O escritor norte-americano Philip Roth, cuja obra em Portugal é publicada pela Dom Quixote, acaba de ser distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras de 2012. Oriundo de uma família judia, Philip Roth, que ano após ano é apontado como um dos possíveis vencedores do Prémio Nobel da Literatura, é hoje considerado um dos mais influentes escritores vivos e um dos nomes mais sonantes da literatura americana. Estreou-se, em 1959, com o livro Goodbye, Columbus, acabado de editar pela Dom Quixote, e daí para cá tem recebido todos os prémios literários mais importantes dentro e fora dos EUA.
Os seus livros reflectem, de forma magistral, os temores, os medos, as ansiedades e as misérias da sociedade actual. “A narrativa de Philip Roth faz parte de uma grande tradição novelística americana, seguindo o rumo de John dos Passos, Scott Fitzgerald, Hemingway, Faulkner ou Bellow”, podia ler-se no comunicado elaborado pelo júri do Prémio.
Philip Roth, o único escritor vivo cuja obra tem vindo a ser editada pela The Library of America, sucedeu assim a Leonard Cohen, vencedor da edição de 2011. O Prémio Príncipe das Astúrias consiste num diploma, numa insígnia, numa escultura de Joan Miró e num prémio monetário no valor de 50 mil euros.
Natural de Newark, onde nasceu em 1933, Philip Roth ganhou o Prémio Pulitzer com o livro Pastoral Americana. No ano seguinte, recebeu a Medalha Nacional de Artes da Casa Branca e, em 2002, o mais alto galardão da Academia Americana de Artes e Letras, a Medalha de Ouro da Ficção, anteriormente atribuída, entre outros, a John dos Passos, William Faulkner e Saul Bellow. Ganhou três vezes o PEN/Faulkner Award e o National Book Critics Award.
Em 2005, A Conspiração Contra a América recebeu o Prémio da Sociedade de Historiadores Americanos pelo “excepcional romance histórico sobre um tema americano, relativo a 2003-2004”.
Recentemente, Roth recebeu dois dos mais prestigiados prémios do PEN: em 2006, o PEN/Nabokov “pelo conjunto da obra (…) de originalidade constante e artisticamente perfeita” e, em 2007, o PEN/Saul Bellow de Consagração na Ficção Americana, dado ao escritor cujo apuro ao longo de uma carreira sustentada o coloca ao mais alto nível da literatura americana.
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