Lembrei-me de uma entrevista da Maria Ondina, creio que ao JL, em que ela se quiexava amargamente das costas doridas depois de horas à máquina a trabalhar em traduções e na escrita e como era mal paga e como por vezes não lhe pagavam. A vida desta mulher e a sua pobreza são uma ofensa ao mercantilismo editorial, à exploração, à pouca vergonha. Dedicada às letras, viu-se na contingência de ter de suportar uma vida de modéstia. Não porque não tivesse público, mas apesar de o ter. Referiu na entrevista inesquecível que apenas de uma editora recebeu escrupulosamente. Notável!
por José António Barreiros
Graham Greene, uma vida secreta - ler aqui o texto que José António Barreiros apresentou a 2 de Outubro de 2004, na Casa Museu Ferreira de Castro (Sintra), em comemoração dos 100 anos do nascimento do escritor, texto depois publicado na revista Mealibra.
O resumo publicado na revista Visão pode ser lido aqui.
sinopse do livro segundo a wook
O Cônsul Honorário é um dos livros mais famosos de Graham Greene e aquele que o próprio autor considerava como o seu melhor romance e simultaneamente o que lhe mais custou a escrever.
A obra tem como cenário uma cidade da Argentina, mas o plano de fundo é ocupado pela ditadura do general Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai durante 35 anos. Um grupo de guerrilheiros paraguaios decide raptar um embaixador americano para exigir como resgate a libertação de presos políticos. Mas quem acaba por ser raptado por engano é Charley Fortnum, um cônsul honorário britânico e bêbado diplomado, sem o mínimo valor de troca em termos políticos. O governo britânico não está interessado em salvar o seu cônsul, criando uma situação extremamente grava para Fortnum…
Tal como todos os livros de Greene, O Cônsul Honorário é um romance de acção, de espionagem e, acima de tudo, um drama moral. O seu enredo engenhoso e o seu humor subtil inspiraram, em 1983, um filme de Michael Caine no magnífico papel de Cônsul.
Sem comentários:
Enviar um comentário