ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

26/12/10

Escritores à mesa, de José Quitério - Melhor Livro de Literatura Gastronómica em Portugal.

O livro de José Quitério, Escritores à Mesa (e outros artistas), acaba de ser galardoado com o «Gourmand World Cookbook Awards 2010», na categoria de Melhor Livro de Literatura Gastronómica em Portugal.
Com este prémio passa à fase seguinte, onde irá competir a nível internacional para o prémio «The Best in the World». Os resultados serão anunciados, numa cerimónia a realizar em Paris, no dia 3 de Março de 2011.

23/12/10

Votos a todos quantos...

 
A todos quantos têm permitido, como clientes, que o Pátio de Letras prossiga a sua actividade

A todos que nos animam a continuar, com a sua participação (quando não iniciativa) nas sessões e debates que aqui têm lugar
A todos quantos deixaram o seu poema na nossa árvore de Natal
A todos que nos ajudam a divulgar o nosso trabalho
A todos quanto nos incentivam com palavras sinceras e gestos solidários
A todos os nossos colaboradores, que “vestem a camisola”
A todos os que ainda não são nossos AMIGOS mas hão-de ser... :)

Bem Hajam!
Votos de que tenham Festas Felizes e um Bom Ano de 2011

22/12/10

Escrit'orio e Chimpanzé Intelectual no Pátio de Letras

Duas editoras que são muito bem vindas, tal como O FIO À MEADA - DIÁLOGOS IMPREVISTOS, livro de contos acabado editar pela Escrit'orio, em que participa a nossa dinâmica amiga ADRIANA NOGUEIRA,  professora na Ualg. Parabéns Adriana!


E outros contos mais, de entre eles:




E vários livros infantis, de entre eles:



17/12/10

Gabriel García Márquez, revisitação dos cem anos de solidão...


«...antes de llegar al verso final ya había comprendido que no saldría jamás de ese cuarto (...) porque las estirpes condenadas a cien años de soledad no tenían una segunda oportunidad sobre la tierra.»
Gabriel García Márquez, Cien años de soledad (1967)
Raras vezes volto a reler na íntegra um livro que já tenha lido num tempo mais ou menos remoto. Fico sempre com a estranha sensação de estar a negar-me a hipótese da descoberta de novos horizontes de leitura, de ignorados prazeres estéticos, de mergulhar na aventura das imagens esboçadas com letras, de encontrar o tal livro da minha vida, aquele que teima em escapar-me das mãos. Só que as obras-primas não se encontram com facilidade ao virar da esquina. Então, a revisitação dos clássicos impõe-se. Para todos os efeitos, foram também esses testemunhos abalizados que me ajudaram a crescer e a transformar naquilo que hoje sou, com defeitos e tudo, como convém. É que a perfeição ideal não existe nem na literatura consagrada. Regra geral, sinto a impotência de tecer um resumo minimamente credível que tenha o condão de me recordar esses enredos mágicos, longínquos e fugidios, feitos de palavras esquecidas. Como aquelas que me falavam de uma casa patriarcal, que não parava de crescer, renovar e desfazer, labirinto povoado de seres votados ao mais completo deserto existencial, habitantes compulsivos de todos os silêncios, sem limites nem remissão. Estou a falar da «Casa dos Buendía», que Gabriel García Márquez idealizou há cerca de meio século e etiquetou sugestivamente de Cem anos de solidão (1967).

Depois do livro lido e relido, as palavras voltam a exercer todo o fascínio já experimentado no passado e a imperícia de as parafrasear a repetir-se inexoravelmente. Aliás, o grande mérito das grandes obras de referência abonada reside, como é sabido, na qualidade de se bastarem a si mesmas, sem necessidade de recorrerem a qualquer tipo de amparo externo para se afirmarem como portadoras de sentido. A missão do crítico torna-se em grande parte ociosa ou mesmo inútil. A menos que tenha o bom senso de não querer falar mais alto do que as entidades convocadas pela fábula para nos contarem as suas/nossas sagas. Com toda o decoro que o texto exige, sempre vou dizendo que a história se desenvolve em torno de uma cidade fictícia, criada do nada e por acaso, bem como da dos seus fundadores e descendentes repartidos por quatro gerações, tantas quantas as dos heróis lendários, de seres solitários ao longo de uma centúria bem contada, tal como nos relatos infantis da tradição oral. Nem mais nem menos. O destino trágico registado em sânscrito nos pergaminhos manuscritos do cigano errante, saltimbanco ambulante e sábio alquimista, conhecedor como nenhum outro do percurso familiar dos protagonistas.

Romance de caráter evocativo por excelência, de memórias individuais e coletivas, de fontes antigas e recentes, escritas e orais, de episódios locais e globais. Pouco importa trilhar por esse tipo de sendeiros, todos eles rastreados à saciedade por especialistas e abonados pelo autor. Em Macondo, palco dos dramas contados, tudo é real e tudo é modelizado pela imaginação, base do realismo mágico que povoa todo o emaranhado narrativo e torna ainda mais apetecido o folhear atento de cada uma das páginas em que se inscreve. O engenho inventivo do homem não tem limites visíveis. Até de criar novas leis para o mundo e de as tomar como fidedignas. A escrita tem-se revelado nos últimos cinco milénios uma aliada preciosa para dar voz a essa ilusão edificadora de eternidade. Gabriel García Márquez aprendeu muito cedo a servir-se desse manancial inesgotável e a transferi-lo, à sua maneira, para o universo novelesco dos factos fictícios de possibilidades idealizadas. Um caos inaugural à procura de um caos epigonal. Uma ordem efémera regida por um século solitário a separá-los para todo o sempre. Sem tirar nem pôr. A idade dos heróis dos mitos ancestrais. O ciclo mágico de eventos traçado, porque «as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra». E nada mais há a aditar. O derradeiro ponto final na intriga encerra de vez o relato de todos os relatos. Inflexível, implacável, indiferente à vontade dos leitores de adiarem por mais cem anos a morte anunciada dos solitários da cidade dos fantasmas, das borboletas amarelas e dos médicos invisíveis. A solução será repetir a leitura ou partir para outras fábulas tecidas pela mesma pena e com a mesma mestria, para que a magia da escrita nos volte a surpreender em toda a sua plenitude.

07/12/10

MYRA, de Maria Velho da Costa - mais um prémio


Depois do Ficção P.E.N. Clube, do Máxima de Literatura e do Correntes d'Escritas, mais um prémio para Myra, de Maria Velho da Costa, o Grande Prémio de Literatura DST. O júri era constituído por Vítor Aguiar e Silva (presidente), José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa.
 
No nosso blog, sobre este livro: ver aqui.

05/12/10

Sáb. 11, 21h30 (e não 16h30, como anteriormente anunciado)

NOVAS UTOPIAS PARA RESOLVER VELHOS PROBLEMAS

clicar na imagem para aumentar


Com o autor, Camilo Mortágua 
e J. M. Soares Martins, Presidente da Junta de Freguesia de Almancil


Livro à venda no Pátio de Letras - PVP 12,90 €

"O Estado das Contas Portuguesas - Perspectivas para o Algarve"


“O Estado das Contas Portuguesas - Perspectivas para o Algarve” é o tema da tertúlia que vai ter lugar na 4ª f , dia 16 de Dezembro, às 22H00, no Pátio de Letras..
Promovida pela Associação de Pós-Graduados da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve ( APFEUAlg), o evento tem como objectivo promover uma análise crítica sobre o assunto e identificar perspectivas que contribuam para uma evolução positiva.
A iniciativa conta com a presença do director da Faculdade de Economia da Ualg, Efigénio da Luz Rebelo, bem como com o presidente da AMAL, Macário Correia, e o docente da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, Mendonça Pinto.

27/11/10

OLHARES - UNIDOS NA DIVERSIDADE

Sábado 4 de Dezembro, às 21h30 - inauguração da exposição fotográfica e debate com representantes das comunidades cristã (Padre Miguel Neto), judaica (Claudio Bassani) e islâmica (Radhouan Ben-Hamadou) e dos organizadores (Fabio Carbone e Vaso Cartó, da  HERA - Associação para a Valorização e Protecção do Património)
(clicar nas imagens para aumentar)


exposição patente até 31 de Dezembro

24/11/10

Mário Zambujal, a dama de espadas ou a crónica dos loucos amantes


«As paixões arrebatadas são como o vinho das melhores castas: primeiro alegram, depois embriagam, um dia azedam.»

Mário Zambujal, Dama de Espadas. Crónica dos loucos amantes (2010)
Se me fosse pedido para assinalar uma constante da personalidade do povo português, apontaria de pronto, sem grandes rebuços ou receios de errar, a capacidade que a sabedoria dos séculos lhe tem outorgado de caldear as conjunturas mais cabeludas da vida com uma boa e sonora gargalhada de autocrítica bem-disposta e retemperadora. Que o digam os escárnios e maldizeres das cantigas trovadorescas, as farsas e comédias do teatro vicentino, as ousadias satíricas de Bocage, as paródias naturalistas de Camilo, as ironias corrosivas de Eça, as caricaturas desenhadas do Bordalo e um punhado bem-medido ainda de apodos e motejos sarcásticos, semeados a torto e a direito, um pouco ao deus-dará e ao sabor da maré, pelas mais diversas formas de expressão artística que a modernidade contemporânea tem ensaiado. O anedotário popular tem andado à rédea solta por aí, sem medos nem temores das repressões mais aciduladas, a marcar as balizas culturais com que os sucessivos períodos de apogeu e decadência têm marcado de modo inconfundível o nosso percurso multissecular pela história.

O humor à portuguesa só terá um rival à sua altura no amor à portuguesa. Por vezes associam-se tacitamente e dão corpo às mais saborosas diatribes literárias compostas em verso e prosa a essa castiça imagem de marca de ser o homo lusitanus um pinga-amor inveterado, sempre à procura de novas paixões arrebatadas que lhe preencham os dias e deem verdadeiro sabor à vida. A fama vem de longe, extravasou fronteiras e tem alimentada a verve dos mais destacados vultos da república das letras. Mário Zambujal compara-as aos vinhos das melhores castas nas páginas da Dama de Espadas (2010), que alegram, embriagam e azedam, numa cadência tão fatal como o próprio destino dos homens de nascerem, viverem e morrerem. A sentença é proferida por uma personagem secundaríssima do romance e funciona um pouco como síntese de toda a fábula. Uma história de amores cruzados relatada pelo protagonista. Um entrecruzar de encontros e reencontros fortuitos que ficção tão bem sabe imitar da realidade. Um conjunto de cenas inesperadas e de comicidade permanente que a arte de contar do autor nos tem vindo a habituar de há três décadas a esta parte.

O argumento desta Crónica dos Loucos Amantes (assim reza o subtítulo) é fácil de traçar mas não enveredarei por essa via. Seria roubar aos potenciais leitores o prazer de o descobrirem por si sós, em primeiríssima instância. Limitar-me-ei a dizer que o herói central não deverá ser entendido como um caso perdido de marialvismo fadista irreversível, uma figura-tipo canónica que a tradição castiça tem registado profusamente ao longo dos tempos, tão ao agrado de uns e desagrado de outros. Filipe namora Rosália, apaixona-se por Eva e vive com Graziela. Simples. Puro equívoco. O baralho de cartas com que o intriga se vai tecendo elege a dama de espadas como agente máxima de todas as forças em jogo e põem-na a comandar os fios do destino que regem as relações humanas. O amor e a morte acabam por andar de mãos dadas, convertendo a quase novela passional em livro policial, com um arzinho canalha complementar de reportagem jornalística falhada. Mas como a viúva de serviço ao enredo assiste ao enterro do marido «elegantemente vestida de amarelo», todo a ato fúnebre se transmuda em pantomina burlesca e o melodrama de faca e alguidar em tragicomédia de rir e chorar por mais, como convém nestes tempos conturbados em que vivemos os nossas próprias misérias e imaginamos as alheias.

A boa disposição de Mário Zambujal é contagiante. Conhece-mo-la desde que nos brindou com essa hilariante Crónica dos Bons Malandros da palma da mão à ponta da unha (1980). Entrou de rompante pela porta grande da literatura e aí se tem mantido de pedra e cal como só ocorre com os grandes criadores. Mesmo daqueles que o fazem com palavras simples e sem artifícios discursivos na moda. A sobriedade compositiva ao serviço da escrita, bem à margem de subterfúgios estéticos e malabarismos estruturais. O público tem gostado e a crítica aplaudido. O segredo do sucesso editorial do romancista e dos romances está revelado.

21/11/10

Um Funeral de Cinza Mescla - Leituras Perniciosas: 26/11, 21h30

No Pátio de Letras a "A ÚLTIMA SEXTA-FEIRA" de 2010 é já no dia 26...
A imagem de divulgação da sessão é das mais fortes das inúmeras com que fomos divulgando as sessões culturais que organizámos ou acolhemos... parabéns por isso aos participantes pelo seu contributo e à equipa do Pátio por mais este "produto" comunicacional de gabarito :)
Mas se a imagem é forte, imaginem o conteúdo...O Joaquim Morgado e o Rogério Cão prometem uma noite altamente perniciosa ou não fosse a última sessão das Leituras em 2010... AGENDEM JÁ e No dia 26 á noite digam "presente"!

17/11/10

O novo e os novíssimos Gonçalo M. Tavares

Matteo perdeu o Emprego
 (Porto Editora – PVP 15,50 €)

Ironia e talento, um autor inacreditável. - Courrier Internacional

Um Kafka Português. Irá Gonçalo M. Tavares tornar-se tão exportado como o vinho do Porto ou a saudade? - Le Figaro Magazine

Tavares criou algo atraente, sombriamente belo e inspirado, e totalmente original. - The Independent

Uma Viagem à Índia
 (Ed. Caminho – PVP 25 € )
Com consciência aguda da sua ficcionalidade, navega e vive entre os ecos de mil textos-objectos do nosso imaginário de leitores. Como todos os grandes livros, e este é um deles. - Eduardo Lourenço

A chegar...

O Senhor Eliot e as conferências
(Ed. Caminho – PVP 13,90 €)
Desta vez, Gonçalo M. Tavares escolhe o Senhor Eliot para aumentar as personalidades que habitam o seu Bairro. E o Senhor Eliot faz sete conferências sobre versos de outros sete poetas. No mesmo nível de inteligência, um dos mais destacados nomes da literatura portuguesa lança agora o décimo livro desta colecção.

14/11/10

Mario Vargas Llosa, os folhetins da tia Júlia & do escrevedor


«En ese tiempo remoto, yo era muy joven y vivía con mis abuelos en una quinta de paredes blancas de la calle Ocharán, en Miraflores. Estudiaba en San Marcos, Derecho, creo, resignado a ganarme más tarde la vida con una profesión liberal, aunque, en el fondo, me hubiera gustado más llegar a ser un escritor.»
Mario Vargas Llosa, La tía Julia y el escribidor (1977)
Uma das imagens mais vivas que guardo da infância é a de observar a minha avó encostada à telefonia a ouvir a Simples-mente Maria patrocinada pelo teatro Tide, a história mirabolante e interminável da «coxinha», folhetim radiodifundido pelas ondas hertzianas já não sei se da Rádio Renascença se do Rádio Clube Português. Pouco importa. Lembro-me de a ver chorar, gritar, barafustar e interpelar as personagens à espera de uma resposta que naturalmente nunca lhe era dada. Com o meu avô as coisas passavam-se de modo mais calmo. Para além das partidas de hóquei em patins em que Portugal ainda ia ganhando títulos à Espanha, limitava-se a seguir muito tranquilamente os folhetins que O Século ou o Diário de Notícias publicavam regularmente em tiras destacáveis, que depois recortava e coligia metodicamente para memória futura. Passados esses instantes mágicos, gostaria de saber a forma como reagiriam às versões atualizadas das telenovelas transmitidas em doses industriais e sotaques variados pelos canais abertos da RTP, TVI ou SIC. As circunstâncias obrigam-me e ficar pelas meras conjeturas que até nem são muito difíceis de gizar.

Mario Vargas Llosa não nos descreve nas páginas d’ A tia Júlia e o escrevedor (1977) nenhuma cena semelhante à que presenciei nos meus tempos de menino e moço em período de férias estivais. Limita-se a recuar até essa já longínqua década de 50 (em que as radionovelas eram rainhas também na outra margem do Atlântico e competiam renhidamente pela liderança na guerra das audiências) ao encontro de um jovem peruano de 18 anos de idade, estudante universitário de direito, diretor de informação na Radio Panamericana, biscateiro coercivo de muitos mesteres e contista praticante nos escassos momentos livres que lhe restavam. Os amigos e familiares tratam-no por Marito ou Varguitas e os colegas por don Mario, mas nenhum deles por Llosita, diminutivo que nós, leitores, gostaríamos de ver averbado no papel, para lobrigarmos o autor convertido no protagonista e narrador do romance que temos entre mãos a revelar-nos, de viva voz, os primeiros passos que traçara nos meandros da escrita e do amor. As nossas suspeitas converter-se-iam em certezas, mas a ficção literária seria lamentavelmente traída pela biografia factual.

A urdidura deste relato das aprendizagens do herói reparte-se por dois eixos narrativos paralelos já anunciados no título: a tia Júlia e o escrevedor. Dois bolivianos de nascimento que os acidentes da vida colocaram em terras peruanas. Com a primeira, irmã de uma tia por afinidade, divorciada, à procura de marido e com 32 anos de idade, estabelecerá um complexo relacionamento sentimental, marcado pelo enamoramento dissimulado, casamento proibido e separação consentida. Com Pedro Camacho, o escriba de folhetins radiofónicos de maior sucesso em todo o espaço sul-americano, na casa dos 50 anos, erigirá uma ténue camaradagem profissional, própria de quem é obrigado a privar quotidianamente em locais contíguos de trabalho. Afastado o labéu do incesto do primeiro caso, sobram-nos as peripécias novelescas do segundo. Surpreendentes, espantosas e inconclusas todas elas, como convém ao género. Nos nove libretos esboçados, predominam as alusões a tragédias, dramas, parábolas e desventuras mil, a dar corpo a outros tantos rádio-teatros transmitidos simultaneamente ao longo do dia pela Rádio Central. O cansaço provocado pela criação em série leva o criador a confundir os episódios, a misturar os textos, a trocar as personagens, a baralhar os ouvintes. O recurso providencial a incêndios, terramotos e naufrágios catastróficos para reparar as barafundas criadas não é bem aceite pelos produtores que o internam por insanidade mental.

A tia Júlia e o escrevedor não é o primeiro nem o último romance de Mario Vargas Llosa. Nem pouco mais ou menos. É aquele em que se traça a história de alguém que deseja a todo o custo singrar nos universos da escrita, que se inspira nas histórias reais de vida para compor uma série de contos que um olhar crítico mais atento aconselha a remeter para o caixote do lixo. Conhecemos o argumento de seis deles. Ignoro se algum terá sido recuperado e publicado em livro. A obra do autor é vasta e as minhas leituras diminutas. Composto 33 anos antes de ter sido galardoado com o prémio Nobel da literatura, o relato autobiográfico do mestre dos sete ofícios acaba por ser uma premonição do próprio percurso do romancista. A arte de criar enredos está toda presente nas formas narrativas convocadas: a novela de aprendizagem, o folhetim radiofónico e o conto realista. A academia sueca apercebeu-se desse percurso ímpar e agiu em conformidade. O nosso aplauso e está tudo dito…

10/11/10

novidades editoriais: destaques Pátio de Letras

Ficção: LUIS SEPULVEDA- HISTÓRIAS DAQUI E DALI; ROBERTO BOLAÑO - LITERATURA NAZI NAS AMERICAS

Ensaio: O novo e o anterior de JACQUES RANCIÈRE: ESPECTADOR EMANCIPADO e MESTRE IGNORANTE

Design de comunicação (secção em crescimento no Pátio de Letras): ALFABETOS - CALIGRAFIA E TIPOGRAFIA

E finalmente, da Ed. Ullmann (em português), com direito a caixa e saco de pano… PVP 172,00 €


08/11/10

Segunda edição do Ciclo Artes e Comunicação do CIAC

No dia 18 de Novembro, quinta-feira, pelas 18h00, o Pátio de Letras, em Faro, será palco do segundo evento do Ciclo de Artes e Comunicação do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação), da Universidade do Algarve.


O Ciclo de Artes e Comunicação consta de sessões de lançamento dos livros e revistas publicados pelo CIAC.
Esta segunda edição apresenta o livro Cenários em Ruínas. A realidade imaginária contemporânea, da autoria do Professor Doutor Nelson Brissac Peixoto, da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC/SP, Brasil), e a edição nº35 da Revista Iberoamericana Comunicar, publicada pela Universidade de Huelva.

Cenários em Ruínas. A realidade imaginária contemporânea, o segundo livro da colecção Artes e Media, uma parceria do CIAC com a editora Gradiva, apresenta ensaios sobre cinema e debate o modo como as imagens contemporâneas moldam a nossa concepção de nós mesmos e do mundo que nos rodeia. Num retrato claro da condição contemporânea de ser estrangeiro no próprio país, o livro de Nelson Brissac Peixoto abre-nos as portas do mundo onde tudo é *imagerie*, personagens de histórias criadas pelo cinema. Esta mitologia pop tende, num mundo saturado pelos media, a perder todo o significado. Mas também pode ajudar a construir a nossa identidade e o nosso lugar. Tudo narrado através dos romances e filmes de detective, das histórias de viagens e westerns, retomados pelo cinema contemporâneo – de W.
Wenders a J. Jarmush – com o tema do exílio interior.

A revista Iberoamericana Comunicar nº 35 é uma edição especial conjunta do CIAC e da Universidade de Huelva, cujo Dossier Temático bilíngue (espanhol e inglês), coordenado pelo Prof. Doutor Vítor Reia-Baptista, incide sobre As Linguagens Fílmicas como suporte da Memória Colectiva  Europeia

O evento contará com a presença do Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, Nelson Brissac Peixoto, do Prof. Doutor Ignacio Aguaded-Gómez, editor e Vice-Reitor da Universidade de Huelva, e dos Professores Mirian Tavares e Vítor Reia-Baptista, Investigadores do CIAC e Professores da Universidade do Algarve.

Mais uma iniciativa do CIAC a não perder!

6ª f 12 Nov, 21h30 - Homenagem a Alvaro Cunqueiro

"A editora Guerra e Paz vai lançar a tradução portuguesa (da mão de António Paço) do livro O ano do Cometa, do genial Álvaro Cunqueiro. Fui convidado para, junto com o tradutor, fazer a apresentação. O evento é no Pátio de Letras na sexta dia 12 de Novembro às 21:30 horas.

Falaremos um bocadinho sobre o autor, o livro e a maravilha de sonhos que traz consigo. Pode que também se fale de Merlín, Simbad, o incerto senhor Dom Hamlet ou músicos franceses que viajam em carruagens acompanhados por mortos. Quem sabe?

Seria ideal contar com a vossa presença.

Antonio Mira"


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04/11/10

SERIGRAFIAS e GRAVURAS de autores portugueses

bem como livros com e sem serigrafias - no Pátio de Letras para venda, a "preços de crise"

ALVARO SIZA        BARTOLOMEU CID          
CARLOS CALVET       CRUZEIRO SEIXAS         
GRAÇA MORAIS             JOAQUIM RODRIGO
 LIMA DE FREITAS          MANOLO MANTERO
MANUEL CASIMIRO           NIKIAS SKAPINAKIS
PAIVA RAPOSO                RODRIGO FERREIRA       
ROCHA DA SILVA

Sábado 6 Nov., 21h30


 Sábado 6 de Novembro, 21h30, no Pátio de Letras
Apresentação da exposição e debate com

Regina Marques - Membro do Conselho e Direcção Nacional do MDM
Radhouan Ben-Hamadou  - Associação de Cultura Islâmica do Algarve

Música e Poesia com :
Afonso Dias
*

Exposição patente de 6 a 30 Novembro 2010

03/11/10

no prelo: Direito Internacional da Pobreza - um discurso emergente


AUTOR: LUCY WILLIAMS

Editora: SURURU
Colecção:
ECONOMIA E DEMOCRACIA

PVP: 20 €

Dicionário de Língua Gestual Portuguesa

Obra de referência na área da Língua Gestual Portuguesa

Valioso instrumento de educação e de promoção da cidadania
Cerca de 5000 entradas
Mais de 15 000 imagens ilustrativas
Descrição de todos os gestos
Organização acessível e clara
Anexos com as principais configurações usadas na obra

Vídeos de todas as entradas reunidos no DVD-ROM que acompanha o dicionário

O Dicionário de Língua Gestual Portuguesa representa, tanto do ponto de vista social, como cultural, um marco na valorização desta forma de expressão que é, desde 1997, uma das línguas oficiais de Portugal.

Foi organizado especificamente para o contexto português por Ana Bela Baltazar, especialista em língua gestual, que exerce funções de intérprete na Rádio Televisão Portuguesa e na Associação de Surdos do Porto e é presidente do Centro de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual, para além de ter a seu cargo a docência de várias disciplinas do âmbito da Língua Gestual.

Preenchendo uma lacuna há muito sentida no mercado editorial português, este dicionário procura auxiliar uma comunidade cada vez mais vasta de utilizadores, quer a título pessoal ou profissional.

25/10/10

Maria Velho da Costa, as histórias peregrinas de Myra & Rambô...


«Não tenhas medo, miúda. Em todas as histórias há sempre uma ponta de paraíso, um véu de clemência que estende uma ponta, fugaz que seja.»

Maria Velho da Costa, Myra (2008)
Maria Velho da Costa nunca foi uma escritora convencional, nunca pactuou com o facilitismo do verbo feito por peso e medida, nunca se curvou ao gosto esteriotipado das leituras inócuas e ingénuas. Sempre escreveu sem papas na língua nem meias tintas, sem rodeios nem paninhos quentes. Disse sempre o que tinha a dizer e não aquilo que os outros gostariam de ouvir. Contra tudo e contra todos. Em nome individual e coletivo. A polémica gerada em torno das Novas Cartas Portuguesas (1972), tecidas em parceria com Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno – com quem formou as «Três Marias» – não lhe quebrou o ânimo de prosseguir o rumo pessoal por si traçado de se mover no mundo da literatura. Aquele que sempre se regeu pela recusa dos valores tradicionais anquilosados pelo tempo. A condição feminina tem marcado uma presença constante neste percurso de palavras feitas em forma de letra. O exemplo libertário de Mariana Alcoforado, a religiosa de Beja e presuntiva autora das anónimas Lettres Portugaises (1619), a inspiradora atestada da continuação moderna referida, que tanta tinta têm feito correr ao longo de quatro centúrias mal contadas, será depois retomado em muitas outras páginas de ficção romanesca e de feição ensaística. As personagens até podem mudar de nome, identificar-se com uma Maina Mendes (1969), viver em Casas Pardas (1977), rescender aos aromas revolucionários da Lucialima (1983) ou frequentar os ritos místicos da Missa in Albis (1988), que o empenho inconformista da mulher se mantém inalderado. Até à vitória final, diriam os panfletos políticos que a autora só registaria como mero exercício de estilo ou testemunho literário de uma época.

O último romance de Maria Velho da Costa conta-nos a vida de Myra (2008), uma jovem imigrante russa em terras lusas, que tanto assume ser apelidada de Sónia, Sophia, Helena, Ekaterina, Catarina, Kate, como ser alcunhada de Mula Ruça e Maria-Flor. Quando a vemos pela primeira vez, encontramo-la entregue à mais perfeita solidão e a caminhar em direção ao mar. Depois, descobre a presença de Rambô, um cão de luta, um cão de morte, um pitbull terrier ferido, tão mais infeliz do que ela, e que, por isso mesmo, furta ao maltrato dos donos e passa a chamar por César, Fritz, Piloto, Douro, Ivan. É que, como a própria trama novelesca regista e as vicissitudes do dia-a-dia se encarregam de confirmar, «um nome é um destino». A relação de amizade entre a criança indefesa e o animal feroz e as peregrinações continuadas dos dois pelos sendeiros do infortúnio conduzem-nos, com alguma fatalidade, aos universos de uma certa picaresca feminina que a inventiva dos séculos de ouro peninsular popularizou. A genealogia algo duvidosa da protagonista, os castigos físicos que lhe são infligidos, a fome, o medo, o abandono a que é votada, as mentiras, os disfarces, as falsas identidades, os encontros fortuitos de caminho, os amos e protetores, o convívio com o vício e a marginalidade, a arte e manha da sobrevivência quotidiana não faltam. Só que o humor tão típico do género prima pela ausência. É o horror que prevalece ao longo de toda a tessitura efabulativa. A ironia bem-disposta que convida a uma boa gargalhada é substituída pelo sarcasmo mais desapiedado que imaginar se possa, em que não há lugar a um simples sorriso ou esgare nervoso. Escusado será dizer que a instância narrativa lhe nega um final feliz, para a aproximar ainda mais da própria realidade que nos rodeia. A atual, a pós-moderna, a inaugurada com o terceiro milénio.

A escrita da Maria Velho da Costa é tudo menos simples. Já foi etiquetada de polifónica, labiríntica, fragmentária, caleidoscópica. Myra não foge em muito a este quadro de experimentalismo linguístico. Trata-se de um relato memorialista exposto a várias vozes, na fronteira da parábola e da fábula, a poucos passos do realismo mágico da latinidade ibero-americana. O processo de amadurecimento da autora enveredou para um discurso mais fluido, mais fluente, mais fácil de seguir, talvez por estar centrado na existência de uma criança a despertar para a vida, ainda que obrigada a comportar-se como uma adulta a quem negaram o direito à infância e à adolescência. Segundo a lição do texto, expressa pela heroína ao fiel companheiro de adversidade, «Há dempre mais maus que os maus, Ivan. Mais terríveis do que os terríveis». Amarga consolação para esta nossa inútil passagem pela mundo, esta nossa travessia de um deserto sempre às margens do «dano» e nas esteiras da «dor».

23/10/10

O "novo Bolaño" já nas bancas

A Literatura Nazi nas Américas é uma enciclopédia ficcional composta de pequenas biografias de autores pan-americanos imaginários. Estes nazis literários —fascistas, fanáticos e reaccionários —são retratados numa galeria de medíocres alienados, snobes, oportunistas, narcisistas e criminosos.

Numa entrevista, Roberto Bolaño referiu-se aos seus autores nazis na América como uma metáfora do mundo das letras, às vezes heróico, outras desprezível.

E, na verdade, ainda que inventados, estes escritores são personagens de histórias, essas sim reais, de grandes nomes da literatura das américas.
 
Editora QUETZAL - PVP 15,95 €

22/10/10

Astrologia Kármica, Humanista e Transpessoal, com João Moreira Santos

Sábado dia 30  (sala com entrada junto ao bar): das 10h às 13h30 e das 115h às 18h
WORKSHOP: Fundamentos da Astrologia Humanista, Kármica e Transpessoal
- às 21h30, na esplanada do  Pátio de Letras:
Apresentação pública: "100 Reflexões para uma Vida Maior: Para um novo Homem numa nova Era" - o seu recém-editado livro

Domingo dia 31, a partir das 10h00 (sala com entrada junto ao bar): consultas, mediante marcação prévia

Inscrições: Pátio de Letras

O formador e autor, João Moreira Santos:
A dedicação de João Moreira Santos à Astrologia, particularmente ao seu ensino, surgiu depois de uma carreira profissional no meio empresarial e também universitário – onde leccionou durante cerca de 10 anos – estando actualmente a terminar o seu doutoramento em Ciências da Informação.

Interessou-se pela Astrologia no final dos anos 90, ainda como autodidacta, e no início do novo século ingressou no QUIRON – Centro Português de Astrologia, tendo estudado ao longo de sete anos com Maria Flávia de Monsaraz, José Augusto, Alan Oken, Margarida Amaro, Luc Bigé e Nuno Michaels.

Em 2007/08, realizou o seu primeiro Curso de Astrologia, iniciativa embrionária do pioneirismo que assumiu em 2009 ao levar pela primeira vez o ensino desta sabedoria milenar ao Banco de Portugal e, já em 2010, a empresas da área farmacêutica/química. Neste mesmo ano, participou como orador no XXVII Congresso Ibérico de Astrologia (Maio) e na Expo Sénior (Março).

Entre as suas actividades do presente contam-se as consultas privadas, a formação, a redacção de artigos para revistas e a autoria de livros na área da Astrologia e Nova Era, incluindo A Voz da Alma, 101 Intuimentos para uma Vida Maior (no prelo) e uma obra sobre os aspectos astrológicos, escrita em parceria com José Augusto. Colaborou também na edição de um livro da autoria de Maria Flávia de Monsaraz (11 Entrevistas e um Poema de Sempre; Junho 2010).

Acabadinho de sair: "OS DONOS DE PORTUGAL - Cem anos de poder económico em Portugal (1910-2010)"

APRESENTAÇÃO no Pátio de Letras, por Francisco Louçã e Cecília Honório - 5ª f 28, 18h00


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20/10/10

Já o temos! Viagem á India, de G. M. Tavres

“Uma Viagem à Índia, com consciência aguda da sua ficcionalidade, navega e vive entre os ecos de mil textos-objectos do nosso imaginário de leitores. Como todos os grandes livros, e este é um deles.”

Eduardo Lourenço
 
Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970 e publicou a sua primeira obra em Dezembro de 2001. Desde aí já conquistou a crítica, uma legião de leitores e vários prémios nacionais e internacionais – Prémio Portugal Telecom (Brasil), Prémio José Saramago, Prémio LER/Millennium BCP, Prémio Branquinho da
Fonseca, Prémio Revelação de Poesia e Grande Prémio de Conto da APE, Prémio Internazionale Trieste (Itália) e Prémio Belgrado Poesia (Sérvia). Foi ainda nomeado para o Prix Cévennes 2009 – Prémio para o melhor romance europeu (França).

15/10/10

ADOPÇÃO - debate e apresentação de livro a favor do Refúgio Aboim Ascensão


Rosa Varela, autora deste livro infantil e Paulo Sargento dos Santos, psicólogo clínico, apresentam a obra e colocam em debate o tema ADOPÇÃO. A sessão contará ainda com a participação de  Luis Villas-Boas, Director do Refúgio Aboim Ascensão.

O livro -  que explica ás crianças que o amor não nasce, obrigatoriamente, dos laços de sangue -  é prefaciado pela Drª Maria Barroso,  Presidente da Emergência Infantil em Portugal.

Os direitos de autor da obra revertem a 100% para o Refúgio Aboim Ascensão, instituição de apoio à infância desvalida.

Ajude-nos a ajudar: participe e divulgue!

Rosa Varela é licenciada em Educação Especial, professora de crianças e jovens com graves dificuldades de aprendizagem, em situações de risco, filhos de famílias disfuncionais a vários níveis.Em projecto de Doutoramento na Universidade de Aveiro

Paulo Sargento dos Santos é licenciado em Psicologia Clínica, com pós-graduação em Psicologia Legal e em Psicologia do Desenvolvimento. É Professor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias desde 1991 e Sub-Director do Departamento de Psicologia, onde é responsável pelo tronco comum.

14/10/10

Fernando Cabrita vencedor do Prémio de Poesia Palavra Ibérica

Parabéns Fernando!

"O poeta algarvio Fernando Cabrita é o vencedor da edição portuguesa do Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica 2010.
O prémio resulta de uma colaboração entre a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e o Sulscrito – Círculo Literário do Algarve, em parceira com a Câmara de Punta Umbría (Espanha).
O valor do prémio é de 2500 euros e a obra vencedora é publicada na colecção Palavra Ibérica, em edição bilingue.
Além de Fernando Cabrita, o júri decidiu atribuir duas menções honrosas aos originais "Um Coração Simples", de Daniel Gonçalves, e "Sonetos de Pasmo, Esperança e Solidão", de Joaquim da Conceição Barão Rato.


Fernando Cabrita, que nasceu em Olhão em 1954, teve a sua primeira obra, “Os Amantes em Silêncio”, editada em 1980. A sua obra anterior a “Ode à Liberdade e Outros Poemas”, “O Livro da Casa”, foi publicada em 2008 pela editora Gente Singular,e valeu-lhe o Prémio Nacional de Poesia Mário Viegas. Entre os outros prémios que recebeu ao longo da sua carreira estão o Prémio Sílex (1980), Prémio Cidade de Olhão (1987) e Prémio Nacional de Poesia João de Deus (1997). Colaborou também com diversos jornais e revistas.

Na edição anterior do Prémio Internacional de Poesia Ibérica, o vencedor tinha sido Maria do Sameiro Barroso, com “Uma Ânfora no Horizonte”, enquanto em 2008 o vencedor foi Amadeu Baptista, com o livro “Sobre as Imagens”.

13/10/10

O Economista Acidental - apresentação Sáb. 16, às 17h30

Apresentação, no Pátio de Letras,  do novísimo livro de Miguel Szymanski,  jornalista nosso conterrâneo, pelo Dr. João Vieira Branco.



Somos todos economistas acidentais: Hoje toda a gente negoceia empréstimos, transfere dívidas de um banco para o outro, tem vários cartões de débito e de crédito, compra carros e vende casas. Não somos engenheiros acidentais, nem médicos acidentais, não fazemos cálculos de estática nem operações ao apêndice. Mas fazemos operações bancárias e em bolsa. Se há trinta anos fosse ao seu banco pedir um crédito para ir de férias ou para lhe anteciparem o pagamento do seu ordenado, o mais certo era pensarem que estava a precisar de apoio psiquiátrico. Hoje, mulheres e homens de todas as idades têm que ser economistas acidentais, que queiram, quer não. Talvez por isso seja tão frequente acontecerem...acidentes. Para os evitar e ajudar a ver melhor os riscos e obstáculos na perigosa estrada das decisões económicas, e a pedido de muitos leitores, chega agora a oportunidade de ler, em livro, as crónicas do Economista Acidental publicadas mensalmente na revista GQ.

(sinopse: fonte- editora BABEL)

08/10/10

Raridade Vargas Llosa No Pátio de Letras

Como sempre... muitas das obras editadas em português do laureado com o Prémio Nobel estão esgotadas... ou quase.
A D. Quixote prepara em força reedições, mas não de todos os títulos do autor que tem no seu catálogo.
É o caso de A CASA VERDE, que não vai ser reeditado pela D. Quixote e de que o Pátio dispõe de 2 exemplares...

Outros títulos que temos no Pátio:
CONVERSA N'A CATEDRAL
PANTALEÃO E AS VISITADORAS
TIA JULIA E O ESCREVEDOR
TRAVESSURAS DA MENINA MÁ
CARTAS A UM JOVEM ROMANCISTA
A FESTA DO CHIBO (livro de bolso)

Mural de homenagem a Francisco Zambujal: inauguração hoje, 8 Out, às 10h30

Inauguração de Mural em cerâmica na Escola EB n1 (Escola de São Luis)
O projecto,. idealizado por Pedro Bartilotti e Osvaldo Macedo de Sousa, com a cumplicidade dos artistas Carlos Laranjeira, Fernando Madeira, Pedro Ribeiro Ferreira e Ricardo Galvão, sem esquecer o apoio técnico do Mestre Mexias, vai finalmente ver a luz do dia e ser partilhado com os Farenses, com os amigos, com os admiradores.


Trata-se do último acto´público do conjunto de iniciativas de homenagem ao caricaturista/pedagogo Francisco Zambujal que decorrem em Faro desde o passado dia 4 de Setembro.

É hoje, portanto, o último dia em que pode visitar as exposições patentes na CCRA, n'Os Artistas e no Pátio de Letras.
 
O catálogo da exposição continuará à venda no Pátio de Letras (PVP 8 €)

06/10/10

AGENDAS PERPÉTUAS no Pátio de Letras

AGENDA GASTRONÓMICA - PVP 23,72 €
clicar na imagem para ler

AGENDA LITERÁRIA - PVP 8,59 €


Agenda Mário de Sá-Carneiro - PVP 23,72 €
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alguns "Doces e Salgados" algarvios no Pátio de Letras

 
Aguardentes de frutos e Licores do Algarve - Ed. Colibri - PVP 15,15 €
Doçaria Tradicional do Algarve - Ed. Colareas - PVP 18,07 €

Cozinha Regional do Algarve - Ed. Europa América
15% desconto sobre o PVP de 12,61 €

Livro grande, de capa dura, Ed. Assírio & Alvim; PVP 35,33 €

Livro grande, de capa dura, Ed. Assírio & Alvim;  BILINGUE; PVP 38,36 €
Best Easy Recipes Book - Gourmand World Cookbook Awards 2009

Ed. Colares; PVP 16, 96 €
clicar na imagem abaixo para ler a sinopse