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AGENDA

16/05/11

Sáb., 21/5, ás 18h: "A Cada Um O Seu Lugar - A Política Feminina Do Estado Novo", de Irene Flunser Pimentel - palestra/debate


No próximo sábado à tarde, 21 de Maio às 18h, o Pátio de Letras recebe Irene Flunser Pimentel, que vem apresentar o seu novo livro "A Cada Um O Seu Lugar - A Política Feminina Do Estado Novo", numa palestra/debate.
A sessão contará ainda com a participação da Dra. Margaraida Ramalho (lic. em História, investigadora, autora de várias obras).

Irene Flunser Pimentel foi vencedora dos prémios Pessoa, em 2007 e Seeds of Science, em 2009, e aborda nesta obra a política feminina do Estado Novo.

A historiadora explica que a frase que dá nome ao seu livro “A cada um o seu lugar” foi dita por António Carneiro Pacheco, que foi ministro da Educação Nacional do regime salazarista entre 1936 e 1940.

Esta vontade de manter compartimentações sociais estanques revela uma noção determinista segundo a qual cada um nasceria com a missão de desempenhar uma função específica, o que também se aplicava evidentemente às mulheres, às quais o Estado Novo atribuiu um lugar e um papel particulares – diferentes consoante a classe a que pertencia – no seio da família e da sociedade.

Irene Flunser Pimentel revela que cada vez que vai a uma escola fica “entusiasmada por ver a curiosidade que os jovens têm de saber algo mais sobre este tema”. Especialmente as jovens, “quase não acreditam quando lhes digo, por exemplo, que uma mulher casada não podia sair do País sem autorização do marido”.
Estas raparigas “são filhas e netas dessas mulheres e vêm isto como se fosse algo do outro mundo, o que considero já um enorme progresso da nossa parte”.

Irene Flunser Pimentel é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, mestre em História Contemporânea (século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Elaborou diversos estudos sobre o Estado Novo, o período da II Guerra Mundial, a situação das mulheres e a polícia política durante a ditadura de Salazar e Caetano. É investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da Uiversidade Nova de Lisboa - UNL).


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