tag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post3116529571108318382..comments2023-05-04T14:12:26.231+01:00Comments on LEYA no PÁTIO: Luís Sepúlveda e a sabedoria do velho que lia romances de amorLilianahttp://www.blogger.com/profile/13931642698774047168noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post-67591570981576259912010-03-09T19:02:35.796+00:002010-03-09T19:02:35.796+00:00Caro Artur:
Foi um prazer acompanhá-lo na sua via...Caro Artur:<br /><br />Foi um prazer acompanhá-lo na sua viagem realizada na companhia de um velho que além de se entender com os felinos, de transaccionar molares e incisivos, de procurar a companhia de damas de discutível moral e de contrabandear histórias que acabam quase sempre com a heroína de lágrimas nos olhos e sorriso nos lábios, a deixar-se embalar pelo abraço forte do seu amor.<br /><br />“A história do velho que lia romances de amor” assim como a “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, ambas de Luís Sepúlveda são histórias que coloco naquela prateleira de histórias infantis para adultos. Não num sentido depreciativo mas porque conduzem a uma atmosfera de encantamento semelhante à que me fui dado viver na minha infância, quando a leitura era o meu grande mundo de surpreendentes aventuras.<br /><br />Tive o prazer e o privilégio de entrevistar o Luís Sepúlveda, no decorrer de umas Correntes d’Escritas, na Póvoa do Varzim.<br /><br />Grande, todo vestido de preto, de barba serrada, de óculos escudos, não se mostrava, à distância, muito sociável…<br /><br />Ganhei alento, acerquei-me, confessei-me livreira, sem saber falar castelhano mas amante de gatos…<br /><br />Conversámos durante um bom bocado e de tão seduzida, até vi o Zorbas (o seu gato) a ronronar ao Gil Vicente (o meu gato), ambos a roçarem-se nas nossas pernas e depois a saltarem para as páginas dos livros que trazíamos de braçado…<br /><br />Um abraço<br />IsabelIsabel Castanheirahttps://www.blogger.com/profile/04818903634393705395noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post-14196004320001417352010-03-02T18:01:32.783+00:002010-03-02T18:01:32.783+00:00Luis Sepulveda é uma curiosa mistura do homem arma...Luis Sepulveda é uma curiosa mistura do homem armado que esteve com Allende no Palácio de La Moneda até ao fim, do sonhador que viveu nas mais primitivas condições entre os índios da Amazónia, do militante expulso do Partido Comunista e da Universidade de Moscovo por “atentados à moral proletária”,do intelectual que foi amigo de Chico Mendes a quem dedicou este livro…<br /><br />Aventureiro e sonhador, guerrilheiro e poeta, defensor apaixonado de uma Amazónia não só física mas um espaço ideal onde os valores não foram ainda corrompidos, Luis Sepulveda escreve aqui a sua mais reconhecida obra. <br /><br />Vinte anos depois é certamente justa esta chamada de atenção.J Jhttps://www.blogger.com/profile/13147841074556517023noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post-61926107984865385442010-03-01T12:00:31.831+00:002010-03-01T12:00:31.831+00:00O teu comentário publicado no blog dá-nos de forma...O teu comentário publicado no blog dá-nos de forma sabedora e muito sentida a essência de Sepúlveda e deste excelente livro, (como todos os do autor) tão poderoso na sua simplicidade. A escrita de Sepúlveda é limpida, objectiva e interventiva também, e um convite a acreditar na humanidade..."Por todo o lado encontrei magníficos sonhadores, homens e mulheres que porfiadamente acreditam nos seus sonhos. Mantêm-nos, cultivam-nos, multiplicam-nos. Eu, humildemente, à minha maneira, também fiz o mesmo" Luis Sepulveda em O Poder dos Sonhos.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6568575021991885805.post-87764114537378525742010-03-01T11:26:23.320+00:002010-03-01T11:26:23.320+00:00De Sepúlveda li até agora só o Patagónia Express. ...De Sepúlveda li até agora só o Patagónia Express. Uma crónica-romance dos caminhos já percorridos, das pessoas que se conheceram e não foram esquecidas, da chegada ao destino onde se encontra a sombra dos que já se foram.<br /><br />Não gosto de romances idílicos, sem um enredo-lição que justifique o verbo que se desata. Luís Sepúlveda escreve desses romances, estórias que nos ensinam o que é a bem-aventurança de sermos e de defendermos o que de melhor existe em nós e neste mundo agredido pela malsã consciência do homem, principal predador (in)consciente do universo onde vive.<br /><br />Um romance como este é uma dádiva, pois acorda mais uma vez a nossa consciência.Tinahttps://www.blogger.com/profile/15103211328772501041noreply@blogger.com