Na noite de 13 de Julho, às 22h, o Pátio apresenta o documentário ”Alves Redol, Memórias e Testemunhos” de Francisco Manso, na presença do arealizador e do filho do escritor, António Redol.
No mesmo dia, a CCRA inaugura, em colaboração com o Pátio, uma exposição evocativa da... vida e obra do autor neo-realista, que reúne um espólio documental e biobibliográfico.
O documentário, produzido em 2011 por ocasião do centenário do nascimento de Alves Redol, é o tributo ao humanista que amou e retratou o povo português como poucos na sua obra literária, sendo um dos mais influentes nomes do neo-realismo português.
Natural de Vila Franca de Xira, Alves Redol foi jornalista, dedicou-se a trabalhos de recolha etnográfica no Ribatejo, publicados em diversos romanceiros e cancioneiros, e foi autor do primeiro livro neo-realista português, “Gaibéus”. Este primeiro romance iniciou uma vasta obra que inclui “Marés”, “Avieiros”, “Fanga”, “Barranco de Cegos”, entre outros. Escreveu ainda livros para a infância, peças de teatro e também guiões de cinema. Foi publicitário e dirigente desportivo. Foi acima de tudo uma figura prolífica e riquíssima, com uma intensa e constante intervenção política e cívica, que ainda hoje é relevante e sobre a qual importa reflectir.
Francisco Manso, que estará presente na sessão para partilhar com o público os objectivos deste seu trabalho, regista em ”Alves Redol, Memórias e Testemunhos”, depoimentos de pessoas que conheceram o autor, de familiares e de intelectuais seus contemporâneos, além do relato do filho do escritor, António Redol, sobre momentos marcantes da vida de seu pai, que revelam aspectos menos conhecidos da sua personalidade.
Francisco Manso realizou e produziu dezenas de documentários, séries para televisão e longas-metragens, muitos dos quais premiados em festivais internacionais. É autor de filmes como “Assalto ao Santa Maria”, “Garrett”, “Epopeia dos Bacalhaus”, “Camilo Pessanha, um poeta ao longe”, “Meu Pai, Humberto Delgado”, “Memórias de Um Rio - Avieiros, os nómadas do Tejo”, “A Ilha dos Escravos” ou “O Testamento do Senhor Napomuceno”, entre outros.
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