Um álbum de família literário e, cruelmente íntimo
A Caixa é uma obra quase tão polémica como o Descascando a Cebola, a primeira autobiografia em que Günter Grass tomou a decisão de contar em pormenor o seu passado nas SS hitlerianas quando tinha 17 anos. As revelações agora libertam-se do campo político e voltam-se para o seu universo familiar. A Caixa reproduz várias conversas gravadas pelos oito filhos do autor – às vezes todos juntos, outras vezes sozinhos – que recordam a sua infância e juventude, bem como as mudanças de casa e as relações amorosas do pai.
O livro conta a vida do escritor a partir do momento em que Descascando a Cebola havia parado, ou seja, 1959 e é uma mistura de ficção e realidade. Narra as suas relações familiares num desabafo feroz e, por vezes, expressa a ternura, a crítica, a indiferença... todos os sentimentos que se reflectem na relação do escritor com os filhos.
O título é uma referência a uma máquina fotográfica antiga da Agfa, fabricada em formato de caixa. É o símbolo central da história, pois é com ela que a personagem principal, Maria, fotografa o quotidiano desta família. Uma máquina que sobreviveu à guerra e aos incêndios de Berlim e que, de algum modo, adquiriu a faculdade de avançar e retroceder no tempo.
A Caixa é um retrato em sépia da memória de um passado que não dá descanso ao escritor.
William Boyd nasceu em Acra, no Gana, em 1952 e frequentou as universidades de Nice, Glasgow e Oxford. Foi ainda como professor de Inglês na Universidade de Oxford que publicou o seu primeiro romance, No Coração de África, que recebeu os prémios Whitbread e Somerset Maughan. Pouco depois deixou a docência para se dedicar inteiramente à literatura.
É autor de vários romances, quase todos distinguidos com prémios. An Ice Cream War conquistou o John Llewellyn Rhys Memorial Prize e foi nomeado para o Booker Prize; A Praia de Brazaville ganhou o James Tait Black Memorial Prize e Tarde Azul o Prémio de Ficção do Los Angeles Times. A Casa das Letras publicou Inquietude e Viagem ao Fundo de Um Coração. Treze dos seus guiões cinematográficos foram filmados e, em 1998, escreveu e realizou o filme A Trincheira. Boyd vive em Londres e na Dordonha, região no Sudoeste de França, onde dedica alguns meses por ano à viticultura.
Para mais informações, visite o site do autor.
"Lugares Mágicos de Portugal - Idades do Ouro", de Paulo Pereira, Ed. Temas e Debates
"Capitalismo Para Sempre", de Kjell A. Nordström e Jonas Ridderstrale, Ed. Gestãoplus
"inteligência emocional", de Daniel Goleman, Ed. Temas e Debates
"29 Histórias Disparatadas", de Ursula Wölfel, ilustrado por Neus Bruguera, Ed. Kalandraka
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