ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

30/06/10

Antoine de Saint-Exupéry - 110º aniversário do seu nascimento


Sobre Antoine de Saint-Exupéry:: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_de_Saint-Exup%C3%A9ry

Fotografias recentemente descobertas pela família de um dos seus camaradas de combate. Muito provavelmente as últimas que lhe foram tiradas antes de desaparecer no Mediterrâneo:
http://bruaa-editora.blogspot.com/2010/06/parabens-sr-antoine-jean-baptiste-marie.html

29/06/10

Bento de Jesus Caraça – Inéditos de Economia Matemática

Bento de Jesus Caraça foi um dos maiores nomes da cultura científica portuguesa no século XX. Conhecido como matemático, divulgador, professor e até activista político, esteve, no entanto, durante toda a sua vida profissional numa Escola Superior de Economia e Gestão, antecessora do Instituto que hoje é conhecido pelo mesmo nome (ISEG). No livro Bento de Jesus Caraça – Inéditos de Economia Matemática , o economista Carlos Bastien reune textos de Bento de Jesus Caraça completamente inéditos que permitem desvendar esta sua faceta menos conhecida.

No livro Bento de Jesus Caraça – Inéditos de Economia Matemática (...) é possível perceber claramente a convergência de interesses sociais e científicos de Bento de Jesus Caraça, uma personalidade que aliava excepcionais qualidades docentes, ao conhecimento profundo da matemática, a uma ímpar capacidade de divulgar ciência e a defesa acérrima da liberdade e do espírito crítico científico.

Na compilação de textos que agora se publica, realizada com base nos manuscritos de Bento de Jesus Caraça que foram descobertos no arquivo do ISEG e na Fundação Mário Soares, temos acesso a textos completamente inéditos – nomeadamente à sua tese de licenciatura, um trabalho de economia neoclássica de 1923. Como refere o organizador do livro, Carlos Bastien, “encontrei uma série de documentos na sua maior parte nunca referidos nos estudos já publicados. Encontrei em boa medida o Caraça que procurava, uma dimensão sem dúvida importante para a reconstituição do seu perfil enquanto homem de cultura e enquanto cidadão.”

Info via Ed. Gradiva

PVP: 14,50 €

O Pátio de Letras e o Dr. Carlos Brito convidam-no a saber mais sobre

"Os sete fôlegos do combatente Álvaro Cunhal"

O rinoceronte está no Pátio...

Todos sabem que os benefícios de ter um rinoceronte em casa são imensos. Ou não?


Enfim, não serão todos... na verdade, talvez umas 4 pessoas... Bom, para aqueles que nunca pensaram nisso, acaba de chegar o livro que pode ajudar a compreender melhor o que estamos a tentar dizer: “Quem quer um rinoceronte barato?” de Shel Silverstein.

Publicado em 1964, este é o livro onde finalmente se explica o que este fantástico mamífero perissodáctilo é capaz de fazer para além de ruminar nas savanas e florestas tropicais da África e Ásia. Para além disso, também vem contrariar aqueles que o descrevem como anti-social e particularmente irritável. Puras mentiras.

Se nunca conseguiram decidir qual o melhor animal de estimação para vossa casa, não desesperem. Eis a solução que vos fará esquecer hamsters, chinchilas, iguanas, porquinhos da Índia e outros que tais. Ainda por cima, é um rinoceronte barato, fácil de tratar e cheio de talentos: adora jogar às escondidas, é muito confortável quando nos sentamos no colo dele, é uma grande ajuda quando a avó faz doces, está sempre a fazer surpresas, salta à corda, ajuda a tricotar camisolas, entre muitas outras coisas. É verdade que há alguns problemas em ter um bichinho destes em casa, mas o que é que isso interessa quando ele nos aquece nas noites frias de inverno e faz desaparecer as más notas da escola antes que os pais as vejam.

Sejam então bem-vindos, uma vez mais, ao mundo do tio Shelby.

info via Editora BRUAÁ

PVP do livro: 13,50 €

Michael Freeman, "O Olhar do Fotógrafo" - já no Pátio de Letras


Composição, enquadramento e design
para obter as melhores fotografias digitais

PVP 23,10€



Michael Freeman

Durante uma viagem pela Amazónia, com uma máquina
fotográfica usada a tiracolo, Michael Freeman descobriu, como que por acaso, a vocação da sua vida. Ao regressar a casa, deixou a agência de publicidade onde trabalhara até então e decidiu dedicar-se à arte da fotografia. Nascia assim um dos mais conceituados fotógrafos da actualidade, colaborador assíduo de revistas de grande prestígio, caso da Smithsonian e da National Geographic.

Para além de se assumir como um apaixonado por viagens, Freeman é ainda especialista em arquitectura e em arte asiática, tendo já escrito – pasme-se! - mais de quarenta livros sobre fotografia, um dos quais premiado pelo Ministério da Cultura francês. Razões de sobra para não perder de vista o seu percurso profissional e artístico (disponível em http://www.michaelfreemanphoto.com/).

O OLHAR DO FOTÓGRAFO

Quer queiramos quer não, fotografar já não é o que era. De facto, a fotografia digital revolucionou por completo todo o processo de composição e de tratamento da imagem, que pode agora ser recriada, corrigida ou até simplesmente ignorada assim que acabamos de premir o obturador. Ciente das potencialidades infinitas actualmente ao alcance de profissionais e de amadores, Michael Freeman, fotógrafo e escritor de renome internacional, ensina-o, no presente livro, a trabalhar com as novas ferramentas de edição de imagem, revelando-lhe também todos os seus segredos.

Para o autor, porém, a fotografia, para além de poder ser um mero documento, é sobretudo uma expressão da criatividade humana e o bom fotógrafo necessariamente um artista. Nesse sentido, Freeman convida-o a redescobrir um sem-número de técnicas tradicionais relativas à composição, enquadramento, equilíbrio e ritmo das imagens, bem como à sua profundidade, textura, contraste e perspectiva. Em suma, através de uma profusão de ilustrações deslumbrantes e da sua prosa rigorosa e acessível, Michael Freeman propõe-se empreender uma autêntica educação do olhar, lançando-lhe ao mesmo tempo um desafio fascinante: o de deixar a sua marca criativa em cada fotografia revelada.

informação via editora Dinalivro

Sulscrito 3 - Antologia da Indiferença

“Aberto o círculo, o Sulscrito segue em frente: em linha recta – em diálogo com autores de outras linhas. Numa nova fase, o sulscrito será também cruzamento, ponte, estrada, bar, cidade, viagem.”


Já à venda no Pátio de Letras

28/06/10

A entrevista de José Saramago a José Rodrigues dos Santos

A editora brasileira Usina das Letras acabou de adquirir os direitos de publicação no Brasil da obra Conversas de Escritores de José Rodrigues dos Santos e irá publicar já no próximo mês de Julho, numa edição separada, a entrevista incluída neste livro que José Rodrigues dos Santos fez a José Saramago.

Esse diálogo constituiu a última grande entrevista dada pelo recentemente falecido Prémio Nobel da Literatura sobre o conjunto da sua obra, tornando-se assim num documento único, com um singular valor literário, intelectual e humano.

O livro Conversas de Escritores reúne as entrevistas que José Rodrigues dos Santos fez aos mais emblemáticos autores da literatura universal contemporânea para o programa com o mesmo nome, transmitido em 2009 pela RTP-N, e ainda as histórias de bastidores desses encontros.
*
José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Moçambique. Abraçou o jornalismo em 1981, na Rádio Macau, tendo ainda trabalhado na BBC e sido colaborador permanente da CNN. Doutorado em Ciências da Comunicação, é agora professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP. Trata-se de um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros. Este é o seu quinto ensaio.

info via Gradiva Editora

6ª f 9/7, 21h30: apresentação de Exposição de SERIGRAFIAS, GRAVURAS e LIVROS de autores portugueses

ALVARO SIZA        BARTOLOMEU CID              
CARLOS CALVET       CRUZEIRO SEIXAS         
GRAÇA MORAIS             JOAQUIM RODRIGO    
 LIMA DE FREITAS          MANOLO MANTERO 
MANUEL CASIMIRO           NIKIAS SKAPINAKIS    
PAIVA RAPOSO                RODRIGO FERREIRA       
ROCHA DA SILVA

Estreia de Francisco José Viegas na "literatura infantil"

"Se Eu Fosse… Nacionalidades" representa a estreia de Francisco José Viegas na literatura infantil, ou melhor, no género infantil, já que uma das inconfidências realizadas pelo autor, no decorrer do lançamento, foi ter confessado não gostar de literatura infantil.

“Gosto de livros para crianças, mas não de literatura infantil. Gosto de livros para crianças com coisas lá dentro”, começou por explicar o escritor, esclarecendo: “Lembro-me de brincar com o meu Atlas das Selecções do Reader’s Digest de 1968, e é umas das brincadeiras que eu ainda faço com os meus filhos. Por exemplo, onde é Bogotá? Vamos brincando com as cidades e os países”.

PVP: 9,89 €

REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI



A Revista A Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.


A NOVA ÁGUIA pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado ao século XXI, conforme se pode ler no nosso Manifesto.

Tal como n’ A Águia, procuraremos o contributo das mais relevantes figuras da nossa Cultura, que serão chamadas a reflectir sobre determinados temas:

- Primeiro número (1º semestre de 2008): A ideia de Pátria: sua actualidade.
- Segundo número (2º semestre de 2008): António Vieira e o futuro da Lusofonia.
- Terceiro número (1º semestre de 2009): O legado de Agostinho da Silva, 15 anos após a sua morte.
- Quarto número (2º semestre de 2009): Pascoaes, Portugal e a Europa: 20 anos após a queda do Muro de Berlim.
- Quinto número (1º semestre de 2010): Os 100 anos d' A Águia e a situação cultural de hoje (este número foi apresentado no Pátio de Letras no dia 25 de Março; NDICE AQUI)

- Sexto número (2º semestre de 2010): A República, 100 anos depois

Todos os nºs (com excepção do nº 1, esgotado), à venda no Pátio de Letras - PVP 12 € cada; também pack a preço especial com os nºs 2 a 4 - PVP 18,90 €.

23/06/10

Mais Livros e mais Promoções

A partir de amanhã mais estantes para… MAIS LIVROS - as secções “Teatro, Cinema, Música”, “Sagrado e Profano” e “Alternativas” vão mudar de localização na livraria, deixando mais espaço para “O Homem, a Terra , o Pensamento e “Espaço de Memória”.
*
Agora no Pátio: bons títulos da Dom Quixote, por nós seleccionados, a 4,99 € e 9,99 € (campanha da editora com duração limitada)

22/06/10

Novidades no Pátio

Algumas das mais recentes novidades chegadas ao Pátio de Letras:


A Vida Verdadeira, de Vasco Luís Curado, Dom quixote
Benjamim, de Chico Buarque, Dom Quixote
Tudo o que Eu Tenho Trago Comigo, de Herta Müller, Dom Quixote
O Original de Laura, de vladimir Nabokov, Teorema
O Devir-Eu de Fernando Pessoa, de José Gil, Relógio D'Água
Nudez, de Giorgio Agamben, Relógio D'Água
O Bosque da Noite, de Djuna Barnes, Relógioa D'Água
Dalí e Eu - Uma História Surreal, de Stan Lauryssens, Presença
A Inquisição - O Reino do Medo, de Toby Green, Presença
O Elefante Evapora-se, de Haruki Murakami, Casa das Letras
Portugal, Salazar e os Judeus, de Avraham Milgram

Álvaro Cunhal segundo Carlos Brito - 2 de Julho, 6ª f, 21h30, no Pátio

o livro "Álvaro Cunhal - sete fôlegos do combatente. Memórias" será apresentado por:
Almirante Martins Guerreiro, militar de Abril e antigo membro do Conselho da Revolução
e
Carlos Luís Figueira, antigo dirigente nacional do PCP


Texto da Profª Maria Lúcia Lepeki, catedrática da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, sobre o livro:

“Uma coisa vivida”

Enquadrado por aspas, título desta nota é uma citação, tirada do último livro de Carlos Brito Alvaro Cunhal– Sete Fôlegos do Combatente (p. 81)

Conhecido sobretudo pela actividade política exercida durante décadas, Carlos Brito é também poeta e autor de prosa de ficção, bem como memorialista , tipo de discurso em que se enquadra Tempo de Subversão- Páginas Vividas da Resustência bem como o recentíssimo livro sobre Cunhal (Edições Nelson de Matos, 2010). Variante do texto de natureza histórica, é o memorialismo um especial documento que agrega quem relembra ao que é relembrado. Não é esse o menor encanto da escrita baseada na memória.

Dentro desse princípio, Álvaro Cunhal –Sete Fôlegos do Combatnte é, desde logo, bi-centrado ( um centro é Cunhal, o outro é quem o recorda). Assim será, mas não custa buscar melhor entendimento.Na verdade, esse livro ( que lemos empolgadamente) tem um terceiro centro, o Partido Comunista Português, sobretudo no tempo que se seguiu ao 25 de Abril. Numa narrativa clara, escorreitíssima, em discurso frequentes vezes elegante porque sóbrio, Carlos Brito revisita o tempo que muitos de nós, inclusivamente eu, tiveram o privilágio de viver. Cunhal aparece-nos com traços diferentes daqueles que muitas vezes lhe atribuem. Desses traços,o mais importante sera a capacidade de mudar de acordo com as mudanças envolventes. Carlos Brito ilustra esse processo de permanente aprendizado com grande cópia de documentos, muitíssimos deles da lavra única ou predominante de Cunhal, embora até pudessem vir a público como obra de um colectivo. As citações sucedem-se, e esse recurso discursivo faz do livro de Carlos Brito um verdadeiro diálogo com Álvaro Cunhal, com o Partido Comunista Português, com o processo politico nacional e ainda, como não podia deixar de ser num memorialista, com o próprio Carlos Brito. Essa última vertente da escrita faz de Alvaro Cunhal– Sete Fôlegos do Combatente um livro extraordinariamente comovente, sem deixar de ser um estudo histórico cujos méritos, por indiscutíveis, não podem deixar de ser reconhecidos por qualquer leitor.

Aos diálogos que referi como constituindo o sumo do livro de Carlos Brito juntar-se-á mais um, aquele que os que viveram o processo de Abril farão consigo mesmos, recuperando, com lucides e emoção ( as duas são indissociáveis) o que eram e o que sentiram na madrugada dos cravos. Memórias de outros, memória de nós mesmos, eis o que é o livro de Carlos Brito. Poucos livros poderão gabar-se de assim serem.
14 de Junho de 2010

18/06/10

Saramago e os fascínios do elefante

«Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam.»
José Saramago, A Viagem do Elefante (2008)
Saiu mais um romance de Saramago. No passado, teria corrido a uma livraria para o comprar e decifrar de imediato. Desta feita, fui mais comedido. Adquiri-o sem precipitações e resolvi guardar a leitura para o Natal. Um bom propósito para cumprir à risca. O fascínio do título, todavia, foi mais forte. Lembrei-me de um outro de Lobo Antunes em que se equacionava a lendária Memória de Elefante. O subconsciente tem destas perversidades. Ao chegar a casa, já o tinha folheado de fio a pavio. Abreviando, em menos de um ai, já conhecia todas as aventuras/desventuras d' A Viagem do Elefante (2008). Afinal, o livro não falava de hospitais, nem de psiquiatras, nem de divórcios, nem dos traumas da guerra colonial. Respirei de alívio.

Conta-nos, isso sim, a epopeia do elefante Salomão desde a corte de D. João III em Lisboa até à de Maximiliano da Áustria em Viena. Corriam os anos de 1551-1552 e a época era fértil em embaixadas exóticas. D. Manuel I já brindara o Papa Leão X com um outro paquiderme em 1514, que o povo romano baptizaria de Annone e a arte renascentista de Rafael imortalizaria. A ideia da peregrinação até é curiosa e convida aos grandes resumos. Não o farei. O original será sempre mais proveitoso. A mestria do autor é esmagadora. Inimitável.

Alguém muito próximo confidenciou-me ter feito as pazes com Saramago. Tinha voltado à velha ironia-humor-sarcasmo. Pessoalmente, dispenso apaziguar-me com quem nunca me desavim abertamente. Mantive-me fiel à sua escrita, mas perdi um pouco o encanto dos tempos áureos em que as passarolas e jangadas nos conduziam ao universo encantado do real maravilhoso. Continuou a cativar-me, mas deixou de me surpreender. A fasquia foi colocada tão alto pelo próprio romancista, que agora nem ele mesmo a consegue ultrapassar. São os paradoxos da genialidade.

Chegou a vez do elefante nos convidar a acompanhá-lo nessa sua jornada pela Europa dos Impérios Quinhentistas. Aceitemos o desafio. Partamos com ele. Façamo-nos à estrada. Em boa hora. Já. Sem demoras nem hesitações. É que, como se afirma n’ O Livro dos Itinerários: «sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam».

NOTA:
Junho foi um mês aziago para as letras portuguesas. Primeiro foi o João Aguiar que respondeu à voz dos deuses, agora é o José Saramago que se viu obrigado a responder às intermitências da morte. No dia 3 recorri a uma pequena crónica que já publicara em Janeiro de 2009 no jornal electrónico Contemporâneo, hoje dia 18 recorro a uma outra publicada em Dezembro de 2008 nesse mesmo espaço informativo. Mais uma vez, transcrevo-o aqui tal e qual, sem acrescentar uma palavra às 300 originais que me foram encomendadas.

16/06/10

"A Harpa e o Jazz" - Edmar Castaneda (sáb.19, 16h-19h)

"A Harpa e o Jazz" é o mote para uma masterclass inédita a cargo do virtuoso Edmar Castaneda.
Músico colombiano nascido em Bogotá e a trabalhar na Big Apple é considerado pelos seus pares como a mais exótica revelação no universo jazz.

Dia 19 de Junho de 2010 entre as 16 e as 19 horas a Associação Grémio das Músicas tem a honra de apresentar esta masterclass no Estúdio da ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve), Rua Cunha Matos, 23 em Faro.

mais informação AQUI

15/06/10

Festa da Boa Vontade - algarvios com iniciativa solidária

(...) «Essa grandeza que nos interpela a fazer alguma coisa marcante, a correr o risco de querer fazer algo diferente, a puxar por todo o nosso engenho colectivo para concretizar uma ideia, que queremos bela. Não depende só de nós, mas de todos quantos a partir daqui queiram vir connosco.

Premiar um projecto, que se concretize na região. Um projecto de resultados duradouros, integrado num quadro institucional estável, concretizável num calendário rigoroso. Um projecto notável. Este ano queremos apoiar um projecto na área da educação, da saúde ou da solidariedade social.

O movimento já começou. Venham daí.»

«É com muita honra que a Comissão Organizadora da Festa da Boa Vontade anuncia que o número de candidaturas recebidas superou as nossas expectativas dando-nos a conhecer uma forte dinâmica social no Algarve. Conheça já a lista de Instituições que se candidataram, bem como a Comissão de Honra responsável pela selecção da candidatura vencedora que será revelada no Jantar da Boa Vontade a decorrer no dia 19 de Junho. » (na Fortaleza de Sagres)

Toda a informação em http://www.festadaboavontade.org/

Fernando Esteves Pinto: novo livro de poesia

"Área Afectada" - apresentação por Fernando Cabrita, na Biblioteca António Ramos Rosa, faro - 5ª f dia 17 às 21h30

do saber científico à cultura popular... este fim de semana no Pátio de Letras


03/06/10

João Aguiar, marketing, merchandising & media do priorado do cifrão

«Já agora ficas a saber: ele é pago para escrever produtos por encomenda, a que chamamos "livros" por simples facilidade de expressão.»
João Aguiar, O Priorado do Cifrão (2008)
Nunca li o The Da Vinci Code de Dan Brown. A minha aversão pelos best-sellers é antiga e persistente. Limitei-me a ver o filme. Sem grande entusiasmo. As frases bombásticas que acompanham as edições impressas dessas obras provocam-me uma urticária incurável. Já o disse várias vezes e volto a repeti-lo. João Aguiar parece partilhar a mesma opinião. Só que o faz de forma bem mais criativa nas páginas d’ O Priorado do Cifrão (2008), paródia bem humorada aos designados «romances teológicos» tão em voga hoje em dia, onde a «cultura de massas» impera inexoravelmente.

Os capítulos iniciais da ficção portuguesa conduzem-nos, abruptamente, ao ambiente peculiar do «mundo dos livros» de grande tiragem, todo ele feito por encomenda e à escala planetária. Centra-se no modelo americano referido e transforma-o no «The Caravaggio Papers» de «Ben Browning». A «teoria da conspiração», típica do género, desenvolve-se à sombra do misterioso «Priorado do Simão». As principais coordenadas do pastiche são evidentes. Depois, a trama narrativa envereda por outros percursos discursivos bem mais sinuosos do que os do mero fabrico eficiente de êxitos literários. O sucesso editorial é inegável, mas passageiro. A descoberta incessante de códigos/papéis perdidos, a proliferação de infalíveis fórmulas de deus, a exploração metódica desse filão esotérico, mais não são do que subterfúgios romanescos para denunciar algo de muito mais «assustador»: o aproveitamento da «crise em que a nossa sociedade está mergulhada até à ponta das orelhas…». O usufruto continuado da instabilidade criada, esse, está na mão de quem detém o poder, de quem manipula a informação, de quem engendra os cifrões.

Para entender melhor a mensagem de João Aguiar, haverá que ler alguns dos títulos anteriormente publicados. Sobretudo os últimos. Limitar-me-ei ao «Enfim, o Paraíso» (1990), conto de antecipação política mais tarde ampliado no romance O Jardim das Delícias (2005). A acção nesses relatos situava-se num futuro ainda distante, utópico, numa Federação Europeia já concretizada, mas moribunda. A retratada neste terceiro acto do drama representa-se num palco global da actualidade, perante a indiferença dos espectadores. Essa a lição do texto. O alerta. A ironia trágica por excelência deste nosso mundo contemporâneo.

NOTA:
Publiquei esta pequena crónica no jornal electrónico Contemporâneo em janeiro de 2009, pouco depois do romance ter sido publicado. Mal imaginava então que seria o último. Transcrevo-o aqui tal e qual, sem acrescentar uma palavra às 300 originais que me foram encomendadas.

01/06/10

NOVIDADES NO PÁTIO

Para além de muitas outras novidades editoriais que recebemos, não deixem de atentar nestas:
A Enciclopédia dos Serial Killers,de Harold Schechter e David Everitt, Guerra e Paz
Keynes - O Regresso do Mestre, de Robert Skidelsky, Texto Editores
Breve História da Humanidade, de Cyril Aydon, Gradiva
EDUCAR COM BOM SENSO, de Javier Urra, Esfera dos Livros
Homossexuais no Estado Novo, de São José Alemida, Sextante
A INCRÍVEL E TRISTE HISTÓRIA DA CÂNDIDA ERÉNDIRA E DA SUA AVÓ DESALMADA, de Gabriel García Márquez, Dom Quixote
FILHOS E AMANTES, de D. H. Lawrence, Dom Quixote
O Sorriso Enigmático do Javali, de António Manuel Venda, Quetzal

No Pátio de Letras: novos livros de Lina Vedes e Tiago Nené

crónicas

poesia

no Pátio de Letras: novo livro de Horta Correia e o mais recente de Viegas Gomes