tag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post8415345293892461313..comments2023-05-04T14:12:26.231+01:00Comments on LEYA no PÁTIO: Hoje, 17h, no Pátio de LetrasLilianahttp://www.blogger.com/profile/13931642698774047168noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post-80463031227734399712009-03-30T15:36:00.000+01:002009-03-30T15:36:00.000+01:00MANIFESTO FUTURISTA (Publicado em 20 de Fevereiro ...MANIFESTO FUTURISTA (Publicado em 20 de Fevereiro de 1909, no “Le Figaro”) <BR/><BR/><BR/>1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade. <BR/><BR/><BR/>2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia. <BR/><BR/><BR/>3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco. <BR/><BR/><BR/>4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com o seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia. <BR/><BR/><BR/>5. Nós queremos glorificar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita. <BR/><BR/><BR/>6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, esforço e liberdade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais. <BR/><BR/><BR/>7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem. <BR/><BR/><BR/>8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!… Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipotente. <BR/><BR/><BR/>9. Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher. <BR/><BR/><BR/>10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária. <BR/><BR/><BR/>11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.designbyzaylehttps://www.blogger.com/profile/09777127105508881703noreply@blogger.com