sextas feiras e sábados: 24h00
demais dias: 20h00
(a abertura mantém-se às 10h00, todos os dias da semana)
a História como lembrança
a Cultura como companhiasextas feiras e sábados: 24h00
demais dias: 20h00
(a abertura mantém-se às 10h00, todos os dias da semana)
A vida come-se quando é boa; come-nos quando é má. E às vezes, quando menos esperamos, também comemos com ela.
Em Portugal, antes de todas as coisas, está o tempo. Este tempo. Este que ninguém nos pode tirar e a que os povos com tempos piores chamam, à falta de melhor, clima. Depois, há coisas que crescem por causa do tempo. Como o tempo é bom, são boas. E como as coisas são boas, os portugueses querem comê-las.
autor: Miguel Esteves Cardoso
editor: Assírio & Alvim
A condição humana é implacável e feroz na inconstância do dia a dia. Tudo varia, tudo se move, tudo muda, mas há quem deseja viver num mundo estático. Damos encontrões em nós próprios. Muitas das nossas equimoses externas e internas procuram uma única panaceia: o vinho.
autor: Luís Falcão da Fonseca
editor: Cosmos
Fonte:webboom
O livro que a censura apreendeu em 1952.
Tendo sido possível utilizar o exemplar onde estão sublinhadas a lápis azul as partes do texto que motivaram a apreensão da edição, indicam-se nesta edição esses sublinhados, mediante a sobreposição de uma rede de cinzento sobre o texto original, mantido sem cortes. José Cardoso Pires nunca mais publicou este livro na sua versão inicial, embora o tenha mantido sempre na lista das suas obras completas.
Muito em breve no Pátio de Letras os 1ºs quinze títulos.
6ª f e sábado, dias 12 e 13 de Setembro
(a partir das 20h00)
Happy Hour - POESIA em destaque
corriam corriam corriam
pelo campo a respiração esverdeava
em fuga até deitar por fora os pensamentos
planavam sós numa clareira sombria
corriam nus despidos e quentes
sentindo sentindo sentindo
o mundo roçar-lhes raspar-lhes a pele os flancos
e sob os pés os cortes de estarem vivos vivos vivos
e na paragem dos corpos
todos os fluidos se libertavam na terra
a lama onde lutavam pelo ar enquanto
lhes sarava a pele e o fôlego
possuiam-se à força cravados como espinhos
nas carnes um do outro até doer nos muros
colando os corpos de baba e sangue e pó e unhas
raspavam-se nas árvores que assistiam mortas
e geravam lagartos que a ela lhe saíam do sexo
e que ele depois comia comia comia
e enterravam-se e sustiam a respiração
até quase não voltarem a ver poder pensar
depois voltando ao sítio de partida
choravam que se cegavam de vergonha
inconsoláveis mordiam os lábios sem olhar os corpos
de novo a presença das roupas crescia crescia crescia
CANCIÓN DEL TAJO
Me quiero navegable como el Tajo
y que un hato de lucios o de tencas
salten por mi vientre.
En invierno quiero dar calor a una comarca
y en verano arrancar el escalofrío de un niño.
Me quiero navegable
y que los barcos crujan en mis huesos
y bailen las muchachas al compás de una orquesta,
que los viejos pesquen en mi orilla
y no falte al arenero su jornal, su vaso de alma.
Me quiero navegable y ser por un momento
reflejo de esos pájaros que cruzan
volando el continente,
nubes a quienes nada importa
quedarse en el camino
o deshacerse como uva en el lagar del cielo.
Me quiero navegable y estar pasando a veces
y cantar a mi modo
canciones muy sencillas y tristes.
A colecção, que mereceu, em Dezembro 2006, a Declaração de Interesse Cultural por parte do Ministério da Cultura, pretende ser uma fonte de consulta e de usufruto da poesia de língua portuguesa e editará poetas de todas as épocas, correntes e estilos.
É a primeira grande antologia de poetas em suporte audio que se publica em Portugal.
Todo o trabalho artístico e de produção, com excepção do design, é realizado no Algarve, por actores e técnicos aqui residentes.
A edição, da iniciativa e com produção de Afonso Dias, é da responsabilidade da MÚSICA XXI, Associação Cultural com sede em Faro.
A colecção está projectada para vinte e nove números, a editar até 2011. Estão já publicados (e à venda no Pátio de Letras - 10 € cada):
Poetas da Lusofonia – CPLP 10 anos - 50 poetas dos oito países lusófonos
Poesia de António Gedeão
Poesia de Alberto Caeiro - “O guardador de rebanhos”
Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião da Gama
Poesia de Miguel Torga
Poesia de Natália Correia
Poesia de Álvaro de Campos
Poesia de Fernando Pessoa e Ricardo Reis
lembranças, ímanes, memo boards, porta chaves
(ver aqui lista com magens e preços)
cadernos, postais, posters
(ver aqui lista com imagens e preços)
Uma hilariante e irreverente viagem pelas grandes escolas, tradições e pensadores filosóficos.
Platão e Um Ornitorrinco Entram Num Bar…. de Daniel Klein e Thomas Cathcart, é um livro para todos aqueles que não querem levar demasiado a sério as coisas sérias. Não precisa de saber muito de filosofia para desfrutar em pleno deste livro, pois está escrito ao estilo de Marx (Groucho, não Karl).
Os autores, ambos licenciados em Filosofia por Harvard, tiveram o cuidado de não deixar nada de fora e, como tal, através deste divertido livro qualquer leitor compreenderá as grandes ideias da filosofia ocidental e fará uso delas da melhor forma possível: com humor. O livro provoca o riso, mas também deixa o leitor a pensar. É um autêntico curso intensivo em que se explica a filosofia através de uma série de anedotas e histórias cómicas.
Será difícil negar que esta é a melhor forma de abordar uma disciplina vista por muitos como séria, maçuda e inacessível.