ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

25/07/09

hoje às 22h no Pátio de Letras

sábado 25, 22h00
exibição de documentário sobre o escritor WILLIAM BURROUGHS,
seguida de tertúlia... se os presentes estiverem nessa "onda" :)


(clicar na imagem para aumentar)


Burroughs foi um dos maiores escritores da chamada geração “Beat” (ou “beatnik”), tendo inaugurado uma nova maneira de escrever (foi ele que popularizou a técnica do “cut up” inventada por um grande amigo seu, Brion Gysin, e foi ele também que inventou o termo “heavy–metal”).
Jack Kerouac ("o pai" da geração beat) considerava-o “o maior escritor satírico desde Jonathan Swift”, ou ainda como “o fora-da-lei da literatura”.

William Seward Burroughs nasceu em St. Louis, Missouri (EUA), a cinco de Fevereiro de 1914.

Estudou numa escola em Los Alamos, México e mais tarde graduou-se em Harvard em 1936.

Durante um período Burroughs foi morar na Alemanha onde pretendia estudar medicina. Aí conheceu Ilse Herzfeld Klaper, uma judia alemã, com quem casou para que ela pudesse ir viver nos EUA, visto que o nazismo começava a tomar conta da Alemanha. Eram muito amigos e tinham o costume de almoçar quase sempre juntos, mas jamais chegaram a viver como marido e mulher. Burroughs acabou por se separ oficialmente dela na década de 40, para se casar com Joan Vollmer.

Talvez tenha sido nesta época, em que esteve em contacto com o nazismo na Alemanha, que tenha começado a interessar-se pelos mecanismos de controle do Estado sobre os cidadãos, umas das problemáticas que permeiam a sua obra e sobre a qual escreveria: “Desde o começo eu tenho-me preocupado, enquanto escritor, com o vício em si (seja a droga, sexo, dinheiro, ou poder) como um modelo de controle...”.

Aliás, de vícios Burroughs entendia. O seu estilo de vida, totalmente incomum para a época, fez com que ele se tornasse um ícone da cultura beat.

Quando morava em Chicago, Burrougs conheceu David Kammerer que teve um papel fundamental na sua vida, pois foi através dele que o escritor conheceu o pai (este sim) da cultura beat, Jack Kerouac. Foi Kerouac o primeiro a incentivar Burroughs a escrever.

Em 1951, Joan, a esposa de Burroughs, foi morta por acidente por ele mesmo. Alegou que estavam “brincando” a reproduzir a cena de Guilherme Tell – só que no lugar da maçã tinham colocado um copo na cabeça de Joan e no lugar do arco e flecha, um revólver. E estavam bêbados...

Em 1956 Burroughs escreveu uma carta ao Dr. John Dent, médico e pesquisador sobre o vício em drogas, onde relatava todas as suas experiências com o uso de opiáceas, estimulantes, cannabis, alucinógenos, álcool...; essa carta acabou por se tornar o início de seu livro de maior sucesso, “Naked Lunch” (Almoço Nu), publicado em 1959.
“Almoço Nu” foi escrito durante as viagens de Burroughs pela América Latina e depois por Marrocos, após a morte da mulher.

“Almoço Nu” chegou a ser proibido nos EUA por ser considerado um livro obsceno, mas acabou por ser reconhecido como uma importante obra literária.

William Burroughs morreu em 1997 de ataque cardíaco.

É reconhecido como uma das figuras mais influentes da contracultura.


(muito) adaptado de http://www.infoescola.com/escritores/william-burroughs/

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