José Manuel Mendes, escritor, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, falará da sua própria experiência
«Foi o tempo do lápis azul num mundo cinzento. O 25 de Abril trouxe a liberdade de expressão. O espólio de um livreiro resistente na nossa terra e uma lição de História»
Muitos questionam hoje o 25 de Abril, mas ninguém lhe nega o mérito extraordinário de nos ter trazido Liberdade de Expressão.
Não se podia calar o pensamento, claro, mas se podemos acreditar que Portugal tem futuro é porque, hoje, é possível não só pensá-lo mas também discuti-lo livremente.
Há quem faça por esquecer, quem branqueie a História - interiorizámos a tradição da mordaça, da «lei da rolha», do «come e cala». A Polícia do Verbo é a tentação dos fracos, a ilusória força dos ditadores.
No «Pátio de Letras» comemora-se o 25 de Abril lembrando a censurável censura.
Venha ver os livros que eram apreendidos nas tipografias, que outrora se compravam clandestinamente, que se vendiam e liam às escondidas.
Duarte Infante foi livreiro em Faro. Era ele alma da saudosa Livraria Silva. Sabe o que era a coragem de se ser livreiro durante o Estado Novo. Traz-nos muitos dos seus livros para que, em cada capa, se possa ver o que era o medo de se ser apanhado a ler, o perigo de se perder o emprego, o risco da cadeia… e para que se possa ver a que absurdos chegava a tentação de controlar os espíritos.
Muitos resistiram para que se tornasse possível, hoje, mostrar como foi… para que não mais volte a ser!
O Pátio de Letras explica como tudo se passava.
A exposição ficará patente ao público até 4 de Junho.
Muitos questionam hoje o 25 de Abril, mas ninguém lhe nega o mérito extraordinário de nos ter trazido Liberdade de Expressão.
Não se podia calar o pensamento, claro, mas se podemos acreditar que Portugal tem futuro é porque, hoje, é possível não só pensá-lo mas também discuti-lo livremente.
Há quem faça por esquecer, quem branqueie a História - interiorizámos a tradição da mordaça, da «lei da rolha», do «come e cala». A Polícia do Verbo é a tentação dos fracos, a ilusória força dos ditadores.
No «Pátio de Letras» comemora-se o 25 de Abril lembrando a censurável censura.
Venha ver os livros que eram apreendidos nas tipografias, que outrora se compravam clandestinamente, que se vendiam e liam às escondidas.
Duarte Infante foi livreiro em Faro. Era ele alma da saudosa Livraria Silva. Sabe o que era a coragem de se ser livreiro durante o Estado Novo. Traz-nos muitos dos seus livros para que, em cada capa, se possa ver o que era o medo de se ser apanhado a ler, o perigo de se perder o emprego, o risco da cadeia… e para que se possa ver a que absurdos chegava a tentação de controlar os espíritos.
Muitos resistiram para que se tornasse possível, hoje, mostrar como foi… para que não mais volte a ser!
O Pátio de Letras explica como tudo se passava.
A exposição ficará patente ao público até 4 de Junho.
2 comentários:
Boa tarde, Parabéns pela iniciativa e pela beleza do cartaz!
Apesar de ser difícil ler completamente os títulos, atrevo a perguntar se o livro das Marias (tersa Horta e + 2) não é também dessa era cinzenta.
graciosa
Sim sim, e lá estará na exposição...
Obrigada pelo seu constante incentivo.
L.
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