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AGENDA

18/05/13

Sáb., 18 Maio, 17h00: Apresentação de “As Armas de Papel” de J. Pacheco Pereira




















No próximo sábado à tarde, 18 de Maio às 17h00, José Pacheco Pereira apresenta no Pátio de Letras a sua mais recente obra “As Armas de Papel”, um livro que reflecte sobre as publicações periódicas clandestinas e do exílio, ligadas a movimentos radicais de esquerda cultural política (1963-1974). 

Para quem quiser conhecer a forma como se praticava oposição através da imprensa antes da Revolução de Abril, este trabalho de Pacheco Pereira é essencial, tendo em conta que muitas destas publicações estariam condenadas ao esquecimento total, se não fosse o seu apurado papel de recolha e preservação. 

“As Armas de Papel”, ed. Temas e Debates, é enriquecido por ilustrações de cada publicação, permitindo ao leitor não apenas realizar uma pequena viagem por esse período fértil do apelo à revolta armada, mas também ver com os seus próprios olhos a estrutura, a linguagem utilizada, os tópicos mais acesos de discussão. É sem dúvida um importante contributo para a história da imprensa Portugal.

Sobre o autor

José Pacheco Pereira é licenciado em filosofia, pela Fac. de Letras da Univ. do Porto, cidade onde nasceu, em 1949. É investigador em história política contemporânea. Lecciona no ISCTE, onde é professor auxiliar convidado, integrando o Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas.
Na juventude envolveu-se em movimentos de oposição à ditadura, tendo aderido, em 1972, ao PCP (m-l), de inspiração maoista, de cuja secção Norte foi fundador.
Já publicara, em 1971, o seu primeiro livro, "As lutas operárias contra a carestia de vida em Portugal: a greve geral de Novembro de 1918", que seria apreendido e proibido de circular. Após uma rusga efectuada  a 30 de Abril de 1973 em sua casa, pela PIDE, que lhe instaurara um processo, viveu na clandestinidades, da qual só sairia completamente após o golpe de 11 de Março de 1975.

Em 1986 apoiou activamente a primeira eleição presidencial de Mário Soares.
Em 1987 foi eleito deputado como independente nas listas do PSD, partido ao qual se juntou formalmente em 1988.  No âmbito da actividade partidária no PSD foi,  deputado, líder parlamentar, presidente da comissão política distrital de Lisboa, cabeça de listas em eleições autárquicas em Aveiro e no Porto, deputado europeu, tendo exercido o cargo de Vice-Presidente do Parlamento Europeu entre 1999 e 2004.

Em 2004 foi nomeado embaixador de Portugal na UNESCO. Um mês após a divulgação de que iria ocupar este cargo, quando se soube que Santana Lopes iria substituir Durão Barroso como primeiro-ministro, demitiu-se por não querer ficar na dependência funcional de um governo que pretendia criticar.
Voltou a ser eleito deputado (pelo PSD, como cabeça de lista por Santarém) nas eleições legislativas de 2009.

De há muito faz comentário político na rádio, jornais, revistas e televisão. Na SicNotícias participa semanalmente no Programas Quadratura do Círculo e apresenta  o programa de sua autoria "Ponto/Contraponto", onde analisa a própria comunicação social.
Um quase pioneiro na blogoesfera portuguesa, criou e mantém os blogues Abrupto, Estudos sobre o Comunismo e Ephemera.

A sua biblioteca conta com mais de 100 000 títulos e cresce diariamente. Autor de várias obras de referência, como "O Um dividiu-se em Dois" (origens e enquadramento dos movimentos maositas no ocidente)", “Biografia Política de Álvaro Cunhal” (3 volumes, mais 2 em preparação) e "Sombra - Estudo sobre a clandestinidade", de entre 15 publicadas e muitas outras em colaboração com outros autores. Prefaciou outros tantos livros.

Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, a 10 de Junho de 2005, pelo então Presidente da República Jorge Sampaio.

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