ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

26/12/10

Escritores à mesa, de José Quitério - Melhor Livro de Literatura Gastronómica em Portugal.

O livro de José Quitério, Escritores à Mesa (e outros artistas), acaba de ser galardoado com o «Gourmand World Cookbook Awards 2010», na categoria de Melhor Livro de Literatura Gastronómica em Portugal.
Com este prémio passa à fase seguinte, onde irá competir a nível internacional para o prémio «The Best in the World». Os resultados serão anunciados, numa cerimónia a realizar em Paris, no dia 3 de Março de 2011.

23/12/10

Votos a todos quantos...

 
A todos quantos têm permitido, como clientes, que o Pátio de Letras prossiga a sua actividade

A todos que nos animam a continuar, com a sua participação (quando não iniciativa) nas sessões e debates que aqui têm lugar
A todos quantos deixaram o seu poema na nossa árvore de Natal
A todos que nos ajudam a divulgar o nosso trabalho
A todos quanto nos incentivam com palavras sinceras e gestos solidários
A todos os nossos colaboradores, que “vestem a camisola”
A todos os que ainda não são nossos AMIGOS mas hão-de ser... :)

Bem Hajam!
Votos de que tenham Festas Felizes e um Bom Ano de 2011

22/12/10

Escrit'orio e Chimpanzé Intelectual no Pátio de Letras

Duas editoras que são muito bem vindas, tal como O FIO À MEADA - DIÁLOGOS IMPREVISTOS, livro de contos acabado editar pela Escrit'orio, em que participa a nossa dinâmica amiga ADRIANA NOGUEIRA,  professora na Ualg. Parabéns Adriana!


E outros contos mais, de entre eles:




E vários livros infantis, de entre eles:



17/12/10

Gabriel García Márquez, revisitação dos cem anos de solidão...


«...antes de llegar al verso final ya había comprendido que no saldría jamás de ese cuarto (...) porque las estirpes condenadas a cien años de soledad no tenían una segunda oportunidad sobre la tierra.»
Gabriel García Márquez, Cien años de soledad (1967)
Raras vezes volto a reler na íntegra um livro que já tenha lido num tempo mais ou menos remoto. Fico sempre com a estranha sensação de estar a negar-me a hipótese da descoberta de novos horizontes de leitura, de ignorados prazeres estéticos, de mergulhar na aventura das imagens esboçadas com letras, de encontrar o tal livro da minha vida, aquele que teima em escapar-me das mãos. Só que as obras-primas não se encontram com facilidade ao virar da esquina. Então, a revisitação dos clássicos impõe-se. Para todos os efeitos, foram também esses testemunhos abalizados que me ajudaram a crescer e a transformar naquilo que hoje sou, com defeitos e tudo, como convém. É que a perfeição ideal não existe nem na literatura consagrada. Regra geral, sinto a impotência de tecer um resumo minimamente credível que tenha o condão de me recordar esses enredos mágicos, longínquos e fugidios, feitos de palavras esquecidas. Como aquelas que me falavam de uma casa patriarcal, que não parava de crescer, renovar e desfazer, labirinto povoado de seres votados ao mais completo deserto existencial, habitantes compulsivos de todos os silêncios, sem limites nem remissão. Estou a falar da «Casa dos Buendía», que Gabriel García Márquez idealizou há cerca de meio século e etiquetou sugestivamente de Cem anos de solidão (1967).

Depois do livro lido e relido, as palavras voltam a exercer todo o fascínio já experimentado no passado e a imperícia de as parafrasear a repetir-se inexoravelmente. Aliás, o grande mérito das grandes obras de referência abonada reside, como é sabido, na qualidade de se bastarem a si mesmas, sem necessidade de recorrerem a qualquer tipo de amparo externo para se afirmarem como portadoras de sentido. A missão do crítico torna-se em grande parte ociosa ou mesmo inútil. A menos que tenha o bom senso de não querer falar mais alto do que as entidades convocadas pela fábula para nos contarem as suas/nossas sagas. Com toda o decoro que o texto exige, sempre vou dizendo que a história se desenvolve em torno de uma cidade fictícia, criada do nada e por acaso, bem como da dos seus fundadores e descendentes repartidos por quatro gerações, tantas quantas as dos heróis lendários, de seres solitários ao longo de uma centúria bem contada, tal como nos relatos infantis da tradição oral. Nem mais nem menos. O destino trágico registado em sânscrito nos pergaminhos manuscritos do cigano errante, saltimbanco ambulante e sábio alquimista, conhecedor como nenhum outro do percurso familiar dos protagonistas.

Romance de caráter evocativo por excelência, de memórias individuais e coletivas, de fontes antigas e recentes, escritas e orais, de episódios locais e globais. Pouco importa trilhar por esse tipo de sendeiros, todos eles rastreados à saciedade por especialistas e abonados pelo autor. Em Macondo, palco dos dramas contados, tudo é real e tudo é modelizado pela imaginação, base do realismo mágico que povoa todo o emaranhado narrativo e torna ainda mais apetecido o folhear atento de cada uma das páginas em que se inscreve. O engenho inventivo do homem não tem limites visíveis. Até de criar novas leis para o mundo e de as tomar como fidedignas. A escrita tem-se revelado nos últimos cinco milénios uma aliada preciosa para dar voz a essa ilusão edificadora de eternidade. Gabriel García Márquez aprendeu muito cedo a servir-se desse manancial inesgotável e a transferi-lo, à sua maneira, para o universo novelesco dos factos fictícios de possibilidades idealizadas. Um caos inaugural à procura de um caos epigonal. Uma ordem efémera regida por um século solitário a separá-los para todo o sempre. Sem tirar nem pôr. A idade dos heróis dos mitos ancestrais. O ciclo mágico de eventos traçado, porque «as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra». E nada mais há a aditar. O derradeiro ponto final na intriga encerra de vez o relato de todos os relatos. Inflexível, implacável, indiferente à vontade dos leitores de adiarem por mais cem anos a morte anunciada dos solitários da cidade dos fantasmas, das borboletas amarelas e dos médicos invisíveis. A solução será repetir a leitura ou partir para outras fábulas tecidas pela mesma pena e com a mesma mestria, para que a magia da escrita nos volte a surpreender em toda a sua plenitude.

07/12/10

MYRA, de Maria Velho da Costa - mais um prémio


Depois do Ficção P.E.N. Clube, do Máxima de Literatura e do Correntes d'Escritas, mais um prémio para Myra, de Maria Velho da Costa, o Grande Prémio de Literatura DST. O júri era constituído por Vítor Aguiar e Silva (presidente), José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa.
 
No nosso blog, sobre este livro: ver aqui.

05/12/10

Sáb. 11, 21h30 (e não 16h30, como anteriormente anunciado)

NOVAS UTOPIAS PARA RESOLVER VELHOS PROBLEMAS

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Com o autor, Camilo Mortágua 
e J. M. Soares Martins, Presidente da Junta de Freguesia de Almancil


Livro à venda no Pátio de Letras - PVP 12,90 €

"O Estado das Contas Portuguesas - Perspectivas para o Algarve"


“O Estado das Contas Portuguesas - Perspectivas para o Algarve” é o tema da tertúlia que vai ter lugar na 4ª f , dia 16 de Dezembro, às 22H00, no Pátio de Letras..
Promovida pela Associação de Pós-Graduados da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve ( APFEUAlg), o evento tem como objectivo promover uma análise crítica sobre o assunto e identificar perspectivas que contribuam para uma evolução positiva.
A iniciativa conta com a presença do director da Faculdade de Economia da Ualg, Efigénio da Luz Rebelo, bem como com o presidente da AMAL, Macário Correia, e o docente da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, Mendonça Pinto.