”Entrar pela primeira vez na Universidade
Livre de Bruxelas foi, para mim, uma experiência exaltante. Por todo o lado
havia bancadas com livros, panfletos e bandeiras das mais diversas e opostas
opções ideológicas: socialistas, comunistas, anarquistas, liberais, maoístas,
dos movimentos pacifistas contra a guerra do Vietname, pela libertação dos
povos colonizados, de apoio à revolução cubana, aos movimentos de defesa dos
direitos cívicos, do Black Power... As bandeiras negras e vermelhas agitavam-se
alegremente ao som das músicas revolucionárias, como a Internacional ou as
canções de protesto francesas e anglo saxónicas. Para alguém que, como eu,
vinha de um país submetido a uma longa ditadura, no qual toda a diversidade de
pensamento era excluída e ferozmente perseguida, foi uma revelação, uma
maravilha! (...) Apesar de me considerar comunista na altura, fiquei encantada
com a coexistência democrática e livre das diferentes opções ideológicas. A
possibilidade de ler e discutir em liberdade os mais diversos textos políticos
e filosóficos foi uma sensação fantástica e que me fez sentir, literalmente,
asas nos pés.”
Com a presença da autora, de
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