! E, já agora, convém referir que apesar de escreverem “em chinês” os japoneses não sabem patavina de tal língua. Só que como a escrita é ideográfica também não precisam de saber…

Agora o que ficava bem, mesmo bem, era contar a história (as histórias, aliás)das aventuras do príncipe Genji e de toda uma série de personagens que povoam este admirável, sensível e irónico quadro duma época de grande refinamento. Mas isso seria roubar-vos metade do prazer. Às armas cidadãs e cidadãos leitores. Ao banho, às sardinhas e à leitura do Genji. Aposto que ainda me irão agradecer esta sugestão de leitura.

Para terminar aqui fica uma historieta verdadeira e primaveril. Em 1986 estava eu em Murnau, na Baviera a aprender alemão. Na minha casa estavam dois amáveis japoneses bastante mais novos que me tratavam com requintada educação. Para eles eu era “Marcero San” com direito a um par de vénias. Falávamos obviamente alemão entre nós. Sucede que, num dia, aparece pelo Goethe Institut uma inteira orquestra chinesa. Por desconhecidas razões os chins comunistas ou algo do género quiseram saber como é que funcionava a bolsa. E é aí que entra em cena este quadro surreal: eles perguntavam escrevendo os tais caracteres ideográficos aos meus dois amigos japoneses. Estes reconvertiam os misteriosos sinais em alemão medíocre para mim. E eu, péssimo conhecedor dos mecanismos da bolsa, retrovertia num alemão ainda pior as minhas respostas sobre essa base da civilização capitalista e ocidental. Um pagode! Os meus japoneses, a cada afirmação minha,exclamavam “Ho” em tom cavo e soturno e, zás, escrevinhavam o que parcamente entendiam em chinês. Os seus crédulos leitores amontoados do outro lado da mesa, chilreavam “Ha!” e “Ho!” mas em puro dialecto cantonês. E agradeciam imenso.



Isto passou-se há vinte e tal anos. Quase o mesmo tempo que a China tem de novo curso económico. Quem sabe se algum desses meus interpostos alunos absorveu os meus mais que duvidosos ensinamentos e hoje, esquecidos o fagote, o violino ou a trombeta, capitaneia uma indústria gigantesca naqueles cafundós.

Mais uma razão para lerem o Genji. Se eu consegui prender a atenção de meia centena de chineses com as aventuras da bolsa em versão lusitana, porque é que vocês não se divertirão com esta maravilhoso romance?


Adenda de Liliana:
O Romance de Genji (Primeira Época: 33 capítulos)- Ed.Exodus,2009-PVP 24€
O Romance de Genji (Segunda época: 21 capítulos)- Ed.Exodus,2009-PVP 24€
O Romance de Genji - Ed. Relógio D`Água, 2008 - PVP 19 €

Mitologia no Círculo de Sophia

04/07/2009, pelas 21:00 horas - Palestra/Tertúlia com a Prof. Doutora Adriana Nogueira

Largo de S.Francisco
nº49, 2º - 8000 Faro


Tel:
937533031

Web: circulosophia.blogspot.com

28/06/09

Mutantes

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Este é um livro de histórias: de uma menina, aluna num convento de freiras, que deu consigo a mudar de sexo na puberdade; de crianças que, trazendo-nos à memória os ciclopes de Homero, nascem com um único olho a meio da testa; de uma aldeia croata de anões de idades invulgarmente avançadas; de uma família hirsuta que foi conservada na corte do reino da Birmânia durante quatro gerações (e inspirou a Darwin uma das suas mais certeiras visões acerca da hereditariedade); e do povo dos pés de avestruz: os Wadoma, do vale do Zambeze.

Em Mutantes, Armand Marie Leroi brinda-nos com uma brilhante narrativa da nossa gramática genética, falando-nos das pessoas cujos corpos no-la revelaram. Passando aparentemente sem esforço do mito para a biologia molecular, o objecto desta obra elegante e esclarecedora somos todos nós.

O LIVRO
«Instrutivo e esclarecedor, mistura brilhante de curiosidades históricas e ciência actual, elegantemente escrito.» Spectator
«A descoberta de um cientista eminente que escreve com tal talento e estilo é certamente motivo de júbilo.» Nature
«Leroi eleva-nos de um horror instintivo pelo bizarro a um sentido mais profundo de deslumbramento.» Sunday Times
Poético, filosófico, profundo, inteligente e provocador.» The Guardian
«Este é o livro que devem ler aqueles que desejam verdadeiramente conhecer as suas origens sem recorrerem a um tomo académico e árido.» The Economist
«Outrora, as vítimas de mutações desfiguradoras ou bizarras eram consideradas monstruosas. Hoje em dia, proporcionam-nos pistas vitais acerca da dança de genes que tem lugar durante o crescimento do corpo. Para nos contar esta história apaixonante, Armand Leroi combina um meticuloso trabalho de investigação histórica e um conhecimento actualizado dos últimos avanços no campo da genética com uma aptidão consumada para a palavra escrita.» Matt Ridley

O AUTOR
Armand Marie Leroi é professor de Biologia Evolucionista do Desenvolvimento no Imperial College de Londres. Com interesses variados, investiga actualmente o controlo genético do crescimento e desenvolve um projecto ambicioso no âmbito da etnomusicologia, com Brian Eno.

GRADIVA, Junho 2009 - PVP 19 €

General Motors: o sonho americano acabou?

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BNOMICS, Abril 2009 - PVP 15,75 €

Evolução para todos

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O LIVRO
«[Evolução para Todos] é um contributo notável. Nenhum outro autor conseguiu combinar o domínio total de uma matéria com uma explicação tão clara e interessante do seu significado para o autoconhecimento humano. Tendo como público-alvo o leitor não-especializado e, no entanto, rica em ideias suficientemente originais para cativarem intelectuais, esta é verdadeiramente uma obra para a nossa época.» Edward O. Wilson, vencedor do prémio Pulitzer e autor de A Criação

«A Evolução para Todos é uma obra divertidíssima. Mas não se deixe iludir, pois David Sloan Wilson é um grande biólogo que, por acaso, também é um contador de histórias fantástico.» Sarah B. Hrdy, autora de Mother Nature

«Em geral, existem dois tipos de livros científicos: os que são escritos para cientistas profissionais e os que são escritos para o público em geral. De vez em quando, surge uma obra que faz a ponte entre estes dois mundos. É o caso de A Evolução para Todos: trata-se de uma narrativa bem escrita e cativante, que pode ser apreciada por qualquer pessoa, mas contendo ideias originais que devem ser lidas por cientistas profissionais pelo valor que têm para o desenvolvimento da ciência. Fiquei espantado com as novidades que Wilson introduz e com a quantidade de novas ideias que apresenta; assim, neste caso, ‘qualquer pessoa’ significa isso mesmo: tanto meros curiosos sobre a matéria, como cientistas profissionais.» Michael Shermer, editor da revista Skeptic, colunista da Scientific American e autor da obra Why Darwin Matters

«Esta história cativante, uma síntese inovadora e inesquecível que abrange biologia, psicologia, religião e política, representa a biologia evolutiva no seu melhor.» Martin Seligman, Professor de Psicologia e Director do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia.

O AUTOR
David Sloan Wilson é professor de Biologia e Antropologia na Universidade de Binghamton. É o autor de Darwin’s Cathedral: Evolution, Religion and the Nature of Society, co-autor de Unto Others: The Evolution and Psychology of Unselfish Behavior e co-editor de The Literary Animal: Evolution and the Nature of Narrative.

GRADIVA, Março 2009 - PVP 29 €

Uma aventura nada secreta de Teresa Veiga

Grande prémio de conto Camilo Castelo Branco da APE da APE (Associação Portuguesa de Escritores) atribuído por unanimidade do júri (Clara
Rocha, Fernando J. B. Martinho e Liberto Cruz) a Teresa Veiga pelo livro Uma aventura secreta do Marquês de Bradomín.

A autora já foi distinguida em 1992 com O Grande Prémio de Conto 'Camilo Castelo Branco', pela obra História da Bela da Fria , a que foi também atribuído o Prémio de Ficção Pen Clube.

"Teresa Veiga é a mais genial contista da literatura portuguesa contemporânea.
Mas não é apenas o conto enquanto género que encontra nesta escritora realizações de alto nível: é também a arte narrativa em geral, pela mestria e subtileza dos seus mecanismos: e é ainda, em termos mais gerais, a escrita densa e rigorosa, exemplar no modo como recusa efeitos fáceis e ornamentos. Nada, aqui, escapa à lei da necessidade." António Guerreiro, "Actual", Expresso,13 de Dezembro 2008

"Há duas décadas que Teresa Veiga vem publicando ficção de um apuro estilístico e uma subtileza notáveis. É o que acontece uma vez mais com Uma aventura secreta do Marquês de Bradomín, colectânea de três contos longos." Pedro Mexia, "Ípsilon", Público, 12 de Dezembro 2008

“Teresa Veiga não dá entrevistas e não revela a sua verdadeira identidade. Atitude muito louvável nestes dias em que se procura uma promoção de imagem a troco, por vezes, de nada.
Maneja o humor na escrita com um domínio e uma técnica pouco usuais. Ouvimos respirar as personagens que sabe caracterizar com uma ímpar agudeza de espírito. Ignoramos a sua idade e profissão mas uma certeza temos: Teresa Veiga escreve como poucos. Passear pela leitura dos seus livros é um enorme, imenso prazer.” Ana Costa, Público – Leituras, 27 de Novembro 1992

COTOVIA, Novembro 2008 - PVP 14 €

Curso Livre de História do Algarve

O Departamento de História, Arqueologia e Património da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve realiza, durante o mês de Julho, o VI Curso Livre de História do Algarve, que terá lugar no Anfiteatro A do Complexo Pedagógico do Campus de Gambelas.

As inscrições estão abertas até dia 2 de Julho.

Programa e ficha de inscrição.


Contactos para inscrições
Telefone: 289 800 914; E-mail: gefchs@ualg.pt

26/06/09

hoje e amanhã no Pátio de Letras

Do Interior da Revolução, de VASCO LOURENÇO

"A oportunidade e interesse desta obra decorrem não só do protagonismo de Vasco Lourenço nesse período da nossa história recente, mas também do impressionante conjunto de dados, acontecimentos e personagens da Revolução de Abril., e entendeu colocar ao dispor quer dos estudiosos, quer de um público mais alargado e diversificado." (in webbom)

A obra, que será apresentada pelo Coronel Piteira Santos no dia 3 de Julho, pelas 21h30, no Pátio de Letras, seguindo-se debate com o autor, Coronel VASCO LOURENÇO, está a causar p0lémica: ver aqui carta do Coronel Costa Martins, publicada no Expresso e aqui email que nos foi enviado, com pedido de divulgação, pelo Coronel Manuel A. Bernardo.

Esperamos que quem tem perspectivas diferentes dos factos, relativamente às apresentadas no livro, participe civicamente na sessão, para a qual fica feito, desde já, o convite.


Sin-Cera no Teatro Lethes

O Sin-Cera, grupo de teatro da UALG, apresenta no teatro Lethes, a peça “O Aquário”, de Karl Valentim.
Estreia dia 26, 6ª f, 22h; de novo em cena a 27 (sábado) , 22h; 28 (Domingo), 17h00.
Preço do bilhete: 2 €.

Mais informações aqui.

Gaurdem-se para Domingo 28 e vão ao Pátio de Letras nas noites de 6ª f 26 e sábado 27 :)

(clicar na imagem para aumentar)

25/06/09

Tertúlia Café Oceano, hoje às 18h30, no Pátio de Letras


Organismos do litoral rochoso:
Protectores ou Destruidores?



Delminda Moura, investigadora no Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) e docente da Universidade do Algarve, nomeadamente nos cursos de Ciências do Mar e Oceanografia, é a convidada da edição de Junho do Café Oceano, que terá lugar hoje, 5.ª Feira dia 25 de Junho a partir das 18h30, no Pátio B@r em Faro, Rua Dr. Cândido Guerreiro, 26-30.

Bioerosão ou bioprotecção dos nossos litorais rochosos? É este o tema que Delminda Moura, a oradora convidada para a edição de Junho do Café Oceano, vai apresentar hoje ao fim da tarde, durante duas horas de conversa informal no Pátio das Letras, em Faro.O tema trata de biomorfologia que é um termo que traduz as relações mútuas entre o substrato físico e os organismos. A referida interacção, tem como consequência a maioria das paisagens naturais que observamos actualmente e é particularmente importante nos litorais rochosos carbonatados, como é o da Galé. Um litoral rochoso é um litoral de erosão, por oposição aos litorais de construção (p.ex. um sistema de ilhas-barreira ou um estuário) e a perda de massas rochosas por recuo das arribas não é jamais recuperável. Os organismos (animais e plantas) podem potenciar a erosão dos litorais - bioerosão, ou, pelo contrário, conferir-lhe protecção- bioprotecção. As plataformas de abrasão são um dos aspectos mais conspícuos da morfologia dos litorais rochosos e oferecem óptimas condições para uma espantosa diversidade biológica. Nelas, numerosos seres endolíticos escavam buracos para habitarem e outros raspam a rocha na procura de alimento, contribuindo para a diminuição da resistência mecânica da rocha- bioerosão. Porém, outros organismos, como por exemplo as algas fixas na superfície da rocha, constituem uma cobertura protectora contra o impacto directo das ondas e minimizam o efeito das amplitudes térmicas-bioprotecção.


acabadinho de chegar

O novo romance de Mia Couto: Jesusalém (Caminho)

Jesusalém é seguramente a mais madura e mais conseguida obra de um escritor em plena posse das suas capacidades criativas. Aliando uma narrativa a um tempo complexa e aliciante ao seu estilo poético tão pessoal, Mia Couto confirma o lugar cimeiro de que goza nas literaturas de língua portuguesa.A vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado, diz um dos protagonistas deste romance. A prosa mágica do escritor moçambicano ajuda, certamente, a reencantar este nosso mundo.


Mia Couto
, António Emílio Leite Couto, nasceu na Beira, Moçambique em 1955. É um dos autores africanos de língua portuguesa mais proeminentes e conceituados.

Estreou-se na Poesia com o livro Raiz de Orvalho em 1983. Publicou vários livros de contos, de crónicas e mais de uma dezena de romances.
Premiada várias vezes (1999 - Prémio Vergílio Ferreira, 2007 - Prémio União Latina de Literaturas Românicas, 2007 - Prêmio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura), a sua escrita tem como características distintivas a reinvenção da língua para que esta possa “falar” na sua cultura e enredos tragicómicos envolvendo personagens “modernos” e tradicionais que lhe permitem reflectir de forma poética e crítica sobre realidade moçambicana após a independência. Para além de “mexer” no imaginário das culturas do seu país natal, algumas das suas “estórias” jogam também com a relação entre a cultura moçambicana e a cultura europeia e americana.

22/06/09

ler e depois 4

As batalhas que ganhámos
ou
“As máscaras da Utopia”


Já anda por aí um livro que também já foi mencionado no “Incursões” (*).
Mencionado e louvado, que o escriba impenitente teve a honra de ser o (ou um dos) seu primeiro leitor. Deu logo por duas gralhas, prontamente corrigidas, há que dizê-lo e ficou subjugado pela qualidade literária, pelo rigor crítico e (por que não confessá-lo) pelo aparato iconográfico.

As Máscaras da Utopia (História do teatro universitário em Portugal 1938-74) de José Oliveira Barata (Fundação Calouste Gulbenkian, 2009) é, mais do que uma aposta ganha, uma história viva e inteligente de uma das frentes de batalha que quase desde o início se abriu contra o cinzentismo do Estado Novo. E contra, há que dizê-lo, o espectáculo desolador do teatro que se fazia em Portugal.
Não que tudo o que subia ás tábuas fosse mau, medíocre ou tristonho. Nada disso. Fez-se durante aqueles anos bom teatro mesmo com a Censura a apertar. Mas fez-se igualmente muito mau teatro, premiou-se péssimo teatro, distorceu-se até ao grotesco o gosto do público, contemporizou-se em excesso com os diktats do regime, obliterou-se a modernidade quando, pura e simplesmente não se tentou sonegá-la.
No meio disso tudo, dessa história trágico teatral onde soçobraram tantas companhias, tantos actores, tantos projectos, o teatro universitário foi um oásis. Mesmo quando roçou o pueril e o amadorístico. Em Coimbra, primeiro, com o TEUC, no Porto logo de seguida com o TUP e finalmente em Lisboa com os emblemáticos grupos de Letras (GTFLL) e de Direito (GCAEFD), para não falar no CITAC coimbrão também, apareceu um novo público, uma nova atitude e criaram-se as bases para muito do (bom) teatro que hoje se faz e se vê.

A rapaziada nova que sentia o fascínio da palavra sobre as tábuas fazia fogo de tudo o que estava ao seu alcance, perdia dias, semanas, meses, o ano se fosse necessário, para levar à cena autores esquecidos, autores proibidos, autores ignorados.
Foi uma longa e incerta batalha, uma guerra de guerrilhas cultural, com os seus momentos altos e baixos, sempre exaltante, trazendo e levando para o teatro profissional (e para o amador, também e de que maneira!!!) sangue novo, entusiasmo, senso crítico e exigência, a exigência dos vinte (irrepetíveis) anos, os aplausos e as pateadas que um sistema e um regime medíocres não toleravam.

De tudo isto dá conta José Oliveira Barata, professor emérito da Faculdade de Letras de Coimbra, ele próprio antigo membro do TEUC.
Se o Aníbal Almeida fosse vivo teria ocasião de repetir a propósito deste texto uma das suas célebres boutades: “Trabalho milimétrico, meninos!, Trabalho milimétrico!!!”
Fiz parte do numeroso grupo de amigos e conhecidos de JOB que se prestaram a longas entrevistas, a perguntas massacrantes, por vezes a horas impossíveis da noite, sobre pormenores á partida bizantinos mas que o antigo professor catedrático tentava resolver como se disso dependesse a vida. O resultado está á vista nos quase mil e cem protagonistas citados (lá está: ribeiro, mc, claro!), nos aproximadamente trezentos espectáculos recenseados, na impressionante bibliografia (quatro densas páginas em letra miudinha!).

Mas isto, não é nada em comparação com a limpa história que JOB relata numa linguagem viva, alegre, bem humorada, irónica em certos pontos sempre bem escrita, excelentemente escrita. Exactamente o contrário de muita dessa aterradora prosa universitária que derruba o mais intrépido leitor ao fim de duas páginas e dez dicionários compulsados. Até nisto Barata se mostra diferente. Não que seja de hoje. Quem, porventura teve a sorte de ler a tese de doutoramento sobre o Judeu [“António José da Silva, criação e realidade” (Coimbra, 1986)] ou “Para compreender Felizmente há luar" (2004) sabe bem do que a casa gasta em rigor, inteligência, sensibilidade e clareza.

No dia 10 de Julho pf o livro será oficialmente apresentado na Gulbenkian onde, espero, seremos muitos a estar presentes para ouvir o Emílio Rui Vilar, um citaqueano, o Jorge Silva Melo e o Luís Miguel Cintra dois brilhantes expoentes da passagem do teatro universitário para o profissional.
Leitoras e leitores, apesar de amigo do autor não me atreveria a tanto empenho e entusiasmo se não pudesse garantir-vos que isto é uma obra maior, necessária e oportuna. Ofereçam a vocês mesmos o livro e vão para férias mais leves de carteira e levíssimos de coração. Somos nós todos que estamos ali naquelas páginas naquela história e nesta verdadeira cultura de que no Verão muitas vezes nos esquecemos. Boa leitura, bons banhos de sol e de mar. Viva o teatro!

*queridos e eventuais leitores: há aqui uma pequena batota. Este texto foi publicado no blog incursoes.blogs.sapo.pt. Não é pois um original como Vocês mereceriam. Todavia pareceu-me tolice rematada fazer um outro texto que diria exactamente o mesmo que aqui está ou, pior, não escrever sobre um livro que reputo interessante só porque já tinha escrito sobre ele noutro sítio. E aposto que quando lerem "as máscaras..." me perdoarão.

«Modernidade/Modernismo(s): Fernando Pessoa»

curso livre, que decorrerá, a partir de 23 de Junho próximo, na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve.

21/06/09

Destaque: Slavoj Žižek


Slavoj Žižek é, talvez, o mais mediático filósofo da actualidade. Esloveno, canditato à presidência do seu país, professor em várias universidades ocidentais, Žižek tem vindo a ocupar o espaço que outrora foi de Sartre, Foucault ou Deleuze. Partindo de novas formas de ler a psicanálise, o marxismo e a filosofia, a sua obra observa a política, a cultura popular, a sociedade e o sujeito contemporâneo utilizando novos conceitos, um sentido de humor mordaz e referências culturais que nos representam, inevitavelmente, a todos.

Os seus livros, que têm vindo a ser publicados em Portugal pela Relógio d'Água, vão desde temáticas específicas (como e cinema ou a fé, por exemplo) a tentativas de sistematizar o seu pensamento ou o pensamento do "mundo". Partindo de "objectos" culturais de referência generalizada - desde o filme "Matrix" à 9ª de Beethoven - os textos que nos apresenta são incontornáveis, quer pelos seus dotes de comunicador, quer pelas possibilidades de crítica e reflexão que nos abre sobre o complexo mundo em que vivemos.

Em Portugal, o seu mais recente livro é O Sujeito Incómodo, considerado uma das suas obras mais significativas.

Para além deste título temos aqui no Pátio as seguintes obras deste pensador:


- Bem-vindo ao Deserto do Real, Relógio D'Água, 2006
- Elogio da Intolerância, Relógio D'Água, 2006
- A Subjectividade Por Vir, Relógio D'Água,2006
- A Monstruosidade de Cristo, Relógio D'Água,2008
- Lacrimae Rerum, Orfeu Negro, 2008

- No prelo: Violência (Relógio d'Água)

Aqui fica a referência a Slavoj Žižek na Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Slavoj_%C5%BDi%C5%BEek.
Aqui na Internet Encyclopedia of Philosophy: http://www.iep.utm.edu/z/zizek.htm.
Aqui uma bibliografia bastante completa: http://lacan.com/bibliographyzi.htm.
Aqui pode vê-lo e ouvi-lo em discurso directo: http://www.youtube.com/watch?v=DhDuYfZa5dE

19/06/09

Cancelamento sessão sábado 20

Devido á morte ocorrida hoje de familiar muito querido, não é possível ao prof. Doutor Manuel Villaverde Cabral estar em Faro amanhã, dia do enterro, pelo que fica CANCELADA a sessão prevista para as 21h30 no Pátio de Letras, a qual será reagendada para Setembro ou Outubro.

Landscape Memories - Ângelo Encarnação

Inauguração: 19 de Junho às 16h30
De 19 de Junho a 31 de Julho de 2009.
Horário: Junho; 9h30 às 12h30 e 14h00 às 16h30.
Julho; 9h00 às 15h00.
Encerra: Sábado e Domingo.

um projecto VRSA.XXI
(projecto da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António que pretende, de uma forma regular, trazer à cidade propostas diversificadas no âmbito da arte contemporânea. Num domínio quase sempre marcado pelas questões da «incomunicabilidade» e da «incompreensão», este projecto, com comissariado Artadentro, tem como primeiro objectivo a formação dos públicos nesse confronto com a originalidade, a surpresa, a interrogação e o sobressalto)

18/06/09

3 a não perder

Aqui ficam três livros, a não perder, recentemente chegados ao Pátio (entre muitos outros, claro):
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1 de Literatura
.
A primeira tradução directa do alemão de A Montanha Mágica (Thomas Mann), feita por Gilda Lopes Encarnação e editada pela Dom Quixote.

A Montanha Mágica, Thomas Mann, Dom Quixote
.
1 de Filosofia
.
«O argumento de Slavoj Žižek é subtil, gracioso e apaixonado, e este livro ― o décimo quarto em nove anos ― confirma o seu estatuto como um dos pensadores contemporâneos mais inovadores e estimulantes de Esquerda.» Times Literary Supplement

O Sujeito Incómodo, Slavoj Žižek, Relógio D’Água
.
1 de Ciência
.
"Nos dez anos passados desde a sua publicação em 1988, o livro de Stephen Hawking tornou-se uma referência incontornável da divulgação científica, com mais de 9 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Essa edição encontrava-se no limiar do que era então conhecido acerca da natureza do universo. Mas a última década tem assistido a avanços extraordinários na tecnologia de observação dos mundos micro e macroescópicos, confirmando muitas das previsões teóricas do professor Hawking. Com o intuito de incluir os novos conhecimentos revelados por essas observações no texto original, o autor escreveu uma nova introdução, actualizou os capítulos originais e acrescentou um capítulo inteiramente novo sobre o tema fascinante dos buracos de verme e das viagens no tempo."

Breve história do Tempo, Stephen Hawking, Gradiva

17/06/09

Cidade & Cidadania - este Sábado às 21h30

Manuel Villaverde Cabral

"Manuel Villaverde Cabral (n. Ponta Delgada 1940) é um investigador, ensaísta e universitário português.
Concluiu o Curso Geral dos Liceus em 1957, tendo ingressado no mesmo ano no curso de Arquitectura da
Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, que abandonou logo de seguida, em 1958, para iniciar a vida profissional, primeiro como funcionário público e, depois, como quadro editorial.
Exilado político desde Novembro de
1963 até ao 25 de Abril de 1974 em França, onde continuou a desenvolver actividades profissionais nos meios editoriais e onde retomou os estudos universitários. Em 1968 licenciou-se em Letras Modernas, pela Universidade de Paris.
Após a revolução de
1974, inicia a carreira universitária como assistente do ISCTE-IUL. Em 1979 obtém o grau de Doutor em História, na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales-Université de Paris I, com uma tese intitulada Le Portugal de 1890 à 1914: forces sociales, croissance économique et pouvoir politique. Continuou o percurso como docente no ISCTE-IUL, onde é Professor Associado, que acumula com a função de investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa desde 1982.
Ainda no estrangeiro foi Investigador Visitante da Universidade de Oxford (Calouste Gulbenkian Portuguese Research Fellow, St. Antony’s College) (
1976-79); Professor Visitante da Universidade de Wisconsin (Madison, USA) (1986); Professor Visitante da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris) (1981); Titular da Cátedra de História de Portugal da Universidade de Londres (King’s College) (1982-1995).
Com
João Carlos Espada e José Pacheco Pereira fundou, em 1984, o Clube da Esquerda Liberal.
Vice-Reitor da
Universidade de Lisboa de 1998 a 2002, colabora regularmente com a imprensa, desde que se iniciou em Setembro de 1957 na página de cinema do Diário de Lisboa, tendo publicado em jornais como o Diário de Noticias, o Comércio do Porto e o Público, bem como revistas culturais tais como a Imagem, Gazeta Musical e de todas as Artes, Távola Redonda, Bandarra, Jornal de Letras, entre outros. Fundou a revista política Cadernos de Circunstância, publicada no exílio, colaborando ainda com a Risco e a Finisterra.
Possui a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e as Palmes Académiques (França)."

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Villaverde_Cabral

É actualmente Presidente do Conselho Directivo do Instituto de Ciências Sociais

16/06/09

Patio@Bar - 2ª f 22 Junho encerrado durante o dia

para obras de manutenção

(a livraria mantém-se aberta no horário normal)

NOVO HORÀRIO de Domingo na livraria

Aos domingos a livraria passa a abrir apenas às 11h e a encerrar para almoço das 14 às 15 h

Eis pois o novo horário:

ABERTO TODOS OS DIAS (excepto 25 Dez. e 1 Jan.)

a partir das 10H de 2ª f a sábado e das 11H aos Domingos;

fecho: de Domingo a 5ª f às 20H; 6ª f e sábado às 24H;

ao Domingo fecha para almoço das 14H às 15H

15/06/09

ler e depois 3


A segunda feira é um dia (quase) igual aos outros

Num momento de destempero garanti aos leitores de outro blog que às segundas escreveria uma nota de leitura aquí. Razões? Muitas e nenhuma: Para corresponder ao amável convite da Liliana, porque antes da segunda há o que se chama um fim de semana que a pessoa prudente usa com parcimónia e fugindo da multidão, por não sei mais que razões incluindo obviamente a “por que sim”.

Claro que são seis e meia da tarde de segunda, chiam no corredor as botas do moço da tipografia e eu não estou com vontade de dizer mal do bey de Tunes (se é que cito correctamente o formidável Eça). Que escrever já que me meti de pés e mãos nesta empresa? Que escrever quando resolvi intitular a crónica como em cima se lê?

S. Jacques Prévert veio, subitamente, em minha ajuda. Um verso, um verso grande como o mundo, um verso que remata o primeiro poema das extraordinárias “Paroles” e que (por pura preguiça de ir pelo livro) traduzo apressadamente de memória do francês. “…os que envelhecem mais depressa do que os outros/ os que não se baixaram para apanhar o alfinete/os que morrem de pasmo ao domingo á tarde/ porque vêem chegar a segunda feira/ e a terça e a quarta e a quinta e a sexta e o sábado/ e a tarde de domingo.”

Este verso termina um dos mais geniais poemas do seculo XX a famosa “tentative de description d’un diner de têtes…” longa composição-inventário datada de 1931 mas actualíssima.

Ora, para os preguiçosos em línguas estrangeiras, para os que nem sequer as falam patrioticamente mal, há desde há ano e meio, dois anos, uma edição portuguesa dos Poemas de Prévert. Chama-se “Palavras”, (Sextante) não há que enganar e é uma preciosidade que o cultíssimo João Rodrigues entendeu editar. Este JR é um cavalheiro de alto gabarito, um pronto socorro cultural, um editor de mão cheia, um amigo muito querido e antiquíssimo e edita os livros de que gosta sempre que pode que isto da edição e do mercado editorial é pior do que a arena do Coliseu romano nos seus melhores dias. Leitores já não há desculpa para desconhecer Prévert, Jacques de seu primeiro nome, um autor solar, um poeta com humor, um cineasta de mão cheia, enfim uma criatura para conhecer e amar.

Isto deveria ficar por aquí mas não. É que me veio à cabecinha pensadora um outro poeta, português este, universal como verificarão quando o lerem, uma voz solitária (mas não única) no panorama literário, um criador que vai pacientemente assentando uma obra excepcional de inteligência, de pausado lirismo (ai se ele me lê!…) e de re-invenção verbal. Ou: como usando palavras de todos os dias, escassas metáforas, um discurso simples e grave, e daí sair o lume de um poema. Falo, de Manuel António Pina, um poeta com obra desde fins de 60 (1969: ano de “ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde”, livro vertiginoso que imediatamente lhe grangeou um grupo entusiástico de leitores que, contra o costume, tem crescido a pontos de MAP ser quase um poeta conhecido. Dele são também crónicas (as primeiras reunidas em livro: “O Anacronista”, Afrontamento) que agora saltam dos jornais e deambulam pela internet: os bloggers roubam-nas alegremente e espalham-nas a esmo. MAP é um dos mais finos e interessantes comentadores do nosso quotidiano e exerce essa subtil e dificil arte com ironia certeira indignação cidadã. Um regalo.

Os poemas andam pela Assírio e Alvim e, ao que sei ainda não há edições completamente esgotadas: leiam-se “Poesia Reunida”, 2001, “Nenhuma palabra,nenhuma lembrança”, “Os livros”, 2003 ou, melhor ainda, vão por ele, estante atrás de estante, abram o livro, também há prosa e da melhor para já não falar na secção de literatura infantil, experimentem, saboreiem, riam, gozem esta língua, este estilo este terno pudor e depois, depois, é só passar pela caixa. Há dinheiro que é bem gasto.

Não resisto a transcrever “café do molhe”:

Perguntavas-me /(ou talvez não tenhas sido / tu, mas só a ti /naquele tempo eu ouvia)/

porquê a poesia/e não outra coisaqualquer:/ a filosofia, o futebol, alguma mulher?/eu não sabia /

que a resposta estava/ numa certa estrofe de/um certo poema de/Frei Luis de León que Poe/

(acho que era Poe)/conhecia de cor,/ em castelhano e tudo./ Porém se o soubesse/

de pouco me teria/então servido, ou de nada./Porque estavas inclinada/ de um modo tão perfeito/

sobre a mesa/ e omeu coração batia/ tão infundadamente no teu peito/ sob a tua blusa acesa/

que tudo o que soubesse não o saberia./ hoje sei: escrevo/ contra aquilo de que me lembro,/ essa tarde parada, por exemplo.

Enquanto os poetas, estes poetas, existirem, ou os seus livros, as tardes de domingo, poderão ser melancólicas, chuvosas, quentes, mas nunca, nunca, tristes ou aborrecidas.

* gravuras: capa de Palavras e MAP com uma das suas gatas

12/06/09

acabadinho de chegar

Filho da Guerra de Emmanuel Jal, Ed. Albatroz (Porto Editora)


Em criança, mal podendo com o peso de uma arma, Jal, um dos Meninos Perdidos do Sudão, testemunhou e praticou actos de extrema brutalidade, no contexto da guerra civil que grassava no seu país.
As suas memórias de terror desenham-se vividamente nesta poderosa autobiografia, que revela dolorosamente a fúria que a guerra lhe ensinou, mas também a forma impressionante como conseguiu superá-la.


Chocante, inspirador e carregado de esperança, Filho da Guerra é a autobiografia de um jovem singular, determinado a contar a sua própria história e a revelar ao mundo a tragédia do seu país.

Inspirado por Mahatma Ghandi, Martin Luther King e Nelson Mandela, Emmanuel Jal socorreu-se da música como instrumento para o seu próprio processo de cura e incentivo à paz no seu país, tornando-se um dos mais promissores cantores rap africanos, reconhecido internacionalmente.
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Página oficial de Emmanuel Jal: http://www.emmanueljal.org/
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texto retirado de http://www.portoeditora.pt/

11/06/09

Alguns novos livros no Pátio

Alguns para os pequenos:


Dentes de Rato, Agustina Bessa-Luís, Guimarães Editores, Nascer – Animais extraordinários, Xulio Gutiérres, Nicolas Fernández, Kalandraka, Histórias para Contar em Minuto e Meio 1, Isabel Stilwell, Verso da Kapa, Histórias para Contar em Minuto e Meio 2, Isabel Stilwell, Verso da Kapa, Eu Apago a Luz, Jean René Gombert, Temas e Debates

Alguns clássicos:


Cartilha Maternal, João de Deus, Bertrand Editora
Novelas do Minho, Camilo Castelo Branco, 11X7
Contos, Vergílio Ferreira, Quetzal Editores
Uns para celebrar:

200 anos de Edgar Allen Poe, Saída de Emergência

Outros para visitar:

Lugares Mágicos de Portugal. Arquitecturas Sagradas, Paulo Pereira, Temas e Debates


e literatura para todos os gostos:

Morreste-me, de José Luís Peixoto, Quetzal Editores, O que faço eu aqui?, de Bruce Chatwin, Quetzal Editores, Hotel Íris, de Yoko Ogawa, Quetzal Editores, Veneza, Ian Morris, Tinta da China, As Botas do Sargento, Vasco Graça Moura, Quetzal Editores, Naufrágio de Sepúlveda, Vasco Graça Moura, Quetzal Editores

O Pátio de Letras no Onda Culta

O Caderno do Algoz

de Sandro William Junqueira

É antes, um romance de montagem do inconsciente: fragmentos de uma arquitectura humana, urbana e emocional.
Nele encontramos um espaço/cidade/estado sem referências geográficas, temporais, históricas ou políticas. Há personagens que o habitam e se cruzam. Guiados por pontos cardeais: norte, sul, este, oeste. E reféns de uma única estação climática: primavera com chuva e vento. O encadeamento narrativo não obedece a uma estrutura linear. Mas, também, não é uma analepse consciente e planeada. É como se a cabeça que narra os acontecimentos tivesse sido acometida por uma amnésia súbita. E o que surge na memória na pós-amnésia são estilhaços e que o passado e o presente se confundem.

in site da Ed. Caminho

10/06/09

Jam Session no Pátio


Os Amar Guitarra gostaram tanto de tocar (mais uma vez) na esplanada do Pátio de Letras que não só prolongaram o concerto desta tarde para além das 20h00 como foram ficando e, com Inês Machado (voz), Alex (guitarra), Pascal (clarinete e sax) e Rui Afonso (percussão) brindaram quantos ali estiveram à noite, com uma Jam Session NOTÁVEL.

Eu, que pensara passar no Che60 para "dizer presente" no regresso do Pedro Cabeçadas à cena musical, não consegui arredar pé. Desculpa Pedro, espero que tenhas retomado o gosto para que uma próxima oportunidade de te ouvir surja em breve :)

Sábado 13, de manhã, à tarde e à noite... no Pátio de Letras

Comemoração do 121º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa

Aos 1ºs vinte clientes ofereceremos 1 exemplar de "Ode Marítima"
(inciativa editora Alma Azul)






















Sexta f. à noite no Pátio de Letras

09/06/09

Novos livros no Pátio

Aqui fica uma selecção de alguns dos livros que recentemente chegaram ao Pátio de Letras:

Tristessa, Jack Kerouac, Relógio d’Água

A Terra Pura, Alan Spence, Editorial Presença

Um Outro - Crónica de uma Metamorfose, Imre Kertész, Editorial Presença


Dias Tranquilos em Clichy, Henry Miller, Editorial Presença

Barroco Tropical, José Eduardo Agualusa, Dom Quixote

Um Eléctrico Chamado Desejo e Outras Peças, Tennessee Williams, Relógio d’Água

Amanhecer, Stephenie Meyer, Gailivro

Grandes Enigmas da História de Portugal - vol I – da pré-história ao séc. XV, Miguel Sanches Baêna, Paulo Loução, Ésquilo

No Inferno da Opus Dei, Véronique Duborgel, Ambar